segunda-feira, 29 de setembro de 2014

MANIFESTO DO MOVIMENTO DESMONTE DO MINHOCÃO * MDM À POPULAÇÃO E À IMPRENSA

Diretoria do MDM

Dra. Yara Goes
Diretora do MDM
Movimento Desmonte Minhocão

Dr. José Geraldo
Diretor do MDM
Movimento Desmonte Minhocão

Francisco Gomes Machado
Diretor do MDM
Movimento Desmonte Minhocão

Arthur Monteiro
Diretor do MDM
Movimento Desmonte Minhocão

Dinah Piotrowski
Diretora do MDM
Movimento Desmonte Minhocão

David Abrão
Diretor do MDM
Movimento Desmonte Minhocão
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Contatos:

mdm16sp@gmail.com
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Prezado (a)  internauta

Acompanhe as atualizações 

das atividades do MDM 

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PESQUISA INDICA:
MDM - Movimento Desmonte Minhocão
proporcionalmente é o Grupo 
que mais cresceu
no período 16/9/2014 a 11/04/2016




         NR: ressaltando que o MDM é um movimento 

apolítico, apartidário, constituido por moradores voluntários e

lideranças comunitárias locais, que com exíguos recursos 

particulares tem desenvolvido ação pacífica e ordeira,

no sentido de obter das autoridades o desmonte do Elevado 

Costa e Silva – Minhocão – a exemplo da ex-Perimetral no 

Rio, e no lugar, se fazer bela, arborizada, ajardinada e 

florida avenida, resolvendo os graves problemas

causados pelas poluições que agridem a saúde dos mais de 

230 mil moradores que residem ao longo dos 2 kms e 700 

metros de sua extensão, revitalizando e reurbanizando

esta importante área central, da terceira maior metrópole do 

mundo, que é São Paulo.

Por outro lado,  a associação  “parque” Minhocão
conta com abastados recursos e apoio de político
Police Neto

como Police Neto,
autor do projeto de lei 10/2014, considerado 

atentatório à saúde e segurança” dos moradores.

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MDM News


 TV Câmara de São Paulo


São Paulo, 15 de abril de 2016

19 horas

                 Repórter TV Câmara SP - Gilberto Nascimento:  Principal via de integração entre as zonas leste e oeste de São Paulo, o Minhocão é criticado por causa do barulho e da poluição.  Também por ter deteriorado uma importante áea do centro paulistano.

                O elevado, construido na década de setenta, agora tem os seus dias contados.  O Plano Diretor da cidade prevê a sua desativação  em quinze anos.  Mas, há dúvida sobre seu fúturo.  Derrubá-lo ou transformá-lo em um parque?  Moradores, comerciantes e frequentadores da área travam uma intensa polêmica em torno desta questão.


 Eu sou Gilberto Nascimento e este é o 

Diálogo São Paulo.

                Bem vindos. Hoje o tema do Diálogo São Paulo é Minhocão: parque ou Desmonte?

                Para debater este assunto  recebemos o engenheiro e presidente da associação parque Minhocão,


Athos Comolati.


E também Francisco Machado, integrante do Conseg da Santa Cecília e Diretor do Movimento Desmonte Minhocão.

O debate sobre o futuro do elevado mobiliza os moradores da região.

Francisco, para você, qual o significado dessa lei do Prefeito Fernando Haddad?

Francisco Machado, Diretor de Assuntos Sociais e Comunitários do CONSEG Santa Cecília e Diretor do MDM – Movimento Desmonte Minhocão: Eu sou morador há praticamente vinte anos  perto do Minhocão. Conheço os problemas todos que ele acarreta  para a saúde e segurança da população , trava o progresso da cidade.

Mas, gostaria de dizer o seguinte: a idéia de parque é muito simpática.  Todos nós, em sã consciência  somos a favor de parque.  Certo? Inclusive o Minhocão  que tem uma extensão de 3 kms e 400 metros,  ele é considerado uma ilha de calor no centro de São Paulo, com todos os problemas negativos  que isso acarreta  para a saúde da população.

Então, somos favoráveis a parque , não só um, mas a vários parques em São Paulo. Mas, agora, parque sobre um viaduto  é o local mais inadequado que se possa pretender.

                Entrevistador: Porque razão?

                Francisco Machado: Porque o elevado foi feito para viário.  A finalidade dele  é para passar carros e não para parque.  Ele foi construido na década de setenta do século passado, vai fazer quarenta e cinco anos.  Ele foi imposto a população. É uma aberração urbanística.

                Os urbanistas, arquitetos,  engenheiros , os mais renomados qualificam isso: é uma aberração urbanística.  Uma cicatriz no rosto da cidade de São Paulo. Quer dizer,  enfeia a cidade de São Paulo.

                É uma estrutura decrépita e que foi imposta a população.

                Um viaduto passando no meio de prédios residenciais.  

                E foi imposto sem estudo de impactos ambientais:  à saúde, sobretudo,  e a segurança dos mais de 230 mil moradores que residem ao longo do Minhocão.

                A estrutura do Minhocão é um problema gravíssimo.  É um problema de saúde pública, segurança também. Eu tenho depoimentos aqui , de vários especialistas. Para não se dizer: ah não, você não é da área , portanto como você vai dizer que atinge a saúde pública?  De onde  senhor tirou isso?

                Então, se você me permite, eu leio apenas um depoimento de uma autoridade.  Ou duas, se você me permitir.  Dr. Marcos Martins.  Ele é Assistente do Prof. Paulo Saldiva, da USP.  Textual.  “O fato do Minhocão estar a cinco metros das janelas das pessoas,  isso gera um problema de saúde muito grande.  Elas tem uma chance muito maior de ter um enfarte do miocárdio e de ter um derrame cerebral”.

                Mas isso são estudos. Estudos científicos, especialista que está falando. Quer dizer, isso agride a saúde das pessoas  que residem ao longo do Minhocão.

                Entrevistador: A avaliação do senhor é de que transformando num parque esses problemas todos continuam?

                Francisco Machado: Não só continuam , mas vão piorar.  Piorar porque?  O viário de cima, necessáriamente  ele vai passar para debaixo.  E vai duplicar o efeito das poluições atmosférica, sonora e visual.

Porque? As pistas do Minhocão , elas funcionam, numa linguagem muito caseira,  como uma espécie de tampa de panela.  Que não permite que os milhares de carros, ônibus, ambulâncias,  que passam embaixo e que ejetam de seus escapamentos , dos seus milhares de escapamentos , monóxido de carbono,  que todos sabem que é altamente nocivo à saúde humana,  é cancerígeno inclusive.

E esses gases poluentes, nocivos à saúde humana,  eles não vão se dispersar pela atmosfera  extamente por causa das pistas do Minhocão.  Então, o que vai ocorrer é que vai haver uma concentração desses gases poluentes , nocivos à saúde pública,  ali embaixo e vão os comércios, os restaurantes  onde as pessoas estão almoçando, contaminando a alimentação, Invadindo os prédios. Invadindo os  comércios.

Quer dizer, é uma coisa que vai ser uma cascata de problemas que  vão duplicar.

Athos Comolati: Vamos a argumentação principal.  O Minhocão foi feito para ser uma via elevada, logo ele não pode ser um parque.  Essa é uma afirmação, não é só o Francisco que usa, mas vários urbanistas, várias pessoas que  opinam sobre o Minhocão.

Se fosse seguir esse raciocínio, o SESC fábrica Pompéia jamais seria o maior sucesso de área de lazer da população paulistana.

Entrevistador: Porque exatamente?

Athos Comolati: Porque aquilo lá era uma fábrica de tambores. Foi construida para ser uma fábrica de tambores.  Eu consultei. Uma fábrica de tambores antiga,  que era muito central, o valor do imóvel era muito grande . Foi para outros lugares e o SESC comprou e através da mão da Lina Bo Bardi, uma das maiores arquitetas que viveu aqui no Brasil, transformou no SESC fábrica Pompéia.  É uma fábrica. 

Então se a gente dizer: olha você nasceu para ser fábrica, você vai morrer fábrica, não pode ser outra coisa. É um pensamento da década de 30, onde as coisas nasciam e morriam do jeito que eram.  Hoje você tem todo processo de reaproveitar , significar, transformar.

Você hoje tem uma área de lazer fantástica em Berlim, que é um aeroporto abandonado.  Que ele foi ocupado espontaneamente pela população berlinense  como área de lazer.  Alguém vai falar: o que que um aeroporto , uma pista de aeroporto tem a ver com área de lazer?  Maior sucesso. Tanto é que existe uma resistência enorme da população berlinense  para que esse local não seja loteado, não seja feita construções.

Entrevistador: A gente faz um rápido intervalo e daqui a pouco a gente volta.

Entrevistador pergunta a pessoas: A senhora é a favor do parque ou da derrubada do Minhocão?


Entrevistada: Eu, na minha opinião, nós mora aqui, nós queria que derrubasse mesmo!  Mas já que não vai ter condições de derrubar isso aqui, eu sou a favor do parque, mas que dê uma arrumada embaixo, né?


(...) Entrevistada: Embaixo atrapalha. Em cima atrapalha.  Dos lados atrapalha. 

Eu sou a favor que isso fosse ao chão, cara. 

Eu acho que tinha que derrubar.

Entrevistador: O Diálogo São Paulo fala hoje sobre o futuro do Minhocão: parque ou desmonte?  Recebemos aqui Athos Comolati,  presidente da associação parque Minhocão e  Francisco Machado, Diretor do Movimento Desmonte Minhocão.

Francisco, o Minhocão se for mantido do jeito que está ele necessitará de manutenção.  Será caro.  Se for transformado em parque tem um alto custo.  Para ser desmontado também não será nada barato.  O que você acha dessa questão?

Francisco Machado: A reutilização de espaços públicos   como o SESC Pompéia, como o aeroporto que ele citou, é uma coisa elogiável. É uma coisa elogiável. Nós concordamos que se faça esse reaproveitamento.

Agora, são duas coisas completamente distintas. Não estou conseguindo acompanhar a lógica do pensamento dele. 

Porque uma coisa é o Minhocão, um viaduto com 2kms e 700 metros  como ele disse, ao longo de prédios residenciais  e outra coisa é uma fábrica  metida num bairro ou um aeroporto afastado. 

Não tem nada a ver lé com cré. 

Agora, outra coisa também que causa espécie é o seguinte: dizer que só porque fecha uma rua no sábado ou no domingo ... aliás a ex-Prefeita Erundina quando ela mandou fechar de muito boa vontade o Minhocão à noite, foi para que as pessoas, os moradores  conseguissem abrir as janelas , respirar um pouco de ar puro e não ter sua privacidade invadida,  como é o caso de pessoas andando  a poucos metros de sua janela, de seu quarto, de seu toilete. Certo?

Agora, fechar uma rua para pedestres num fim de semana  e depois aplicar ali a palavra parque , eu acho um pouco exagerado. 

Imagine você o seguinte: que aqui , na frente da Câmara Municipal de São Paulo, de feche no sábado e no domingo  essas duas pistas.  Os moradores vão descer, para passear. Agora tem um parquinho aqui do lado.  Vai ser uma maravilha.  Vai ser ótimo para os moradores.  Agora, em sã consciência , como é que uma pessoa pode dizer: não, nós já temos o Parque Câmara Municipal de São Paulo. Ninguém merece, não é, uma observação dessa.

Mas enfim, não entendi onde liga lé com cré. 

Mas sua pergunta Gilberto, qual  seria? A questão dos custos, não é?

Entrevistador: Você tem idéia do custo do desmonte?

Francisco Machado: Tenho idéia e gostaria de em primeira mão para a TV Câmara dizer isso para o público.

Fala-se muito do High Line em Nova York,  precisamos copiar. Copiar a Perimentral  que foi desmontada, não se fala.  Aliás está ficando linda lá no Rio de Janeiro. Um novo cartão postal.  Não se fala em copiar o desmonte da Perimetral.

High Line. O High Line, Segundo recorte  que tenho aqui, a história do High Line, caderno especial de domingo, caderno  ALIÁS do Estado de Paulo,  vem com a história do Hgh Line, como foi e os custos. Até aquela época, o High Line custou 240 milhões de dólares para ser adaptado a aquele parque. 

Que aliás, diga-se de passagem, é preciso esclarecer, o High Line não passava no meio de prédios residenciais.  Não passava.

O High Line é completamente outra coisa.  

240 milhões de dólares. Tem seis de largura e quase dois de extensão.  Multiplique-se isso... para adaptação...

O Minhocão tem dezessete de largura por 2 kms e 700 metros de extensão.  Faça-se o cálculo. Multiplique-se isso pelo dólar atual, isso vai dar mais de um bilhão de reais.

Entrevistador: Você concorda com esses valores Athos?


 Athos: Olha Francisco, é assim, é claro que o papel aceita qualquer coisa...

Francisco Machado:  ... papel, não! É  O Estado de São Paulo, o maior jornal, o jornal de maior respeitabilidade de nossa cidade que publicou.

E outra: ninguém contestou.

Entrevistador: Eu cheguei a ler uma coisa na ordem de 750 milhões de dólares.

Athos: Mas estamos falando do High Line gente...

Francisco Machado:  ... que é de onde você se baseia para querer fazer (parque) no Minhocão. 

O parque  em cima do Minhocão. Que é uma idéia completamente absurda!  É uma insanidade! É literalmente uma insanidade fazer parque em cima do Minhocão! 

Como é que vai plantar árvore em cima do asfalto?  Tenha dó! Ninguém merece uma coisa dessa!

Vamos  cair na real.

E outra, eu queria aproveitar  e esclarecer em primeira mão:  nós já fomos atrás de firmas  ...  porque se fala muito.  E as palavras  vão ao vento.  Eu tenho aqui o estudo, o orçamento... há várias firmas especializadas de desmonte de viadutos, de prédios, seja o que for. 

Nós pegamos uma delas e pedimos para fazer um orçamento . Chama-se DESMONTEC. É uma firma que tem quarenta anos de mercado . Materiais que eles usam de primeiro mundo. Fizeram o orçamento. Fizeram um power point  o desmonte do Minhocão...

Entrevistador: ... qual o valor?

Francisco Machado:  28 milhões de reais. Isso para a Prefeitura é simplesmente irrisório.

Isso inclusive já foi apresentado em uma reunião com a Subprefeita, Sra. Nádia Campeão, Sr.  Subprefeito da Sé, Sr. Alcides Amazonas, na SIURB – Secretaria de Obras do Município.

Aliás, fizemos essa exposição a pedido do Sr. Prefeito, Sr. Fernando Haddad,  e eles ficaram realmente impressionados.

É uma obra limpa,  Hoje nós temos tecnologia de primeiro mundo para se desmontar essa tralha . Em seis meses. E é tudo reaproveitado.  Então vai gerar inclusive caixa para a Prefeitura.

De um lado o parque entre mil aspas, é só gastos.

Desmonte é só lucro em todos os sentidos: para a saúde, para a segurança  e para o progresso da nossa cidade.  E não entravar... (o Minhocão)  isso é um entrave  na cidade de São Paulo ao nosso progresso.

Nós temos que pensar que nós estamos no século XXI  e não há quarenta e cinco anos atrás do século passado.

Entrevistador: Sr. Francisco, o tempo está praticamente no final,  mas gostaríamos de ouvir as considerações finais do Sr.


Francisco Machado: Pois não Gilberto.  Nós temos uma página na Internet, no Facebook – Movimento Desmonte Minhocão. 

Temos um Site

http://www.minhocao.net.br/  muito acessado .

Gostaríamos de dizer que nossa posição é a favor do desmonte, em benefício da saúde, da segurança das pessoas e do progresso da nossa cidade.

Não vamos ficar emperrados com uma estrutura decrépita, com milhares de pontos de infiltração, sem manutenção. Nós temos que ser muito realistas.  Temos que ter o pé no chão.

Ainda esses dias, a VEJA SP – Vejinha – publica uma matéria sobre a Praça Roosevelt. Se gastou 55 milhões para se fazer uma reforma numa praça  da região central.  Está lá... abandonada... o repórter da VEJA contou na hora que ele estava vendo, doze ratos, tudo degradado, banheiros fechados, tudo quebrado, quiosques.

Agora vocês multipliquem isso... é uma questão de lógica... de raciocínio... multipliquem isso por 2 kms e 700 metros  de Minhocão. 

Em frente de sua casa. Em frente sua residência.  Sem segurança, sem privacidade, sem nada.  Isso é um verdadeiro absurdo!  Isso é uma aberração!


A idéia de parque sobre o Minhocão  

é uma aberração!

Entrevistador: Ok Francisco.

Muito obrigado pela participação.

Infelizmente nosso tempo se esgotou.

Queria deixar desde já um convite para vocês para um próximo Diálogo São Paulo sobre esse tema.

O Diálogo São Paulo de hoje fica por aqui. 

Voltamos na próxima semana.  Até lá.

NR:  assista as partes principais do debate acessando 

https://youtu.be/W4BGdXyWhCM
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Ex-secretário de Redação da Folha, é jornalista, escritor 
e coautor de 'Como Viver em SP sem Carro'. Escreve às segundas, quinzenalmente.

Dilma e o Minhocão, a queda e o futuro





























           Vejo semelhanças entre o Minhocão, a via elevada que cruza o centro de São Paulo, e a situação da presidente Dilma Rousseff. 

          Creio que os destinos de ambos já estão selados. 

          Se estou certo, a presidente, como a avenida, já acabou. A disputa que se trava agora é pelo enredo da narrativa: a imagem a ser projetada para o futuro. Será de uma pura tragédia, um erro histórico, ou reservará uma memória mais favorável, talvez até glamorosa?
  
          O Minhocão pode ser simplesmente derrubado. 

          Ficarão as fotos de um monstrengo e algumas estacas enterradas, como fósseis de dinossauros, para que um historiador do futuro possa descobrir em alguns séculos até onde pode ir a aberração do poder público, quando se sente acima do bem e do mal, ao conceber intervenções na vida dos cidadãos.

          A disputa que atualmente travam duas entidades, Associação Parque Minhocão e Movimento Desmonte Minhocão, no entanto, busca determinar a crônica de seu ocaso. 

          O Plano Diretor determinou o fechamento da avenida em um horizonte de tempo (15 anos) e deixa para decisão posterior a escolha entre derrubar a estrutura e mantê-la de pé como uma área verde.

          Os defensores do Desmonte alegam que não é só o trânsito de veículos que prejudica a cidade, mas a estrutura em si. 

          Portanto, virar área verde não resolveria. 

          É preciso apagar o Minhocão do espaço que ocupa há 45 anos. 

          Os militantes do Parque alegam que os moradores já se apropriaram da via elevada como uma importante referência de lazer e relação com o tecido da cidade, cabe ao poder público reconhecer essa realidade e incrementá-la.

          Manter o Minhocão de pé (inteiramente ou em parte) e dar a ele um uso simpático, pode corresponder ao que Berlim fez com seu antigo Muro: hoje parcialmente preservada, a ruína incorporou a arte de rua, a cidade vê naquele espectro a memória do mal e sua superação, e sente orgulho. (...)

          Dilma pode cair: sua capacidade de inflar crises sugere um destino inexorável. No dia seguinte, o Brasil entrará em nova rotina, escândalos, pacotes econômicos, a Copa América, eleições municipais, uma nova edição do Big Brother e logo chegará a Copa do Mundo e mais uma eleição presidencial. Em poucos anos, o país lembrará dela como uma imagem fora de foco.

          Seus apoiadores, no entanto, resistem. Mais do que a superação do impeachment, creio, buscam escrever a história que será lembrada no futuro, determinar que os livros falem de um golpe, trama que impediu a presidente de governar, que gerou uma profunda crise econômica e a impediu de redimir a pobreza e implantar a pátria educadora.

          E Dilma tentará ganhar um lugar mais nobre na história, sua incompetência eclipsada pela imagem da vítima de uma trama golpista.

          É sintomático que o PT, que nasceu como uma nova esquerda, crítica ao mesmo tempo do populismo getulista, derrotado em 1964, e da hegemonia comunista, hoje se compare com Getúlio e Jango em discursos sobre a possível queda de Dilma.

          Ao final, só restará o pó e ele não tem memória. Nos dois casos, a disputa é pela imagem a ser deixada para a história. (...)

Comentários:

1 - Vamos chamar de “parque” Avenida Paulista só porque ela é fechada aos domingos para viário e usada por pessoas para lazer? Lembrando que o Minhocão está a 8 metros de altura, sem segurança para as pessoas. 

     O problema do Minhocão é sua estrutura: poluições em níveis agressivos, falta de segurança e emperra o progresso desta área central.

     Porque não se faz como os cariocas fizeram com o Minhocão local, a Perimetral? Lá, o local está ficando lindo.

2 - Como deve ser uma pesquisa? Com objetividade ou simplesmente perguntar A favor ou contra? 

     Para a pessoa tomar uma posição consciente, não seria razoável esclarece-la  do problema?  

     Por exemplo: em relação ao Minhocão. As pessoas são informadas dos malefícios à saúde do monóxido de carbono dos milhares de escapamentos dos carros que passam diariamente por cima e por baixo? Que ele é cancerígeno?Que os níveis de ruído estão 100% a mais do que as normas da ABNT? Que provoca PAIR (perda de audição)? 

     Francisco G. Machado Diretor do MDM e CONSEG

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2016/04/1759476-dilma-e-o-minhocao-a-queda-e-o-futuro.shtml
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Minhocão: entre parque e derrubada

O cofundador da Associação Parque Minhocão A. Comolatti
 e a  urbanista Elisabete França divergem
sobre qual seria o melhor destino para
o Elevado Costa e Silva, no centro de São Paulo:

ser posto abaixo ou preservado como área de lazer?

É esse o assunto da conversa com a jornalista Mariana
Barros, autora do blog ‘Cidades Sem Fronteiras’.
 Acompanhe.


Mariana Barros: (...) O grupo contrário, a idéia (de “parque”) no Minhocão  é o grupo que defende a derrubada daquela estrutura, porque isto liberaria os apartamentos de estarem aguentando o barulho, a poluição o dia inteiro e melhoraria parte debaixo também.

Porque é uma área complicada: é mal frequentada, você não tem um comércio ativo; a movimentação de pedestres é complicadíssimo.

E você tem uma escuridão que é complicadíssima porque você tem exatamente esta estrutura suspensa ali, impedindo a ventilação e a iluminação natural.

Eu queria saber de você, Beth, o que você acha que seria uma solução para o Minhocão, em termos de uso ou mesmo de futuro.


Dra. Elizabeth França, Urbanista: O uso quando ele está fechado, as pessoas usam para lazer, é uma solução paliativa.

Eu acho que São Paulo pela sua dimensão, pela sua importância, como a maior cidade da América Latina, ela tem que dar exemplos dessa linha que as cidades estão buscando do século XXI. Que é uma cidade com menos carros, menos transporte individual.

Então a derrubada do Minhocão que terá que ser feita a partir de um plano, com um prazo, ela não é só boa porque recupera essa região de quilômetros da cidade, para os moradores, dos apartamentos, para aqueles que usam embaixo, que atravessam a rua, que pegam um ônibus, que sofrem uma poluição constante, se recupera dois, três bairros da cidade, com uma nova avenida embaixo e mostra que é possível você  ter transformações, se ter ousadias, de gestores públicos e da sociedade.

Eu acho que a sociedade tem participar o tempo todo desta discussão. A gente tem uma tendência aqui no Brasil, achar que construiu uma estrutura a gente não pode desconstrui-la. Teve investimento etc e tal. Mas as nossas cidades são muito cheias de estruturas que destroem o urbanismo, do andar a pé, do contato com o comércio etc.

Acho que é importante a gente pensasse o Minhocão como um projeto, a Prefeitura não deveria olvidar esforços para fazer um plano, quanto custa, o que se pode fazer com o material, como se vai reurbanizar a avenida embaixo, colocar um transporte público leve, que diminua aquela fluxo de ônibus que não é muito bom ali embaixo.

E o mais importante, na minha opinião, São Paulo mostrar durante tantos anos e principalmente na década de 70, esse urbanismo rodoviarista autoritário,  a gente retomou a cidade a pé, a cidade do caminhar, do fluir, que sirva também como exemplo.

O Rio fêz recentemente isso, derrubou lá o Minhocão deles (Perimetral), que era uma tragédia também, que cortava a vista para a Baia de Guanabara e o resultado que nós vemos lá hoje é fantástico!  Você abriu a Praça Mauá, a história do Brasil começa ali.

Então esses exemplos, na minha opinião, tem que existir. Os gestores tem que ter a coragem de enfrentar.

Mariana Barros: as pessoas usam como área de lazer. Uma vez derrubando, a gente fica sem essa área na região central. Isso seria possível repor de outra forma ou isso seria secundário dentro dessa idéia.

Dra. Elizabeth França: Faz parte do plano urbanístico, o plano estratégico, você pode ampliar as calçadas.

Na Paulista tem calçadas largas e as pessoas usam. As calçadas podem ser arborizadas . O Minhocão não é. Ter ciclovias.

E você tem opções no centro que podem ser ativadas. Você tem a Praça da República que é mal utilizada, que é ali perto. Você tem embaixo a Praça Marechal Deodoro  que hoje é uma tragédia completa. Eu moro ali do lado e perdeu-se a pobre da praça.

Você tem o Parque Augusta que poderia ser criado, que é uma área verde, nativa. Tem opções.

Tem a Praça Roosevelt que tem de ser repensada como área de lazer, melhorada. Apesar de ter sido reformada, ela ainda ... existe uns conflitos com a população que mora com os que usam.

Enfim, acho que tudo isso pode ser parte de um plano que vá transformar aquilo num Boulevard, para implantar comércio, poder sentar, passear. Acho que é possível.

Não acho que seja uma opção de parque como as pessoas deveriam ter. Parque precisa ter árvore, sombra, lugar de lazer. Isso ele (o Minhocão) não tem. Então, um plano poderia caminhar para resolver isso sem a estrutura pesada que ele é.


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      Minhocão tem novo acirramento em   disputa sobre o futuro do elevado

LEANDRO MACHADO

DE SÃO PAULO

10/04/2016

Quando o assunto é o futuro do Minhocão, eles só concordam com uma coisa: não concordam em nada. Um lado quer ver o elevado desmontado. Outro deseja um parque em cima do viaduto que faz a ligação entre o centro e a zona oeste de SP.

Há dois anos, o Movimento Desmonte e a Associação Parque Minhocão disputam batalhas sobre o local —cada um tem suas vitórias.

A guerra começou em 2014 com a aprovação do novo Plano Diretor, que coloca um prazo de 15 anos para desativação total do elevado Costa e Silva.

Inaugurada em 1971 por Paulo Maluf, a obra foi considerada obsoleta já na época da construção. Depois, ela desvalorizou imóveis e degradou a região por onde passa.

 Neste semestre, vem nova briga por aí: a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) estuda antecipar o fechamento da via para as 20h, todos os dias, acompanhando o horário do rodízio de veículos. (...)

Na Câmara, projeto do vereador Police Neto (PSD) também propõe a alteração —deve ser votado ainda neste semestre. A associação do parque é a favor da mudança. A do desmonte, contra.  Haddad diz que a última palavra será da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

ESVAZIAR

Criado em 2014, o Movimento Desmonte Minhocão —formado por moradores dos prédios do entorno— é contra qualquer possibilidade do elevado ficar aberto.

"Por mim fecharia hoje. Quem vive nos prédios do lado está numa panela com barulho e muita poluição", diz Francisco Gomes, 56, diretor do grupo.

O movimento canta suas vitórias: em 2015, conseguiu um laudo dos Bombeiros que proíbe qualquer evento no elevado. Virada Cultural, blocos de Carnaval e food trucks foram cancelados com a justificativa de que não havia segurança. "Cortamos tudo", diz Gomes, fazendo um movimento de tesoura com os dedos.

O grupo dele tenta esvaziar o elevado para que a população não tenha a sensação de que a estrutura é um parque. Por isso, é contra inclusive a possível antecipação do fechamento para as 20h, o que teoricamente seria benéfico aos moradores do entorno.

"Essa ideia não visa a saúde dos moradores. É uma tentativa de convencer as pessoas de que essa coisa horrenda pode ser um parque."

 O grupo conseguiu cancelar uma audiência pública que discutiria a mudança, programada para o próprio elevado.

O movimento fez um orçamento em uma empresa para calcular quanto custaria o desmonte.

"R$ 28 milhões, muito menos que essa idiotice de parque", diz Gomes.

A associação de Athos se inspirou no High Line de Nova York, um parque elevado numa linha de trem desativada.  Lá, a adequação custou mais de US$ 100 milhões. "Só foi inspiração, mas eles são muito diferentes. Não é nossa proposta construir um projeto. O parque Minhocão já existe", diz Athos.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/04/1759320-minhocao-tem-novo-acirramento-em-disputa-sobre-o-futuro-do-elevado.shtml



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Dirigente comunitário critica status de parque ao Minhocão

FRANCISCO GOMES MACHADO

Diretor de Assuntos Sociais do Conselho Comunitário de Segurança Santa Cecília  (São Paulo, SP)


(Haddad vai sancionar projeto de lei que dá status de parque ao Minhocão 


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"Minhocão deve ser desmontado

e não demolido",

diz doutor em Arquitetura
Por André Vieira - Metro Jornal
São Paulo, 04/04/2016


Prof. Dr. Lúcio Gomes Machado

Doutor em arquitetura e urbanismo pela USP (Universidade de São Paulo), Lúcio Gomes Machado era um jovem recém-formado quando o elevado Costa e Silva, o popular minhocão, há duas quadras da sua casa, foi inaugurado, em 1971, como um presente de aniversário para São Paulo.

Naquele época o professor talvez não soubesse que a obra viária resistiria a quatro décadas e meia como a mais polêmica da cidade, mas já tinha uma certeza: “a sua construção era um erro”.

Qual a sua primeira impressão sobre o minhocão?

O minhocão já nasceu ultrapassado, pois imitava as vias expressas dos Estados Unidos, mas num tempo em que estas já estavam sendo desfeitas por lá.
Quando começou, as pessoas já não o queriam, mas o prefeito Paulo Maluf conseguiu empurrar goela abaixo. Vivíamos em uma ditadura e o projeto foi pouco questionado.

Quais eram os desafios de trânsito quando o minhocão foi construído?

Não havia uma via rápida que ligasse as zonas leste e oeste porque a marginal ainda estava incompleta, então, havia uma desculpa para o minhocão existir, embora o prefeito nunca tenha apresentado estudo que indicasse sua necessidade.

Com o tempo essa condição mudou?

Muito. Passam hoje, em média, 70 mil carros por dia pelo minhocão, o que é ínfimo perto do trânsito da cidade. Além do mais, a maior parte não o usa para fazer a ligação total, mas apenas para pular os semáforos das avenidas lá embaixo.
Segundo estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito do minhocão seria absorvido pelas ruas do entorno em um mês, fora as duas faixas de cada lado que poderiam ser criadas com a sua eliminação.

A obra oferece algum benefício para a cidade?

Nenhum. É só prejuízo urbanístico e para o desenvolvimento imobiliário da cidade. É uma barreira urbana, uma cicatriz.

Qual a solução?

Defendo o desmonte do minhocão

A sua demolição custaria entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, mas o desmonte permitirá o reaproveitamento da estrutura para a construção de outras obras, como pontes e passarelas.                      
O corte do concreto pode ser feito a noite e sem gerar entulho. A eliminação do minhocão vai garantir que toda a região volte a ser o que era, com seus belos prédios e a praça Marechal Deodoro, que hoje é um lixo.
Além do mais, o fim do minhocão valorizaria uma área de 500 metros de cada lado, ao longo dos seus cerca de três quilômetros. 

A última proposta da prefeitura, de fechar o elevado por um período prolongado, como forma de teste, é necessária? 

O desmonte pode ser feito imediatamente, isso é só um passa-moleque para consolidar dois processos: de se criar um parque em cima e distribuir quiosques embaixo.

Depois de fechado, vão dizer: “viu como é legal?” Mas não é. O minhocão não pode receber grande concentração de público. Não há guarda-corpo, não há saída de emergência. Um acidente pode ser fatal.

http://www.metrojornal.com.br/nacional/esporte/minhocao-deve-ser-desmontado-e-nao-demolido-diz-doutor-em-arquitetura-270724 


Nota da Redação do MDM:

     Prof. Dr. Lúcio Gomes Machado possui graduação em
 Arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
 (1969), Mestrado (1881) e Doutorado (1992) em Arquitetura
 e Urbanismo pela Universidade de São Paulo ).

     Atualmente é professor doutor do Departamento de 
História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de
 Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

     Socio-Diretor de GMAA – Gomes Machado Arquitetos
 Associados Ltda e Linha d´Água Difusão Cultural Ltda.

     No Instiuto de Arquitetos do Brasil, foi membro de seu 
Conselho Nacional, diretor do Departamento de São Paulo, 
no qual atuou como Vice Presidente.

     Foi Coordenador Geral e Diretor da seção brasileira do
 International Working Party For Documentation And 
Conservation Of Buildings.

     Foi Conselheiro do CONPRESP e do CONDEPHAAT.

     Foi Curador da III e da IV Bienal Internacional de
 Arquitetura de São Paulo.

     Tem experiência nas áreas de Arquitetura e Urbanismo e 
de Desenho Industrial, com ênfase em História da 
Arquitetura e História do Design.

      Atua profissionalmente nas áreas de Arquitetura e 
Urbanismo, Desenho Industrial, Programação Visual e
Construção Civil, além de Editoração e Preservação do
Patrimônio Cultural e Arquitetônico.

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Osasco, São Paulo – 12/2015


O documentário Ponto de Vista, feito como conclusão do curso de jornalismo por Caroline Carvalho, Fabio Santana e Ingrid Mabelle, levanta o debate sobre o processo de gentrificação em torno do Elevado Costa e Silva, o famoso Minhocão
Prédios ao lado do Minhocão

Com entrevistas com políticos (incluindo o prefeito Fernando Haddad), urbanistas e, claro,moradores, o filme traz, como o nome promete, diferentes pontos de vista sobre o assunto, além de discutir alternativas para o local, entre propostas de demolição e criação de um parque.

Segundo a diretora do documentário, Ingrid Mabelle, “a inspiração para o trabalho surgiu ao acompanhar os debates sobre a transformação do Minhocão e perceber que raramente as pessoas que moram ou frequentam a região eram ouvidas”.

TCC de conclusão de curso de jornalismo do
Centro Universitário FIEO
finalizado em dezembro de 2015.
Direção: Ingrid Mabelle
Roteiro e produção: Caroline Carvalho. Fabio Santana e Ingrid Mabelle
Captação: Fernando Zamora
Sob orientação de: Luiz Carlos Seixas




Dr. José Geraldo Santos Oliveira, morador, Síndico e Advogado – Eu moro aqui há anos e logicamente eu consegui adquirir um imóvel neste local. Nesta localização. Se eu tivesse outra condição financeira, teria adquirido nos Jardins, em Moema, em Perdizes, na Lapa. Enfim, em bairros que tem valorização espontânea imediata. Mas, de acordo com meu padrão de vida, padrão econômico, consegui adquirir um imóvel neste local, nesta localização.

A economia da cidade está degradada por causado Minhocão. Existe a degradação dos imóveis aqui do entorno do Minhocão. Existe a degradação dos imóveis, lógico. Mas porque isso? Porque eão inóspita do Minhocão faz com que seja dessa forma.

Não vai haver super valorização como muita gente fala.

Super valorização existe em Moema, Ibirapuera,Morumbi etc etc. Aqui, em Campos Elíseos, Santa Cecília é inexistente. 
  

Não se trata de questão política. O viés que a gente trata aqui é o viés de saúde. Eu acho que o político que for esperto , tiver visão de futuro da cidade de São Paulo, vai absorver, vai abraçar a idéia do Desmonte do Minhocão.

Porque é benéfico não só para nós que moramosaqui. Mas é benéfico para a cidade. É benéfico para o estado. Vai dar arrecadação. Então aquele que tiver visão de futuro, vai abraçar nossa idéia. Não precisa ser muito inteligente para perceber isso.

O Minhocão não feito para evento, corrida, parashow, para qualquer coisa nesse sentido. Isso aqui é um viário, para os automóveis passarem.

Eu acho que a cidade deve ser das pessoas. Das pessoas que residem ali. Não das pessoas que vem de outros locais, de outras cidades, de outros bairros, para ocupar aquele espaço. Eu acho que aquele espaço pertence as pessoas que moram naquela região.


Ricardo Young, Vereador e Sócio-Ambientalista:   Eu definiria o Minhocão como uma das coisas mais horríveis que a gente tem em São Paulo!

O Minhocão desvalorizou todas as propriedades ali e acabou criando de uma forma reversa, um novo perfil populacional, que se beneficiou do barateamento das moradias. Claro que em condições muito ruins, mas acabou se beneficiando disto. 

O Minhocão do ponto de 

vista urbanístico é horrível!

Do ponto de vista estético é horrível!

Sob o ponto de vista de qualidade de vida de

todo seu entorno é horrível!

Sob o ponto de vista da sustentabilidade é

péssimo!

O grande problema do centro é que o poder público gostaria muito que as construtoras fizessem o retrofit . Que pegassem as construções existentes e as modernizasse. As construtoras não tem interesse em fazer isso porque é mais caro. Então o que elas tem interesse em fazer? Que se desvalorizem o máximo as propriedades no centro para que elas depois comprem a um preço de banana, implodam e possam construir o novo prédio e assim por diante.

Eu imagino uma cidade para as pessoas. (...)Uma cidade que promova o bem estar. Em que a lógica da cidade gire em torno do bem estar. E não em torno do viário, não em torno da construção civil, não em torno de políticas sociais que marginalizam  o ambiental, ou políticas que atropelam a identidade, a tradição da cidade.

Nabil Bonduki, Vereador e Secretario da Cultura: Construir uma mega estrutura, que danificou, um monstrengo, que danificou bairros, que acabou com uma avenida como a Avenida São João, uma via tradicional da cidade, para única e exclusivamente para o transporte individual, realmente não tem sentido dizer que tem alguma coisa  positivada.

Deve haver uma gradual restrição até o completo fechamento do Minhocão para o automóvel. E diz (o Plano Diretor)que uma lei especifica os prazos dessa desativação e o que será feito com ele: se ele será demolido parcial ou integralmente ou será transformado em parque.


João Sette Whitaker, Prof. de Urbanismo da FAU-USP: A maneira como vai ser feita isso, não é o Plano Diretor que define. Faz-se a lei do zoneamento e as leis específicas ou os decretos, as decisões específicas da Prefeitura, na hora de lidar especificamente com o desmonte do Minhocão.

Ninguém está lembrando esse fato: de que emvolta do Minhocão existe uma população que mora e que é uma população mais pobre. E que por ficar quarenta anos lá suportando carros e gás carbônico deveria ter o direito absoluto de ficar naquele lugar.

Isso é uma espécie de cidade da África do Sulque se reproduz aqui. Essa cidade não pode ser boa.


Camila Domitila Cunha, moradora: Seis da tarde começa ambulância... carros... tudo... na verdade ... e eu trabalho muito no Skipe com pessoas de fora e tem um cliente em Minas que eu converso com ele e ele fala: Meu Deus! Como é que você trabalha nesse lugar?! É o inferno!

A poluição é muito muito muito grande ! Então eu limpo a casa num momento e cinco minutos depois está tudo cheio de pó.

Ele é um rasgo no meio da cidade totalmente desnecessário. Então, para que transformar este rasgo num parque, sendo que você pode demolir?

Quer fazer um parque dele? Faz na parte debaixo. Fecha a rua. Fecha a São João.

Ou escolhe uma área que não é tão urbanizada para fazer um parque.


Tathiana Bagatini e Rene Munoz: Eu imagino que quem mora no térreo, deve ser pior.

Fica preso embaixo do viaduto, como uma tampa, quem está no térreo talvez essa poluição fique mais concentrada.


Prefeito Fernando Haddad: Você pode tomar uma decisão burocrática: vou demolir. Ou vou transformar em parque.
 
O que seria ruim: uma

decisãoburocrática, qualquer que seja

Ou você chama a atenção da cidade para aqueleespaço privilegiado ... mas que tem uma cicatriz ... e faz as pessoas imaginarem coisas. E começarem a discutir o assunto.
  
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Leão Serva

colunistas

Leão Serva  é Ex-secretário de Redação daFolha, jornalista,
 escritor e coautor de 'Como Viver em SP sem Carro'.

Escreve às segundas, quinzenalmente

Coragem, Haddad:


feche o Minhocão!
28/03/2016

          Em recente palestra para estudantes, o prefeito Fernando Haddad disparou a ideia de fechar o Minhocão por certo período de tempo, para ver o que acontece: "Vamos fechar por um mês, dois meses, três meses? Vamos estabelecer um prazo para ver como a cidade vive sem isso por um tempo".

          Se falava sério, o prefeito vendeu mal o peixe; se era só um factoide, melhor que não tenha chamado muita atenção do leitor.

          Haddad é um prefeito "desigual e combinado", conforme a expressão de Leon Trotsky sobre o desenvolvimento das nações. 

          Sua administração amarga retrocessos importantes em áreas como saúde, educação, habitação popular e limpeza urbana, entre outras. E anota avanços marcantes em mobilidade: melhorou o desempenho do sistema municipal de ônibus, ao multiplicar faixas exclusivas; criou uma rede de ciclovias, que tem defeitos porque existe; diminuiu a velocidade dos carros, reduzindo acidentes e mortes no trânsito.

          No caso do Minhocão, sua postura tem sido ambígua desde a campanha eleitoral. Em 2012, dizia ser favorável ao fechamento do Elevado "quando houvesse uma nova avenida para substituí-lo". 

          Eleito, manteve-se distante da discussão até que, dias atrás, assinou lei do vereador Police Neto, que dá o nome de "Parque Minhocão" à avenida quando é fechada para o trânsito de veículos. Um avanço de natureza simbólica.

          Se tivesse dirigido ao Elevado o mesmo empenho de outras batalhas no trânsito, talvez já tivéssemos demolido o monstrengo criado por Paulo Maluf, como o Rio fez com o seu (e ninguém sente falta).

          A prefeitura não precisa testar o fechamento, a engenharia de tráfego permite prever que a cidade não sofrerá sem o Minhocão, ao contrário, o trânsito vai melhorar. 

          Estas são cinco razões: (1) o Elevado é ineficiente, passam por ele apenas cerca de 70 mil carros/dia (levando 80 mil pessoas), quase nada no universo da cidade; (2) os carros que vão do Leste ao Oeste já têm alternativa para seu deslocamento, vias paralelas criadas nas últimas décadas; (3) em 1970, Campos Elíseos era cheio de trânsito. 

          Hoje, não é mais, se tirar as faixas de estacionamento, suas ruas dão conta do trânsito local que "descerá" do Minhocão; (4) a ciência mostra que, em caso de fechamentos de vias, as pessoas buscam a alternativa menos demorada, seja outro caminho ou outro modo de transporte (alguns usuários reduzem viagens de carro); (5) quando se cria uma nova via, com a melhora imediata do trânsito, carros que ficariam parados vão para a rua, o que aumenta o trânsito em vez de reduzir. 

          É o que ocorreu com a marginal Tietê desde 2010, hoje mais congestionada que antes. Já quando se fecha uma via, carros que iriam para a rua, são deixados em casa, reduzindo o conjunto de automóveis em movimento na cidade.

          Ou seja, embora o efeito inicial do fechamento de uma via possa ser traumático, em curto prazo, o resultado já é positivo. Veja o que aconteceu com a Paulista aos domingos.

          Portanto, não há porque hesitar. Fechar o Elevado não vai causar dano ao trânsito maior do que criar um corredor de ônibus em uma avenida: em pouco tempo as pessoas encontram suas soluções, seja o uso de transporte público ou um outro caminho.


          Coragem prefeito: feche o Minhocão, não por um mês ou um ano, mas para todo o sempre. 



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        Profa. Dra. Vera Santana Luz, 
Arquiteta, Urbanista,
Doutora pela FAUUSP, Profa.  da FAUPUC de Campinas,
Conselheira do CAU/SP na gestão atual.

        Co-autoria em projetos ligados à questão de sustentabilidadecom certificação AQUA-HQE, atingindo a maior pontuação no Brasil na fase Programa e Concepção.


     NR: recebemos da Profa. Dra. Vera Luz, a mensagem que transcrevemos a seguir, bem como colaboração sobre o Desmonte do Elevado Costa e Silva – Minhocão.

MENSAGEM - “Seu movimento MDM é muito sério e comprometido com interesses urbanos que transcendem a população local embora nesta se baseie.

Há que se ter equilíbrio e perceber a dimensão histórica dos territórios urbanos e as reais possibilidades de futuro amplo e abrangente, sem cacoetes e soluções superficializadas.

Tenho muito respeito por nosso Prefeito e seus colaboradores administrativos e creio que será demonstrada como possibilidade acertada a hipótese do desmonte”.

ARTIGO: O Minhocão é uma aberração urbana em sua origem, prestigiando o sistema viário de passagem predominante-mente de veículos automotivos individuais, por meio de uma estrutura suspensa que descaracteriza e estigmatiza o tecido urbano envoltório e seus baixos.

O Minhocão é uma aberração urbana em sua origem, prestigiando o sistema viário de passagem predominante-mente de veículos automotivos individuais, por meio de uma estrutura suspensa que descaracteriza e estigmatiza o tecido urbano envoltório e seus baixos, por consequência depauperando os conjuntos edificados e seus usos predominantes residenciais e comerciais.

Destitui a qualidade do sistema de espaços públicos em grande porção do centro histórico,  que deve ter, por pressuposto, fundamental caráter simbólico e potência de utilização coletiva sem prejuízo dos moradores locais.

A hipótese de transformar a estrutura do elevado em parque, eventualmente tomando como premissa projetos de referência internacionais, não se sustenta como analogia urbana.

A área central histórica é única e não merece adaptar, por costume, camadas equivocadas em sua constituição. Não se trata somente da utilização viária mas da morfologia urbana que foi rompida.

É uma inadequação in totum. Do ponto de vista orçamentário, conforme demonstra recente consultoria realizada pelo MDM - Movimento pelo Desmonte do Minhocão, os custos de remoção seriam incomparáveis e a ação perfeitamente exequível, tendo como possibilidade o reaproveitamento completo dos materiais e elementos, o que tem potencial, inclusive, de se realizar como uma operação de lucro.

No caso do centro de São Paulo, a contiguidade da plataforma junto às habitações e o nefasto tamponamento de seus baixos perpetuariam a descaracterização e prejuízo da área na opção parque suspenso.

Demonstrou-se também que o desmonte tem viabilidade técnica sem transtornos para o cotidiano local e, no meu entender, constitui-se como única e necessária possibilidade.

Muito preocupante, me parece, o recente ato municipal de nomear o elevado com o termo parque, naturalizando forçadamente, pela nomenclatura, a adaptação da vida urbana coletiva a condições nefastas como um fato desejável e suficiente.

Toma-se como tradição popular e exalta-se essa adaptabilidade de improviso e resistência dentro da precariedade e perde-se de vista o arco da história em sentido amplo e de outros paradigmas de qualidade urbana contemporâneos muito mais discretos, leves e includentes, cujo desenho precisa ter como pressuposto o incômodo mas necessário reconhecimento de modelos pregressos equivocados e a simples restauração como medida de futuro.

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 CIDADE
Praça Roosevelt sofre com vandalismo, drogas e sujeira

Os ratos da Roosevelt

O espaço, que enfrenta abandono e depredação, 
tem festas na madrugada e roedores à solta
Por: Sérgio Quintella  18/03/2016
Animal  (rato)  comendo restos de alimentos em meio ao rastro de sujeira deixado pelos frequentadores (Foto: Léo Martins)

Encravada no coração da capital, entre as ruas da Consolação e Augusta e sobre a passagem subterrânea da importante Ligação Leste-Oeste, a Praça Roosevelt é um conjunto urbanístico com 25 000 metros quadrados distribuídos por cinco níveis e um extenso currículo de abandono. Inaugurado em 1970, o espaço viveu anos de degradação, sobretudo a partir da década de 90 até uma ampla reforma, de 55 milhões de reais, 
alterar esse rumo em 2012.

Na ocasião, o lugar ganhou pergolado de madeira, parque infantil, área para cachorros, pista de skate e três quiosques, além de 260 árvores e luminárias novas, em um renascimento celebrado pelos paulistanos. 

Quatro anos depois, no entanto, o local voltou a apresentar problemas. Vários dos equipamentos recém-instalados estão sem condições de uso, depredados e pichados por vândalos.

Como se não bastasse a ruína física, os vizinhos abriram guerra contra a baderna protagonizada por alguns dos frequentadores. Nos últimos dois anos, a associação de moradores enviou oitenta reclamações de barulho e de outros incomôdos à subprefeitura da Sé, que é responsável pela área.

                                                                                    
Embalagens de pizza deixadas na praça  (Foto: Léo Martins)

De dia, os skatistas são considerados os maiores vilões do pedaço. “Em vez de eles desviarem, os pedestres é que precisam tirar o pé da frente, senão eles passam por cima”, reclama a comerciante Sueli Cirelli, dona de uma pet shop em frente à praça.

À noite, as pranchinhas cedem lugar a grupos de jovens que se reúnem para beber até o dia raiar.

“É a turma do ‘filho único’ ”, afirma o aposentado Orlando Martins, em alusão ao clássico Trem das Onze, de Adoniran Barbosa, cujos versos costumam ser entoados de forma desafinada e insistente madrugada adentro. “Só temos descanso quando chove”, completa. 

Quando São Pedro não colabora com o sossego, a festa começa por volta das 23 horas e temina após as 6 da manhã. Nos fins de semana, vendedores de pizza informais instalam-se por lá e oferecem os discos nas tradicionais caixas.

“Assim que o jantar termina, começa o campeonato de discos voando”, queixa-se a presidente da associação de moradores da Consolação, Marta Regairás.

Ou seja, as embalagens são arremessadas para todos os lados e amanhecem empilhadas pelos canteiros.

O resultado óbvio para restos de comida espalhados no chão? Uma infestação de ratos.

No sábado passado (12), a reportagem de VEJA SÃO PAULO contou pelo menos uma dúzia de roedores circulando com desenvoltura e abocanhando sobras de comida nos jardins.

“Vamos remover de lá os ambulantes”, promete o subprefeito da Sé, Alcides Amazonas, como se o problema fosse recente. 

   Banheiro com a parede pichada:  moradores de rua procuram abrigo no local  (Foto: Léo Martins)

Outro motivo de reclamação é o vandalismo. Os skatistas são acusados de ser os principais depredadores.

Apesar de terem uma pista de 1 150 metros quadrados à disposição, muitos usam os bancos de madeira da praça como rampas — vários estão quebrados.

“Alguns caras arrancam as lixeiras para que sirvam de obstáculo”, conta o estudante de arquitetura Raí Brito, que pratica o esporte ali há um ano. “Por outro lado, outros até compram massa corrida para consertar o chão quebrado.”

Os spots de iluminação do pergolado foram arrancados, o parquinho acabou depenado e o banheiro encontra-se pichado. Dos três quiosques, um teve vidros arrancados e sofreu um incêndio, e outro está depredado. 

   Resto de um quiosque que foi depredado:
cenário é de completo abandono (Foto: Léo Martins)

Todos esses locais costumam abrigar moradores de rua. A prefeitura diz que as estruturas serão reformadas e transformadas em café e casa de suco. 

O restante será arrumado, mas vão quebrá-lo de novo”, lamenta Amazonas.

O único quiosque intacto é o da PM. A presença da polícia, no entanto, não inibe o consumo de drogas, que ocorre até mesmo à luz do dia.



COMENTÁRIO DO MDM –  reportagem de VEJA SÃO PAULO  documenta a situação de total descalabro numa Praça como a Roosevelt.

     Como se sabe, na Praça Roosevelt tem  Postos da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana.

     Como se sabe a Praça Roosevelt tem um “conselho gestor”

     Se isto é assim na Praça Roosevelt, imagine "parque" sobre o Minhocão, a oito metros de altura, "sem as mínimas condições de segurança" para a população, conforme Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros e ao longo de 3 quilômetros de 400 metros de extensão?!!! 

     Porque esta insensatez de forçar a Prefeitura a fazer gastos astronômicos, fadados ao fracasso, no meio da enorme crise que assola o país e a economia, para satisfazer interesses de firma estrangeira - https://www.facebook.com/TriptyqueArchitecture.PageOfficielle -  outros, estabelecendo plano triplo: "parque" Minhocão / jardins verticais / Marquise Minhocão & Cia, aos custos de milhões de reais conforme afirma a internauta Irene Machado?

     A Prefeitura de São Paulo que não tem recursos para manter as mais de duas mil árvores que caíram por falta de manutenção nos últimos meses - inclusive causando mortes a munícipes - vai se submeter a esta pressão para gastar milhões dos cofres municipais, sabendo que será um investimento fracassado e contra os interesses dos moradores e da cidade como um todo?

     A Prefeitura de São Paulo que não tem verba para chamar para a ativa, centenas de jovens concursados, aprovados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), para reforçar a segurança da população, vai se submeter a esta pressão insensata de gastar milhões dos cofres municipais, sabendo que será um investimento fracassado e contra os interesses dos milhares de moradores-eleitores e progresso da cidade como  um todo?

     Os próximos acontecimentos revelarão para onde se direciona a Administração municipal.

INTERNAUTAS COMENTAM

Regina Olga Pacheco Bastos 
Acrescente a esta , carros que circulam na contra mão, quase atropelando a nós pedestres, o carnaval, que retira de nós moradores, a liberdade de ir e vir; e o total desinteresse ainda da GCM e PM, que embora estejam uma de cada lado da Praça, nada faz!

Que adianta gastar tudo que foi gasto , na renovação desta, se virou terra de Ninguém? Uma pena! Em Qq outro lugar do mundo, seria muito diferente!
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Professora Doutora Anne Marie Sumner,

Arquiteta e catedrática na
Universidade Mackenzie (SP)
escreve:



"Tenho acompanhado o processo referente à idéia de "parque" no Minhocão e anexo um texto que escreví a respeito por solicitação da Comissão de Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de SP/CAU-SP do qual sou conselheira. 


Minhas saudações a todos,
​Atenciosamente,
Anne Marie Sumner


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Haddad defende 

fechar Minhocão 

por até um ano como teste

JULIANA DIÓGENES - O ESTADO DE S. PAULO

"Uma das coisas possíveis seria: vamos fechar por um mês, dois meses, três meses? Vamos estabelecer um prazo para ver com a cidade vive sem isso por um tempo, sem tomar a decisão. Vamos experimentar? Se nós tivermos uma comunidade mais aberta ao experimentalismo, vamos poupar tempo, energia, desgaste pessoal e vamos chegar a solução mais viáveis", disse Haddad, durante palestra para alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IF-SP).
     O debate sobre a eficiência do Minhocão como via de tráfego vem ganhando força desde julho de 2014, quando a gestão Haddad aprovou o Plano Diretor. 
     No artigo 375 do projeto, a Prefeitura previu a elaboração de uma lei específica para o Minhocão "determinando a gradual restrição ao transporte individual motorizado" e "definindo prazos até sua completa desativação como via de tráfego, sua demolição ou transformação, parcial ou integral, em parque".
     (...) Segundo o prefeito, engenheiros e urbanistas "mais radicais" consultados pela gestão afirmam que vale a pena demolir o Minhocão. 
     Eles admitem, conforme Haddad, que o desmonte do Elevado vai causar transtorno por alguns meses, mas o trânsito vai acabar se acomodando sem a via e sem necessidade de um substituto. (...)
     prefeito disse que o Elevado é "errado" e que não teria erguido a via se fosse o gestor na década de 1970, época em que foi criada. (...)
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,como-teste--haddad-defende-fechar-minhocao-por-ate-um-ano,10000021592#wrap-comments
Comentário do MDM - O Prefeito Fernando Haddad lançou a ideia de fechar o Elevado Costa e Silva – Minhocão ao viário por “um,  dois,  três meses” em caráter experimental, para testar a acomodação do trânsito, haja visto que ficou decretado pelo Plano Diretor de 2014, que o elevado deverá ser desativado definitivamente em futuro próximo. 

Sem derrubar a estrutura do Minhocão, o transito se acumulará nas vias embaixo, duplicando as poluições atmosféricas e sonoras. 

O MDM e os CONSEGs aprovam a sugestão do Prefeito Haddad, desde que no período experimental de um a três meses, o Minhocão fique fechado para qualquer outro uso, afim de garantir preservação de direitos dos moradores, para não terem dia e noite violadas suas  privacidade e segurança e se correr o risco de se transformar o elevado numa cracolândia duplex, suspensa. 

O teste é elogiável que se faça nestas condições,  para se provar inutilidade do monstrengo urbanístico que degradou o centro de São Paulo, agredindo os milhares de moradores com série de problemas de saúde e segurança. 

O Superintendente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Vicente Rodrigues Petrocelli afirmou que, mesmo com a desativação do elevado, a tendência é que o impacto no trânsito da região não seja tão grande e possa ser reduzido com orientação aos motoristas nas vias adjacentes. "Os motoristas tendem a buscar alternativas de trajetos".  

O Secretario de Transportes Jilmar Tatto declarou inclusive que além de fechar ao viário, a  Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tem um estudo que garante que derrubar (o Minhocão) não causa dano ao tráfego da cidade”.

Enquanto o Rio já se  livrou do monstrengo urbanistico que era  a Perimetral - Minhocão local - e no lugar está fazendo bela, arborizada, ajardinada avenida, aqui em São Paulo alguns querem  conservar a estrutura velha e decrépita do Minhocão. 

O elevado é uma aberração urbanística que foi imposta a população há quarenta e cinco anos atrás, passando no meio de prédios residenciais e agredindo violentamente a saúde e a segurança dos milhares de moradores.

Quem conscientemente iria aplicar milhões de reais para fazer operação plástica em um defunto? Não é similar ao que se quer fazer com o Minhocão, com a insanidade de fazer "parque" sobre 3 kms 400 metros de asfalto?
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* Parte *
 Escrevem os leitores

Ana Perpétua Botas
        Deveríamos seguir o exemplo do Rio de Janeiro e de tantos outros lugares do mundo, que eliminaram construções desse tipo pra dar lugar a uma área saudável, moderna, arborizada, valorizada, propiciando o comércio, locomoção das pessoas, e também o lazer com jardins centrais e ciclovia como já está lá, que sem as colunas do minhocão seria muito melhor. 

         Como vamos andar de bicicleta num ambiente fechado, poluído, hiper barulhento? 

          É um contra censo, uma vez que andar de bicicleta está associado a saúde, sustentabilidade. 

          Não há parque em cima do minhocão, que venha a fazer a parte de baixo ser um ambiente bonito, saudável, viável para as pessoas que moram, trabalham e inclusive para aquelas que vêm só aos finais de semana. 

          Só queria entender porque as pessoas que estão autorizando e assinando para que o minhocão receba nome de parque, em outras ocasiões deram suas opiniões contra o parque e a favor da demolição.

       Dra. Vera Luz - Arquiteta - Professora Universitária
       Sou completamente solidária aos princípios de remoção do Minhocão do centro histórico de SP e reconstituição do  tecido urbano com seu conjunto de espaços públicos e ambiente urbano, para todos cidadãos e qualidade de vida dos moradores, que são   motivos urbanísticos fundamentais no meu entender.
Att.
Abraços afetuosos 
e respeito pela luta desta organização apartidária,
Arq. Dra. Vera Luz

           "parque"? 
          Servira apenas para mais desocupados q empesteiam a cidade diariamente...

          uma nova cracolandia !!! 

          Mais assaltos a luz do dia...e o transito que eh importante no local...nao cuida nem dos parques ja existentes na cidade, quer inventar outro...pra que !!! bora cuidar do resto da cidade que esta atualmente, precaria...soh sujeira e pessoas defecando em plena rua...

          Chega de emporcalhar SP.

         Demolição do minhocão sim!...pare de estragar Sao Paulo, Haddad!

Retarddard como sempre se esforçando para prejudicar cada vez mais a vida do paulistano.

Pura enganação. Simplesmente especulação imobiliária. 

Esse parque só acarretaria em gastos desnecessários para prefeitura e enriqueceria (novamente) empresas envolvidas. 

A prefeitura deve se preocupar com o plantio de mais árvores na cidade toda e a melhor manutenção das já existentes. 

          O minhocão deve ser demolido. 

          Aí eu votaria sim.

Se a maioria dos votos daqui foi não, então porque o Haddad sancionou o projeto? 


Cidadão paulistano, você que foi contrariado com essa medida estúpida, guardem os nomes dos políticos e dos partidos que estão envolvidos e não votem mais neles:


Fernando Haddad do PT 

Aurélio Nomura do PSDB 

George Hato do PMDB 

José Police Neto do PSD 

Ricardo Young do REDE 

Toninho Vespoli do PSOL 



Você foi contrariado, então não vote mais nessas pessoas nem nesses partidos, só assim poderemos sermos respeitados em nossas vontades. 



Essa lei é irresponsável e inconsequente, pois ela desmonta algo que funciona e não oferece opção a quem a utiliza para seu translado, uma arbitrariedade total. 



Lembre que temos 92 parques em São Paulo, número suficiente para o lazer dos munícipes, além disso para transformar a via em parque seria necessário a arborização da mesma, coisa que o projeto não faz qualquer menção. 



Vivemos em uma metrópole e precisamos encontrar uma forma racional de conviver com o urbanismo da cidade e a natureza, e não seguir os caprichos de políticos inconsequentes.



tem de desmontar este trambolho.

O Elevado Costa e Silva é horrível urbanisticamente falando. 

Gastar dinheiro com a revitalização e criação do parque vai atrair empresas "selecionadas pela Prefeitura, uma vez que as licitações ultimamente estão causando mais portas abertas para a corrupção e o superfaturamento. 

A Prefeitura e estes senhores "criando leis" deveriam criar algo que seja realmente útil para a cidade.

se fosse pra derrubar de vez, botar no chão, votaria sim.

Seria jogar dinheiro fora !!!

O Minhocão é uma aberração que deve acabar, não ser convertida em monumento. É feio, uma obra mal executada, degradou ainda mais o Centro da cidade. Só gosta da proposta quem NÃO mora perto dessa aberração construída pelo Maluf.

Também voto não, pois isso "desoneraria" a prefeitura de efetuar a manutenção de parques já existentes, seria uma proposta populista para ano de eleição, dependendo de quando for aprovada, e não atenderia aos problemas de moradia, saúde pública e segurança que existe embaixo do minhocão.

Demolir a maior aberração urbanística da cidade. 

Parar de gastar na manutenção desse elefante cinza.

Eu voto não porque quero o Minhocão demolido por inteiro.

Minhocão tem que ser demolido...

Que façam as praças e parques em locais apropriados.



Não. Não quero parques suspensos no asfalto! 

Isto é enganação promovida pela especulação imobiliária. 

Quero árvores de verdade e não, matinho. 

Quero q a população use e não, somente os da modinha e rodinha, 

Quero q os vizinhos do entorno tenham sol e revivam e parem de viver na escuridão/escravidão impostos desdes 1970 sem consulta. 

DITADURA de novo, não!

É notório q as marcas, incorporadoras e artistas estão engajando gente de fora do bairro . 

Trouxeram o "cool" pro minhocão e obviamente sabem que isso significa altos lucros imobiliários, gentrificação e expulsão das populações de risco. 

Como já está acontecendo, basta ver os novos empreendimentos na área e a própria ciclovia, q já expulsou os moradores de rua dali. 

O SIM ( para "parque" )vem em grande maioria de quem só usa o minhocão no fim de semana e somente a parte de cima, gente que praticamente não circula por baixo dele, nas avs Sao joao e J. Olimpio - sufocadas pelo concretão, sem sol e sem árvores - e nao conhece a realidade, o dia a dia do bairro. 

Que tal lutar por parques no solo, como o Parque Augusta, onde realmente podemos ter árvores?

Moro em frente e voto não (para "parque"). 

Além de tudo isso é um inferno durante o final de semana. 

O certo seria a demolição do Minhocão e a destinação de um local apropriado para um parque, não um elevado.

Vamos por fim a pior aberração de nossa cidade.

É preciso recuperar a desvalorização dos imóveis e a qualidade de vida dos moradores próximos e do entorno ao Elevado Costa e Silva. 

Deverá ocorrer com a demolição ou desmonte. 

É uma falta de respeito manter essa cicatriz em um povo que paga seus impostos.

Yara Goes
São Paulo precisa não só de um mas de vários parques. 

Mas, convenhamos, sobre o Minhocão, não! 

É o local mais inapropriado que se possa imaginar. 

Assim como não se faz uma creche sobre aterro sanitário, não se pode imaginar “parque” sobre a área degradada dos 3,4 kms do Minhocão, onde há 45 anos não entra um raio de sol e onde a sofrida população de mais de 230 mil moradores são agredidos diariamente pelos altos índices das poluições atmosféricas, sonoras e visuais. 

Assim, como não considerar querer fazer “parque” sobre o Minhocão, tratar-se de projeto ATENTATÓRIO À SAÚDE PÚBLICA? 

Entre outras personalidades que já se manifestaram a favor do desmonte do Minhocão e da reurbanização/revitali-zação dessa importante parte do centro de São Paulo encontra-se o Vereador Ricardo Young, que debate na TV ABERTA, CANAL 9 NET, afirmou que “a eliminação do Minhocão, sem dúvida nenhuma é o melhor . Porque garante a permeabilidade da região, permite o ajardinamento, a restauração de parques que havia na região, toda uma reurbanização, toda uma rearborização, daquela área da cidade. (…) Eu já falei no início aqui do debate, que a solução para aquela região, a solução sustentável para aquela região é o Desmonte, com ampla área verde e grande capacidade de absorção de água e assim por diante”. 

Recentemente, o Vereador Ari Friedenbach, em audiência pública, da CÂMARA EM SEU BAIRRO, do dia7/11/15, qualificou a idéia de “parque” sobre o Minhocão como "INSANIDADE"! 

O Promotor de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público, Dr. Marcos Lúcio Barreto, após minucioso estudo manifestou-se favorável ao Desmonte do Minhocão, afirmando que é “para que a qualidade de vida das pessoas (que moram ou trabalham ao longo do elevado) que já está degradada há mais de quatro décadas . Que esse martírio tenha um fim! Isso é razoável. Que se proceda o desmonte! Não tem outra alternativa”. 

Se você é a favor do desmonte do Minhocão, essa "cicatriz urbana" no rosto da cidade de São Paulo, que há 45 anos degradou a região central. Vote pelo progresso. 

Faça valer seus direitos, votando pela reurbanização e revitalização desses 3 kms e 400 metros. 

Assim , votemos pelo desmonte do Minhocão e em seu lugar se faça bela avenida ou boulevard, que a exemplo da Perimetral do Rio que foi demolida, venha também a constituir novo cartão postal de nossa metrópole. 

E não se perpetuar estrutura de 45 anos, que degradou a região, atingindo a saúde dos mais de 230 mil moradores-eleitores, que são vítimas dos altos índices de poluições atmosféricas, sonoras e visuais. 

Situação que ficará agravada com o acumulo de trânsito na parte debaixo, com multiplicação das poluições concentra-das e retidas pelas pistas do elevado. 

Está sendo oferecido uma visão utópica, sem esclarecer as pessoas os danos que isso pode prejudicar a saúde pública. Por analogia, se procura passar a frente produto com data de validade vencida e que depois provocará malefícios ao incauto usuário. 

Vote a favor do desmonte do Minhocão. 

Vote a favor da saúde pública. 

Vote a favor da reurbanização do centro de nossa cidade, para um futuro melhor para nossos filhos, ameaçados por projeto de lei atentatório a saúde e segurança pública, com o risco e vir a ser extensão da cracolância. 

Vote a favor do progresso de São Paulo, a terceira maior metrópole do mundo. 

Ou em pleno século XXI, se pretende transformar a “locomotiva” do Brasil em uma “Maria fumaça”?

Não moro nesse local mas já passei por lá vairas vezes e fiquei espantado:"como se vive nesse local e com uma condição dessas? 

De qualquer forma, reforma sempre sai mais caro,não fica prestando...

NÃO. Nada de parque! Tem é que ir pro CHÃO, mesmo.

Não tem sentido fazer um parque "elevado".

Lugar de parque é no chão. 

O desmonte do Minhocão é necessário para que a avenida sufocada por ele volte a ter vida, luz do sol, árvores e deixe de ser o ambiente sombrio e degradado que é hj. 

Para que os moradores dos andares mais baixos tenham algo mais para ver do que uma barreira de concreto. O Minhocão divide e degrada Santa Cecília, algo que frequentadores de fim de semana dificilmente percebem, pois só utilizam a parte de cima.
Lugar de parque é no chão. O desmonte do Minhocão é necessário para que a avenida sufocada por ele volte a ter vida, luz do sol, árvores e deixe de ser o ambiente sombrio e degradado que é hj. 

Para que os moradores dos andares mais baixos tenham algo mais para ver do que uma barreira de concreto. 

O Minhocão divide e degrada Santa Cecília, algo que frequentadores de fim de semana dificilmente percebem, pois só utilizam a parte de cima.

o minhocão ... é considerado um desastre urbanístico, pois além de "entupir" ainda mais o trânsito,desvaloriza o comercio e os imóveis naquela região, e isso fez com que vários moradores abandonassem o local. Além de agravar a poluição.

Nãoooooooooo!  

Quero arvores enraizadas no chão drenando e alimentando o solo e lençóis freáticos,quero arvores frutíferas garantindo a sobrevivência de pássaros e insetos responsáveis pelo reflorestamento natural. 

Quero ar puro e menos barulho.#minhocão_no_chão + #parque_no_chão

Participe desta decisão - quem vai pagar a conta da manutenção é você! 

Os problemas do minhocão não estão em suas pistas elevadas.

Embora seus aclives e declives e a falta de muretas de proteção para pedestres e ciclistas seja um risco constante.

A infinidade de problemas esta na sua parte inferior (no chão).Poderia descrever inúmeros porém, faço um convite aos simpatizantes a implantação dos vasos no minhocão: - Venham curtir a parte de baixo numa segunda feira durante o dia.

Venha fazer uma caminhada na ciclovia durante a noite e madrugada.

Vamos parar de modinha e realmente começar a resolver os problemas de forma definitiva.

Vamos parar de brincar com o dinheiro publico.

Lugar de arvore é no chão. #sustentabilidade #qualidade #vida #publico

Engraçado, na rua Augusta já tem um lugar apropriado pra virar parque e não vão fazer, agora querem transformar o minhocão em parque. 

Em seis meses aquilo vira uma cracolândia suspensa, deixa assim pelo menos tem uma serventia do jeito que está. 

Além do mais o valor do m2 da região iria subir ainda mais afugentando para a periferia os moradores com menor poder aquisitivo da região. 

O prefeito deixa o mst invadir área de manancial e depois quer fazer parque em lugar inviável.

Outra gambiarra que não vai funcionar. 

Fazer parque sem contraproposta pra malha viária só vai gerar mais caos e descontentamento.

Desmontar o minhocão e criar um parque no chão é a melhor solução. 

O viaduto como uma jardineira verde não resolve a questão ambiental que ele cria no térreo . 

A cidade acontece no chão. 

O desmonte da perimetral do rio é a melhor prova de que o desmonte vai criar uma cidade muito mais bonita do que fazer uma jardineira numa estrutura condenada que vai demandar muito mais recursos de manutenção e instalação provavelmente até que o custo do desmonte. 

Desmontando as vigas, que são pré fabricadas, portanto passível de remoção a parte a demolir pela uniformidade do material pode ser reciclada como insumo para material de construção. 

A tecnologia já existe e já é utilizada no Brasil. 

Portanto até pelo argumento da sustetabilidade se justifica o desmonte.

Demolir. 

Tenho certeza que para aqueles que ali vivem sera melhor! 

São Paulo precisa disso precisa também de outros novos projetos, São Paulo precisa de uma arquitetura mais sofisticada prédios mais altos entre outras coisas, São Paulo precisa ser moderna, ela e moderna e tecnológica de um lado, do outro ela e é só um pouco moderna isso precisa mudar.

Na região central, que sofre os maiores impactos negativos do elevado , o placar está Sim 70% X Não 30%. 

Por causa do barulho e poluição, a qualidade de vida de quem mora nos prédios próximos ao minhocão é péssima. 

É muito fácil para uma pessoa que mora em um bairro distante do centro votar não. Porque não sofre nenhum impacto negativo. 

É típico pensamento individualista que infelizmente muita gente ainda tem em São Paulo.

Eu moro desde que nasci em frente ao elevado, e agora com 28 anos estou 5 sem conseguir trabalhar com problemas respiratorios, e auditivos, sem contar o calor, como fica proximo ao chao do elevado, o calor vem intensamente para dentro, nao acho que iriam demolir, afinal ja fizeram tantos protestos e nada aconteceu, mas isso ja iria aliviar a vida de quem mora por perto.

A desativação e demolição completa da excrecência que é esse viaduto. 

Não cabe um parque sobre um local degradado, sem insolação e sem ventilação.

São Paulo precisa de parques e áreas verdes, em lugares planejados para acomodar parques e áreas verdes. 

Embora o viaduto seja uma aberração barulhenta para os moradores do entorno e acolha decentemente caminhadas e outras atividades em alguns horários, ainda é utilizado para grande tráfego de carros numa cidade sem grandes alternativas nesse queisto. 

Por fim, não é desenhado para a função recreativa; algum outro lugar mais propício pode acolher um parque bem acabado e menos dispendioso.

Parque tem que ter também hora para fechar e vigilantes circulando, não queremos uma crackolândia suspensa nas nossas janelas, e sim um Parque com Verde! 

Semelhante ao funcionamento do Buenos Aires, Trianon, Mário Covas.

Milênios após a queda da Babilônia o Prefeito pichador de muro resolve criar os Jardins Suspensos da Cracolandia.

Acredito que isso é uma loucura total, o volume de tráfego é monumental, e o grande diferencial do minhocão é a ausência de faróis que garante um melhor fluxo desses veículos. 

O transporte coletivo é medíocre, o direito do cidadão de ter seu próprio transporte será absurdamente abalado, este que paga volumes imensos de impostos. 

Então do ponto de vista de mobilidade urbana será um prejuízo enorme, graças a Deus saber que entre os idealistas dessa estupidez está o senhor Nataline, já sei em quem não irei votar, assim como, não terão meu voto o PV, PSD, PPS e PSOL. 

Quanto ao parque, bem, já temos péssimas experiências com a última boca de fumo criada pelo sr. Haddad, acredito que é nisso que virará essa importantíssima via de tráfego, espero Deus, que isso não vá em frente.

 Você já tentou levar suas crianças e sua família para passear no ibirapuera?

É maconheiro pra todo lado, você tem que pular por cima deles pra conseguir andar. 

Certeza de que não precisamos de mais um "ibirapuera" na cidade, mas sim de transporte coletivo decente. 

E não é porque nem sequer passo perto do minhocão que acho que ele deva virar um parque.

Gostaria de uma explicação: QUE GRAÇA as pessoas veem, em andar sobre o cimento de um elevado, cheio de prédios em volta??? 

Por que não vão ao Parque da Á gua Branca, Ibirapuera, Parque do Carmo, Parque da Aclimação, e param de encher o saco dos moradores daqui? Obrigada!

Aquilo foi um horror que o sr. excelentíssimo Paulo Maluf construiu para chegar mais rápido a sua empresa na época, agora vai de helicoptero

demolição é a solução com garantia de vez e arborização ao longo do percurso 

Se for fazer já faça de uma vez e de uma forma bem feita, sem falar que tal "empreendimento" parece estar mais vinculado com a especulação imobiliária e gentrificação da região (aumento do custo de moradia e expulsão por vias economicas da população de menor renda) do que o que dizem no tal discurso de "elevar a qualidade de vida da população". 

Bem duvidoso este tal NOVO plano diretor. 

Já vimos este discurso em outras cidades e só beneficiou as empreiteiras. Inclusive aqui em São Paulo com a perda do "Parque Augusta". 

O que vejo são as tais empreendedoras, com auxílio deste discurso estarem enchendo os cofres de $$$$ vendendo cubículo "conceitual" de 15 metros quadrados a preços exorbitantes. 

Novo Plano diretor está mais para "Se puder pagar fica senão caia fora" do que melhorar a vida de quem ali já mora.

O problema maior do Minhocão, enquanto elemento urbano, é o ambiente na parte de baixo. 

Isso não será resolvido com a sua transformação em parque. 

Além do mais nunca vi nenhum estudo de viabilidade estrutural para acrescentar vegetação e outros elementos ao mesmo.

O projeto é bom, só que para a cidade de São Paulo, não irá funcionar, vide Praça da República, Largo do Arouche, Julio Mesquita, Estação Sorocabana, Parque da Luz, Duque de Caxias, e até a Roosevelt, etc, 

A classe trabalhadora e a população de bem não consegue desfrutar do local. NY funciona, porque lá existe Lei e Ordem. 

A melhor solução é a demolição.

Desativar pra criar parque vai trocar um problema pelo outro. 

Do jeito que anda a segurança na região do Centro, vai virar mais um foco de moradores de rua, maconheiros, viciados em crack entre outros. 
Se é pra desativar, tem que pôr tudo abaixo.

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12/03/2016

São Paulo ganha ônibus turístico 
de dois andares; 
bilhete custa R$ 40 

Comentário do internauta


          Franksp  -  Será que o Haddad mandou incluir no itinerário do ônibus, passar debaixo do minhocão para todo mundo ver a degradação que ele perpetua?

          Quem explica porque ele não acompanha o bom exemplo do Prefeito do Rio, que eliminou o Minhocão de lá, a Perimetral e no lugar está fazendo bela, arborizada e moderna avenida? 

          No Rio os cariocas tem o Museu do Amanhã. 

          Aqui em São Paulo, a terceira maior metrópole do mundo, temos o Minhocão, "Museu do Passado"!

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2016/03/12/sao-paulo-ganha-onibus-turistico-de-dois-andares-bilhete-custa-r-40.htm#comentarios
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Escrevem os leitores
     NR: na impossibilidade de transcrever as centenas de emails, tweeters e mensagens telefônicas de apoio ao Movimento Desmonte Minhocão e de repulsa ao ato arbitrário do Sr. Prefeito Haddad em não escutar os moradores e lideranças comunitárias locais e assinar decreto de apoio a um pl considerado “atentatório a saúde e segurança pública”, um retrocesso a revitalização e progresso da cidade, reproduzimos alguns que ilustram a indignação por ele causada.

     Ressaltando que tal ato foi na presença de pessoas que não residem no local concernido, e num ato nada democrático, o Alcaide Haddad barrou a entrada de moradores e lideranças comunitárias da região que gostariam – e tinham o direito – de estarem presentes a ato que afeta suas vidas.

     A Prefeitura emitiu nota falando que o ato era fechado a imprensa”.

     Ora,estavam presentes na mencionada solenidade, os vereadores Police Neto e N. Bonduki, bem como membros da associação "parque" minhocão, alguns dos quais nem são moradores da área. Ora, não consta que estas pessoas sejam da imprensa.

     Assim,a Prefeitura ao tentar explicar o inexplicável, do porque o Prefeito Haddad discriminou e barrou a participação das lideranças comunitárias e moradores no evento, faz afirmação que não condiz com a realidade. 

Não é lamentável? 

*     *     * 
          Regina Colmatti – Gente! Que horror o que fêz o prefeito Haddad!!!  

          Quer perpetuar o monstrengo do Minhocão? 

          Eu sou obrigada a de dois em dois meses a tirar e lavar as cortinas que vão ficando pretas de tanta poluição!!! As cortinas a gente lava. E os nossos pulmões prefeito? Quem lava? 

          Os moradores estão sendo assassinados aos pouquinhos por causa de tanta doença que a gente vai tendo! E o que senhor quer perpetuar isso? 

          O senhor não teve uma mãe que lhe ensinou bons sentimentos? 

           O senhor num teve uma mãe  que lhe ensinou a ter compaixão dos desvalidos e que sofrem como nós? 

           E o senhor quer piorar a nossa situação? 

          Com a tal maluquice de parquinho no minhocão os milhares de carros vão para onde? Onde vão se meter? Embolar  e engarrafar as pistas debaixo do Minhocão!!! Não vê que vai aumentar as poluições e doenças? 

           Misericórdia!!! 

           E o senhor está lançando ônibus om ar refrigerado e vista panorâmica para turistas passearem pela cidade... o senhor incluir também no itinerário passar debaixo do minhocão para os de fora verem a “beleza” da degradação que o senhor nos obriga a viver? 

           Porque tanta maldade? 

           É porque pagamos religiosamente em dia nossos impostos? Pelo amor de Deus reconsidere isso.

                Maria Angela - Eu moro na av com uma sacada virada do meu quarto para o minhocão, se isto aqui virar um parque ninguém vai dormir, é vergonhoso ... o minhocão ta abandonado com goteiras, chove aqui fora, mas o minhocão continua sujo não passa mais carros pipas lavando, este prefeito que esta ai disse que investiu meio milhão na ciclovia debaixo do mnhocão, eles só quebraram tudo vinham a noite tratores quebrando a obra tudo eu ficava olhando da minha janela, vcs imagina qdo ele foi feito foi muito bem feito, apesar que na época solucionou e continua solucionando os problemas dos carros da zona leste, é uma pena que tudo precisa de manutenção depois de anos, mas eles deixam abandonado o minhocão com goteira infiltração as ciclovias feitas saindo a tinta, sem segurança é uma vergonha, na minha opinião teria que demolir ; ... eu gostaria que tudo isso virasse um cartão postal de nossa cidade São Paulo, seria maravilhoso...

          Franklin Ruão - Síndico 
          Olá. Li a cobertura que vocês fizeram dos recentes acontecimentos e também considero lamentável a atitude do "prefeito" Haddad.

          A postura totalitária e ditatorial do "prefeito" apenas evidencia que ele não passa de uma agente político da comuno-petismo que se instalou no país.

          Apoio 100% o Movimento Desmonte o Minhocão e espero que possamos organizar manifestações e repúdio na prefeitura e outros locais, conte comigo.

          Moradores gastam energia com atos simbólicos e inócuos de "varreção das ruas do bairro", sendo que o problema é outro e deve ser combatido de forma mais direta e objetiva.

          O correto é fazer uma "varreção na prefeitura": levar até lá e jogar na porta parte do lixo das nossas ruas, sacos com fuligem do escapamentos dos carros do Minhocão e também alguns moradores em situação de rua para dormirem e ficarem fumando crack na porta da prefeitura.

          Este é o tipo de manifestação que deve ser feito.

          Sigo à disposição.

          Atenciosamente,

          Franklin Ruão

          Síndico 


Irene Machado - Sr. Prefeito, sou uma cidadã 

Paulistana nascida e  criada na no Centro de São

Paulo, centro esse que da vontade de chorar qdo

passo por lá, um abandono, sujo, fedido, parece

um local pós guerra.

Agora o Sr. se CURVA aos caprichos do Sr. Police

Neto e ao Sr. Athos, e a empresa com sede em

Paris Trptyque Architeture, e vem fazer essa

aberração de parque na nossa janela, já

sofremos tanto, anos a fio com o barulho dos

carros, agora é com esse elevado nº de pessoas

que o vereador convoca para ocupar o espaço em

redes sociais, a quem o senhor serve, as

empreiteiras ??????? a esse escritório de

Arquitetos que tem acesso direto ao seu

gabinete, pelo que me consta a Prefeitura tem

um corpo de Arquitetos, Urbanistas e

Engenheiros CONCURSADOS, porque.... pelo

amor de Deus PORQUE tem que jogar nosso

dinheiro no lixo com os devaneios do Police Neto

e seus COMPARSAS ... Irene Machado

 https://www.facebook.com/TriptyqueArchitecture.PageOfficielleMDM News


          Cecilia Oka Em 2014 e 2015, tivemos Fóruns na Câmara para discutir o futuro do Minhocão. Com tantos impasses, lamento muito que a Prefeitura não tenha levado em conta as discussões realizadas nesses espaços.

           Francisco Gomes Machado  Enquanto nos paises como Estados Unidos, Espanha, Canadá, França e até Coréia do Sul, no Rio de Janeiro com a demolição da Perimetral se eliminam viadutos e no local se fazem belas avenidas ajardinadas, o Prefeito Haddad assina decreto para perpetuar uma estrutura degradada, decrépita como o Minhocão, aberração urbanistica, viaduto construido no meio de prédios residenciais, sem nenhum estudo de impactos ambientais e causando inúmeros problemas de saúde e segurança para milhares de moradores. 

          Pensava que o Haddad estava antenado com o moderno, com o futuro da cidade, como o Prefeito do Rio. Mas não. Que decepção! 

          Porque não desmontar esse monstrengo do Minhocão e no lugar se fazer bela e arborizada avenida, com pista de cooper, ciclovia etc? Não deu para entender. 

          A Subprefeita é a favor do demonte. O Subprefeito da Sé também. O próprio Secretario de Transportes també é a favor do desmonte. E o Haddad vai para trás e assina decreto para manter o monstrengo urbanistico? 

          Estamos na terceira maior metrópole do mundo ou num país da África? Não entendi essa contradição do Haddad. Pessoas próximas a ele diziam que ele era a favor do desmonte. E agora sai com essa? Não dá para se ficar decepcionado com este entrave ao progresso de nossa cidade?


           Paulo Machado Minhocão ...  prefiro o desmonte dele. A parte de baixo do Minhocão é degradante.

           Flávio DC Ia demolir esse negócio...mas voltou atrás...infelizmente. E pasmem, um dos argumentos é que iria valorizar a região. Pois é. O ideal segundo esse senhor é manter a cracolândia ativa.... Outubro está chegando...vamos poder nos livrar disso no voto. felizmente...

           Paulo Rodrigo Dos Santos Demolir o elevado é valorizar a região da Santa Cecília, tem muito craquento pois eles se aproveitam da proteção que a sombra do elevado da dia-e-noite, sem o elevado EU creio que o mesmo poderia se tornar uma nova Faria Lima

            Vadim Harlamov Gostaria que fossem agilizadas as discussões para o desmonte do elevado, medida crucial para a revitalização de uma das avenidas mais importantes do centro. Sua transformação em parque, ao meu ver, oficializa a aberração de concreto malufista e posterga sua desativação e desmonte em definitivo.

            Neusa Sillva quanto custa o IPTU de ocupar toda uma calçada e morar lá com cama e tudo é o que acontece na outra calçada atrás do Teatro municipal de SP os pedestres tem que passar pela tal ciclovia porque pela calçada tá dificil??????????????

             Walmir Arraes Junior E as ciclofaixas mal feitas e super faturadas que estão parecendo um lago de tanta água acumulada, tipo a da av zarchi Narchi , cuidado com a dengue prefeitura .

             Ivanilde Nilde ja que aqui vcs respondem gostaria de saber qdo vao arrumar os estragos das chuvas ,em relaçao a um post q fiz hoje sobre um buraco enorme com mau cherio fechando via de acesso com escola proxima,crianças passando no local ,coloquei foto endereço,e nao deram nenhuma resposta e nos post onde criticam o prefeito ,,,por favor resolvam o problema o mais rapido possivel,,ou tera que alguma criança ou alguem se machucar ou outra enchente ?????????...

              Luiz Antonio Billora Prefeitura, parque não á um local arborizado, com espelhos d'água, areas de lazer e descanso para as pessoas e mais uma série de beneficios? Prefeitura, parque não á um local arborizado, com espelhos d'água, areas de lazer e descanso para as pessoas e mais uma série de beneficios? 

     Então, como podem pegar um viaduto decadente que passa entre centenas de edificios e num passe de mágica, num e... Então, como podem pegar um viaduto decadente que passa entre centenas de edificios e num passe de mágica, num estalar de dedos transforma-lo num parque? E porque a prefeitura não procura revitalizar o Vale do Anhangabau, o Parque da Luz. E o Parque do Ibirapuera, cartão postal de São Paulo, em que estado se encontra? Estão fazendo com o Minhocão o mesmo que fizeram com a Paulista, colocando as pessoas para passearem nos asfalto com pouquissima estrutura e fazendo-as pensar que são felizes. 

              Silvia Miloco Ainda tenho esperança de ver a avenida sem esse elevado horroroso, com suas praças e monumentos restaurados.

              Marcos Henrique Folgoët Bom, eu moro ao lado do Minhocão e sou contra o parque. A Helvétia (entrada que utilizo) virou uma mini-cracolândia e motel, é possível rodar um filme pornô ali às 22h. 

          Sem contar no excesso de lixo. 

          Sem falar também no lixo que é atirado pelos frequentadores do espaço nos apartamentos. 

          E ainda tem o consumo desenfreado de drogas entre a estação Marechal Deodoro e a Pç. Roosvelt. 

          A meu ver a Prefeitura se nega a fazer uma consulta pública aos moradores (pelo menos nunca fiquei sabendo de uma, corrijam-me caso esteja enganado), é mais interessante escutar quem não vive na região e só frequenta o Minhocão aos finais de semana e acha tudo lindo.

               Fernando Macedo  Como assim? O Minhocão não cai mais?!!!

               Leonardo Hoehne Polato Derruba logo essa coisa horrorosa!!!

                     Carla P. Bergamo - Derruba, desmonta, elimina!
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São Paulo, 9 de março de 2015

 

     O Minhocão virou "parque". Mas só nos dias e horários proibidos para carros.
Com o decreto publicado hoje, o elevado passa a ter direito
a segurança, iluminação, limpeza, e serviços de manutenção.


 

     O novo "parque" de São Paulo foi apontado 
como das obras arquitetônicas mais feia do mundo!

Mesmo assim, o Minhocão virou hoje, oficialmente, área de lazer. 

     O monstrengo de ferro e concreto que desvalorizou imóveis 
de pelo menos sete bairros,
agora terá estrutura de governança e policiamento.

    
     O decreto foi assinado hoje pelo Prefeito Fernando Haddad

     Fernando Haddad: "Nós não queremos expulsar ninguém do ambiente.
Tem muita gente que mora ali.
Então qualquer decisão que seja tomada,
tem que pensar antes de tudo nos efeitos sociais que ele vai criar".

     Por trás desse ato tem uma grande discussão: o que fazer com o Minhocão?
O Plano Diretor aprovado em 2014 diz que a cidade terá que desativá-lo para os carros nos próximos treze anos.

E  entre as alternativas estão derrubar o Minhocão 
ou transformá-lo num "parque".  

     Pedra no sapato de muitos prefeitos, o Minhocão (...) 

     O representante do grupo que quer a demolição do elevado criticou o decreto.

     Francisco G. Machado: "Não adianta ter parquinho em cima se embaixo a estrutura continua degradada,
o comércio degradado e os moradores sendo agredidos na sua saúde e na sua privacidade".

https://youtu.be/Da6We-ytA_Q 


*     *     *
     Nota da Redação: com efeito, o Minhocão, elevado construido passando no meio e a poucos metros de prédios residenciais, sem nenhum estudo de impactos ambientais, há quarenta e cinco anos degradou toda esta importante área central da cidade de São Paulo, gerando sérios problemas de saúde e segurança. 

     Quando em várias cidades do mundo se eliminam viadutos - instrumento que apenas transfere um problema vário de um lugar para outro -  e no Rio de Janeiro se admira a bela, moderna e arborizada avenida construida no lugar da Perimetral (que era o Minhocão local), em São Paulo o Sr Prefeito Fernando Haddad, que pensavamos estar antenado com visão moderna, futurista e progressista da  terceira maior metrópole do mundo, que é São Paulo, inexplicavelmente e de modo arbitrário resolveu com uma canetada preservar a estrutura velha e decrépita do Minhocão e andar para trás em relação ao futuro e ao progresso.

     Assinou lamentável decreto que vai na linha da perpetuação do monstrengo urbanistico, a revelia da vontade dos milhares de moradores-eleitores, para satisfazer anseios de pessoas que inclusive não residem na área, a começar pelo vereador Police Neto, autor do pl que quer impor "parque" neste local inapropriado, e que foi considerado "atentatório a saúde e segurança pública".

     Lamentável também foi o incidente ocorrido ontem na recepção da Prefeitura, quando ali compareceram para participar da solenidade, os seguintes líderes comunitários locais: a Sra.Yara Goes, Presidente da Ação Local Amaral Gurgel, Sr. Artur Monteiro, Diretor de Assuntos Sociais e Comunitários do CONSEG República/Bela Vista e Conselheiro Participativo Municipal-Centro e o Sr. Francisco Gomes Machado, Diretor de Assuntos Sociais e Comunitários do CONSEG Santa Cecília, Barra Funda, Higienópolis e Campos Elíseos. 

     Inexplicavelmente e diante das atônitas pessoas que passavam pela recepção, o Prefeito Sr. Fernando Haddad, em ato nada democrático, discriminou as mencionadas lideranças comunitárias e moradores, barrando sua entrada e impedindo a participação no evento em que estavam concernidos. 


É mister lembrar que no dia 19 de janeiro de 2016, 
foi Protocolado Ofício para o Prefeito Haddad, 
no qual os CONSEGs - Conselho de Segurança - da Consolação, República,
Perdizes, Pacaembu, Bela Vista, Santa Cecília,
Higienópolis, Barra Funda e Campos Elíseos,
expõe ponderadas e fundamentadas razões 
de agressão a segurança e saúde dos milhares de moradores
e se manifestam assim contrários a idéia de "parque" no Minhocão.

Qual foi a resposta do Prefeito Haddad?

Chamou os signatários para dialogar?

Sua resposta foi a assinatura do decreto arbitrário
e contrário aos interesses dos moradores e progresso da nossa cidade.

     A idéia de "parque" só agravará ainda mais os  problemas como por exemplo, a advertência feita pelo Superintendente da CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - Dr. Ronaldo Tonobohn que expondo em Audiência Pública na Câmara dos Vereadores - estando presente o autor do pretendido "parque" sobre o Minhocão, Police Neto - afirmou que o mencionado elevado constitui na parte debaixo, uma como que "caixa fechada".

     Mantendo a estrutura - disse ele - e eliminando os carros da parte de cima, os mesmos se amontoarão na parte debaixo, aumentando ainda mais a alta concentração de poluentes como o monóxido de carbono - cancerígeno - que as pistas do Minhocão impedem a dispersão pela atmosfera. 

     Apesar das ponderadas e fundamentadas razões expostas no Ofício dos CONSEGs ao Sr. Prefeito Haddad, este além de não se dignar a respondê-lo e/ou chamar as lideranças comunitárias signatárias do mesmo para um diálogo, resolveu com uma canetada optar pela solução errada, arbitrária e discriminatória. 

     A declaração do Prefeito Haddad ao SPTV de que  "não queremos expulsar ninguém do ambiente. Tem muita gente que mora ali (...) qualquer decisão que seja tomada, tem que pensar antes de tudo nos efeitos sociais que ele vai criar" não chega as raias do deboche em relação aos milhares de moradores e lideranças comunitárias? Está tão preocupado com estes municipes, que assina decreto contrário aos mesmos? Estamos perplexos!

     Lideranças comunitárias e moradores  já foram cordialmente recebidos pela SubPrefeita, Nádia Campeão, pelo Subprefeito-Sé, Sr. Alcides Amazonas, por secretariado da Infraestrutura e Obras, quando expuseram técnicamente o projeto do desmonte do Minhocão, obra limpa e que se auto paga, onde quase tudo é reaproveitado, gerando renda para a Prefeitura, resolve este problema gravíssimo, reurbaniza a área, revitalizando o comércio, gerando mais receitas para a Prefeitura, com maior arrecadação de impostos etc.

     Todos se manifestaram a favor da eliminação desta cicatriz urbanística no rosto da cidade de São Paulo. E o Prefeito Haddad opta por ir na direção contrária de seus colaboradores mais próximos, e aos interesses dos moradores, da população e do progresso da cidade e assina decreto para na prática perpetuar a estrutura detonada e decrépita do Minhocão? Não é para se ficar perplexo?

     Sancionar este nome “parque” Minhocão,  não induzirá as pessoas incautas a acharem normal usarem uma área construída para viário, a oito metros de altura e “sem as mínimas condições de segurança”, conforme o Laudo do Corpo de Bombeiros? 

     A propósito do uso do Minhocão por pessoas, Dr. Mário Augusto Vicente Malaquias, Promotor de Justiça, Urbanismo e Habitação adverte: o Elevado Costa e Silva coloca em risco a vida dos interessados,  devido a falta de segurança e a aglomeração de pessoas no local conforme foi divulgado na vistoria já realizado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, por ocasião do evento “Virada Cultural”, apurou, o elevado oferece risco à vida (…)   de um número indeterminado de pessoas;  poderá infringir o disposto no  artigo 132 do Código Penal  – Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente" (...)

     No seu açodamento em atender interesses que não são das entidades representativas locais e dos milhares de moradores, o Prefeito Haddad, não ouve a comunidade, impede a participação popular no mencionado evento e de modo arbitrário assina decreto contra os  mesmos e  o desenvolvimento e progresso de nossa cidade.

     Não é lamentável? 

     https://youtu.be/ydp5iIxDjrI
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Dia a Dia

São Paulo, 10 de março de 2016

Minhocão vira parque e
ganhará rondas da GCM 

     (...) CONTRÁRIO  o diretor do Movimento Desmonte Minhocão, Francisco Machado, afirmou que a criação do "parque" representa um retrocesso.

     Ele defende a demolição da estrutura. "Não queremos "parque" em horário nenhum. Nada foi discutido com a comunidade", afirmou. Não há diálogo com a Prefeitura", disse.

     Em nota, a Prefeitura afirmou que "a solenidade de promulgação da lei, ontem, era fechada à imprensa".   Felipe Sansone

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     Nota da Redação do MDM: estavam presentes na mencionada solenidade,  os vereadores Police Neto e N. Bonduki, bem como membros da associação "parque" minhocão, alguns dos quais nem são moradores da área. Ora, não consta que estas pessoas sejam da imprensa.

     Assim, a Prefeitura ao tentar explicar o inexplicável do porque o Prefeito discriminou e barrou a participação das lideranças comunitárias e moradores no evento, faz  afirmação que não condiz com a realidade.

Não é lamentável?  
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Haddad vai sancionar projeto de lei 
que dá status de parque ao Minhocão

GUILHERME BRENDLER

DE SÃO PAULO

Folha de São Paulo 09/03/2016  

     O prefeito Fernando Haddad (PT) vai sancionar nesta quarta-feira (9) o projeto de lei que denomina "parque Minhocão" o elevado Costa e Silva quando estiver fechado para carros –de segunda a sexta, das 21h30 às 6h30, aos sábados, a partir das 15h, e aos domingos o dia todo.

     Ao ter status de parque quando está aberto unicamente para lazer, o Minhocão terá direito à manutenção que os demais parques da cidade têm, como segurança pela Guarda Civil Metropolitana, limpeza, iluminação e reparos em sua estrutura. O projeto de lei nº 439/2015, apresentado pelo vereador José Police Neto (PSD), foi aprovado no final do ano passado pela Câmara Municipal.

     Na prática, a medida não altera, por ora, as formas de uso do Minhocão pelo público. Mas será possível à população reivindicar melhorias, como alterações no parapeito, a fim de diminuir as chances de queda, e o elevado poderá ser fechado a partir de um determinado horário à noite, como ocorre com outros parques da cidade. (...)

PARQUE OU DEMOLIÇÃO

     Grupos que propõe a demolição do elevado, portanto contrários à manutenção do Minhocão como parque, criticam a iniciativa. Um deles, o Movimento Desmonte Minhocão, em nota, disse à Folha que o movimento e quatro Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança) da região enviaram em 18 de janeiro um ofício ao prefeito Haddad pedindo o veto do projeto de lei.

     O texto diz que o projeto trata-se, na verdade, de um "lance" do verador Police Neto "no sentido de forçar o Executivo a tomar posição em favor do 'parque', mantendo a estrutura velha e decrépita do Minhocão".

     No texto, o movimento diz que chamar o elevado de parque induzirá "as pessoas a acharem normal usar uma área construída para viário, a oito metros de altura e 'sem as mínimas condições de segurança', conforme o Laudo do Corpo de Bombeiros".

     A nota menciona ainda uma declaração do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, à revista "Forum", em junho do ano passado. Tatto afirmou: "Para mim, o futuro é derrubar aquilo lá [o Minhocão]. Não tem serventia para nada".

     Em 2014, com a aprovação do Plano Diretor, os debates sobre o que será do Minhocão se intensificaram. O Plano Diretor prevê a inutilização gradual do elevado como via de transporte. O que ainda não foi decidido –e que está longe de ser um consenso – é se vai ser demolido ou se vai virar um parque.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/03/1747821-haddad-sanciona-projeto-de-lei-que-da-status-de-parque-ao-minhocao.shtml

     Nota do MDM
Movimento Desmonte Minhocão

       O Elevado Costa e Silva – Minhocão – foi imposto há mais de quarenta anos à população. 

     Elevado construido a oito metros de altura passando no meio de prédios residenciais, sem nenhum estudo de impactos ambientais. 

     É considerado “aberração urbanistica” pelos maiores especialistas, urbanistas e pelo prórpio Prefeito Fernando Haddad que afirmou em entrevista: – ”O Minhocão não deveria nem ter sido construído". 

   Que sentido tem sancionar nome de "parque" para lugar,  que para ele "não deveria nem ter sido construido"?

   Recentemente, seu Secretário de Transportes, Sr Jilmar Tatto declarou: 

     “Para mim, só há benefício  em derrubar o Minhocão”.

   O Plano Diretor atual, ao dispor a possibilidade do desmonte do Minhocão, foi como acender uma luz no fim de um tunel escuro, que agride ha décadas a saúde e segurança de uma população de mais de 230 mil moradores-eleitores que vivem/trabalham ao longo e no entorno do famigerado elevado.  

     A comunidade local e lideranças comunitárias se reuniram apresentando as autoridades estudos, informações técnicas, médicas e urbanisticas mostrando que a única opção razoável é o desmonte, a exemplo do que o Prefeito Eduardo Paes fêz no Rio de Janeiro, eliminando a Perimetral.

    Por outro lado, a pedido do Ministério Público, foi feito Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros, o qual afirma que o Minhocão é um viário, estando a 8 (oito metros de altura)  e  “não tem as minimas condições de segurança” para a população.

     Com base nisso, a partir de então, o Ministério Público vetou eventos sobre o elevado, como em relação a Virada Cultural, Audiência Pública da Câmara e desfile de blocos carnavalescos.
    A Subprefeitura-Sé oferece outros locais seguros para eventos e onde as pessoas tiveram garantido seu direito humano básico,   sua integridade física.

    Um simplório falaria: mas nunca aconteceu nada... 

    Na Boate Kiss também não tinha acontecido nada...  até a tragédia que consumiu a vida de dezenas de jovens! 

     Quem se responsabilizará se algo vier a acontecer no Minhocão, incentivado por tal medida a aumentar a frequencia em local vetado pelo Corpo de Bombeiros?

    Quem se responsabiliza civil e criminalmene?  Não é lamentável?

     Vale ressaltar que segundo dois sábios, prudentes e oportunos documentos do Ministério Público - por ocasião da Virada Cultural e depois quando de tentativa de realizar audiência pública – assinados pelo  Dr. Mário Augusto Vicente Malaquias, Promotor de Justiça, Urbanismo e Habitação,  “evento no Elevado Costa e Silva coloca em risco a vida dos interessados,  devido a falta de segurança e a aglomeração de pessoas no local conforme foi divulgado na vistoria já realizado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, por ocasião do evento “Virada Cultural”,apurou, o elevado oferece risco à vida (...) de um número indeterminado de pessoas;  poderá infringir o disposto no artigo 132 do Código Penal ( Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave ) e gerar sua responsabilidade na forma de lei, uma vez que há provas segundo parecer do Corpo de Bombeirosde que o local oferece elevado risco ante a aglomeração de pessoas”.

     Mais recentemente, por ocasião do Carnaval, pelas mesmos fundamentadas razões de segurança pública, para se prevenir tragédia, a exemplo da Boate Kiss, Dr. José Fernando Cecchi Júnior  Promotor de Justiça Habitação e Urbanismo do Ministério Público vetou desfiles de blocos carnavalescos sobre o Minhocão, os quais foram orientandos pela Subprefeitura-Sé, a realizarem os mesmos em outros locais, porque o elevado “não tem as mínimas condições de segurança” para a população.

     Em sábio, prudente e oportuno documento, Dr. José Fernando Cecchi Júnior  Promotor de Justiça Habitação e Urbanismo do Ministério Público afirma:  "a Promotoria de Justiça Habitação e Urbanismo da Capital, do Ministério Público do estado de São Paulo, com fundamento nos artigos 129,II, da Constituição Federal, 27, IV, Lei no 8.625/93, 113 1o, Lei Complementar Estadual no 734/93 e artigos 94 a 98, Ato Normativo 464 CPJ, de 5/10/06, RECOMENDA aos ilustríssimos Senhores Prefeito da Cidade de São Paulo, Subprefeito da Sé e Secretário Municipal de Cultura que seja negada/cancelada qualquer eventual autorização de apresentação de blocos carnavalescos sobre o Elevado Costa e Silva, bem como que sejam adotadas todas as providências para garantir que isto não ocorra ( como , por exemplo, a colocação de barreiras físicas, alocação de agentes de trânsito/guardas civis etc ), SOB PENA DE RESPONSABILIZAÇÃO PESSOAL CIVIL E CRIMINAL". 

        A Subprefeitura-Sé, na pessoa do Sr. Alcides Amazonas e eficiente equipe, transladou para locais seguros, desfiles carnavalescos programados  sobre o Elevado Costa e Silva – Minhocão – com 8 (oito) metros de altura e “sem as mínimas condições de segurança” para a população, conforme Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar.

     A população, em sua totalidade, acatou a prudente, sábia e oportuna decisão do Ministério Público - Promotoria de Justiça, Habitação e Urbanismo - com o bom senso e a  cordura que caracterizam o temperamento e o espírito nacional, bem como a atuação do Sr Alcides Amazonas, Subprefeito-Sé.

      Com tantos locais apropriados para eventos etc, porque essa obsessão pela decrépita estrutura do Minhocão? 

     Temos locais maravilhosos para o lazer - com segurança - como o Parque da Água Branca, o Vale do Anhangabau, ao lado da estação do Metrô. Ou o Club Tietê. É da Prefeitura, cabem 45 mil pessoas e  fica ao lado da estação Armênia do Metrô. 
      Assim,  opção de “parque” sobre o Minhocão é inviável em todos os sentidos. Por analogia, quem faria uma creche ou um parque sobre um aterro sanitário?



OFÍCIO CONSEGs

      No dia 18 de janeiro de 2016, foi apresentado ao Sr Prefeito Fernando Haddad, Ofício dos CONSEGs – Conselho de Segurança – Consolação, Higienópolis, Barra Funda, Santa Cecília, Campos Elíseos, República, Bela Vista, Pacaembu, Perdizes, bem como do MDM – Movimento Desmonte Minhocão – solicitando que não seja sancionado o nome “parque” Minhocão, pelas fundamentadas razões expostas. 

     Sancionar este nome “parque” Minhocão,  não induzirá as pessoas a acharem normal a usarem uma área construida para viário, a oito metros de altura e “sem as mínimas condições de segurança”, conforme o Laudo do Corpo de Bombeiros?

      Reiteramos novamente nosso pedido ao Sr Prefeito Fernando Haddad no sentido de que não aprove isso,  que é um desdobramento de projeto de lei – “parque” Minhocão – considerado como “atentatório a saúde e segurança pública”.

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BLOCO NÃO PODERÁ DESFILAR
NO MINHOCÃO

O Estado de São Paulo - 5/2/16

     Ministério Público, a pedido dos Consegs do centro, recomendou que elevado não seja ocupado 
por motivos de segurança.


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     São Paulo - O bloco de carnaval Agora Vai, que há 12 anos desfila pelo Minhocão, na região central, teve de mudar de trajeto neste ano, por motivos de segurança. De acordo com a Prefeitura, nenhum bloco poderá percorrer o Elevado Costa e Silva por recomendanção do Ministério Público.

     "A Comunidade Agora vai começou (há 12 anos) com 30 pessoas, dando a volta no quarteirão e pedido de bar em bar e, em 2015, já éramos 5 mil", afirmou o bloco em sua página no Facebook. "Por uma questão de segurança, a CET, a Secretaria da Cultura e a Prefeitura de São Paulo mudaram nosso trajeto: não subiremos o Minhocão". O bloco vai desfilar na terça-feira, 9, a partir das 18 horas, com concentração na Rua Marta, 50.

     A proibição foi determinada pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 31 de janeiro, após pedido dos Conselhos de Segurança (Consegs) da região central da cidade. A Virada Cultural do ano passado tambpem teve interdição no local com o intuito de evitar acidentes.

     As diretorias dos Consegs/Praça Roosevelt, República/Bela Vista, Santa Cecília/Barra Funda e Perdizes/Pacaembu solicitaram ao órgão. em 18 de janeiro, que não houvesse "eventos carnavalescos"sobre o elevado por falta das "mínimas condições de segurança". De acordo com os conselhos, a infraestrutura do Minhocão foi  feita pensando em carros, não em pessoas, e aglomeração oferece risco na medida em que pode oferecer risco de queda a quem estiver no bloco.

     Em 31 de janeiro, o MPE recomendou à Prefeitura que fosse negada ou cancelada autorização de apresentação de blocos, "bem como que sejam adotadas todas as providências para garantir que isto não ocorra (como, por exemplo, a colocação de barreiras físicas, alocação de agentes de trânsito/guardas civis e etc), sob pena de responsabilização pessoal civil e criminal".

     A prefeitura informou ter acatado o pedido e disse que "não há nenhum bloco inscrito no carnaval de rua oficial da Secretaria de Cultura" que terá o elevado em seu percurso.

http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,bloco-de-carnaval-nao-podera-desfilar-no-minhocao,10000015195
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 "Para mim, só há benefício 

em derrubar o Minhocão",

afirma o Secretário de Transportes,

Jilmar Tatto


    SEM O MINHOCÃO,
SÃO PAULO AFUNDARÁ 
NUM CAOS VIÁRIO?

  VERDADE OU MITO?  

SECRETÁRIO DE TRANSPORTES
ESCLARECE  E  DESMISTIFICA
O FALSO "ARMAGENDON" VIÁRIO  



Trecho da Entrevista do Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto  


    Jornalistas Livres  —  Qual a expectativa dessa gestão para o Elevado Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão? 

     Um dia ele vai ter fim? Será derrubado ou vai virar um parque? Quando veremos 
mudanças reais?
    

     Jilmar Tatto - O Plano Diretor aponta 

que temos que dar um destino ao 

Minhocão.



     
      Para mim, o futuro é derrubar aquilo lá. Não tem serventia para nada.
     

     Um lugar que não passa pedestre, 
não passa bicicleta e não passa ônibus serve para quê, afinal?
     

     A Companhia de Engenharia de

Tráfego (CET) tem um estudo que
garante que derrubar não causa dano ao tráfego da cidade.  

 
 Para mim, só há benefício 

em derrubar o Minhocão.


     Ninguém entende mais de trânsito 

viário na cidade de São Paulo do que a 

CET.
  

     Os técnicos que fazem simulação, 

estudos, que estão em campo, que 

planejam a cidade, esses caras 

entendem, e eles dizem que o impacto 

seria muito pequeno. O motorista se 

redestribui pelas vias laterais.
  

     Se quem entende do assunto fala que 

não vai causar , por que questionar? Às 

vezes, aumentar a via, aumenta ainda 

mais o tráfego.
  

     A lógica da engenharia de mobilidade 

não é uma lógica linear, e não é feita
para que o usuário ache outra via para o seu carro, mas para achar uma alternativa de transporte público.  



     Quando você incentiva obra viária, o 

motorista é incentivado a usar a via. 

Quando você restringe, ele não é 

incentivado, e logo vai deixar o carro em 

casa.

Jornalistas Livres  -  27/06/15

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No Teatro Sérgio Cardoso,
Diretor do MDM - Movimento Desmonte Minhocão é homenageado pelo 
CONSEG Bela Vista/Liberdade/República


Sr. Artur Monteiro Rocado


 

da direita para a esquerda
Coronel Luís Henrique di Jacintho, 
Comandante da Polícia Militar - Centro,
Sr. Brás, ex-Presidente do Conseg Consolação,
Dr. José Geraldo Santos Oliveira,
Vice-Presidente do Conseg Santa Cecília,
Sr. Luciano M. Farias, Presidente do Conseg Bela Vista,
Sr. Alcides Amazonas, Subprefeito-Sé,
Sr. Francisco G. Machado, Diretor de Assuntos Sociais do Conseg Santa Cecília


          No dia 26 de fevereiro de 2016, em sessão solene no Teatro Sérgio Cardoso, foi comemorado os 18 anos de Fundação do CONSEG Bela Vista/República/Liberdade.

          Na ocasião, o Sr. Artur Monteiro, Diretor do mencionado Conseg e Diretor do MDM - Movimento Desmonte Minhocão - foi homenageado por seus relevantes serviços prestados à comunidade.

          O homenageado tem se destacado em iniciativas de colaborar com as autoridades pela melhoria e progresso de nossa cidade, destacando-se no Movimento Desmonte Minhocão, elevado construído há mais de 40 anos, no meio de prédios residenciais, sem nenhum estudo de impactos ambientais e que degradou importante área central da capital, além de agredir a saúde e segurança de mais de 230 mil moradores-eleitores.

          Enquanto no Rio, os cariocas já se livraram de seu medonho Minhocão,
a Perimetral, com 5 kms e 500 metros... 


Parte debaixo da Perimetral (Rio)
qualquer semelhança com o Minhocão
era mera coincidência?


... No Rio se está sendo construindo 
   bela e arborizada avenida ...


... passando pelo Museu do Futuro...


... servida por moderno VLT
elétrico, não poluente e silencioso...


... em São Paulo, a terceira maior metrópole do mundo
em sua área central, no degradado Minhocão, pilastra com ferragem a mostra, na Av. São João com rua Apa...



... prédios degradados e na parte debaixo, 
homem puxando carrocinha...
Museu do passado? ...
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O Estado de São Paulo” informa que 
o Minhocão como espaço cultural (sic!) 
enfrenta um revés
desde a última edição da Virada Cultural, 
a Subprefeitura-Sé não concede autorização
para projetos realizados ali”, 
por razões de falta de segurança 

O Estado de São Paulo – Caderno Divirta-se

6ª feira, 12/2/16 - p. 10

         MINHOCÃO – (…) “o Minhocão como espaço cultural (sic!) enfrenta um revés.: desde a última edição da Virada Cultural, a Subprefeitura-Sé não concede autorização para projetos realizados ali.

         Um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Prefeitura, o Corpo de Bombeiros e o Ministério Público suspendeu a realização de eventos no lugar por questões de segurança” (…).

         NR: talvez por falta de espaço, a matéria omite dados do importante documento, apenas  mencionado,   como por exemplo que segundo Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros, o Minhocãoconstruído para viário, “não tem as mínimas condições de segurança” para a população e no local se realizarem eventos, como numa casa de shows etc.

          Vale ressaltar que segundo o sábio, prudente e oportuno documento do Ministério Público, assinado pelo  Dr. Mário Augusto Vicente Malaquias, Promotor de Justiça, Urbanismo e Habitação, “evento no Elevado Costa e Silva coloca em risco a vida dos interessados, devido a falta de segurança e a aglomeração de pessoas no local conforme foi divulgado na vistoria já realizado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, por ocasião do evento “Virada Cultural”, apurou, o elevado oferece risco à vida (…) de um número indeterminado de pessoas; poderá infringir o disposto no artigo 132 do Código Penal ( Art. 132 – Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave ) e gerar sua responsabilidade na forma de lei, uma vez que há provas segundo parecer do Corpo de Bombeiros de que o local oferece elevado risco ante a aglomeração de pessoas”.

              Mais recentemente, por ocasião do Carnaval, pelas mesmos fundamentadas razões de segurança pública, para se prevenir tragédia, a exemplo da Boate Kiss, Dr. José Fernando Cecchi Júnior  Promotor de Justiça Habitação e Urbanismo do Ministério Público vetou desfiles de blocos carnavalescos sobre o Minhocão, orientando-os a realizarem os mesmos em outros locais, sugeridos pela Subprefeitura-Sé, porque o elevado “não tem as mínimas condições de segurança” para a população.

                Em sábio, prudente e oportuno documento, Dr. José Fernando Cecchi Júnior  Promotor de Justiça Habitação e Urbanismo do Ministério Público afirma: “a Promotoria de Justiça Habitação e Urbanismo da Capital, do Ministério Público do estado de São Paulo, com fundamento nos artigos 129,II, da Constituição Federal, 27, IV, Lei no 8.625/93, 113 1o, Lei Complementar Estadual no 734/93 e artigos 94 a 98, Ato Normativo 464 CPJ, de 5/10/06,RECOMENDA aos ilustríssimos Senhores Prefeito da Cidade de São Paulo, Subprefeito da Sé e Secretário Municipal de Cultura que seja negada/cancelada qualquer eventual autorização de apresentação de blocos carnavalescos sobre o Elevado Costa e Silva, bem como que sejam adotadas todas as providências para garantir que isto não ocorra ( como , por exemplo, a colocação de barreiras físicas, alocação de agentes de trânsito/guardas civis etc ), SOB PENA DE RESPONSABILIZAÇÃO PESSOAL CIVIL E CRIMINAL“.

        São Paulo, 31 de janeiro de 2016

         Dr. José Fernando Cecchi Júnior,  Promotor de Justiça Habitação e Urbanismo do Ministério Público.

http://www.minhocao.net.br/

http://desmonteminhocao.blogspot.com.br/

https://www.facebook.com/movimentodesmontedominhocao?fref=ts

mdm16sp@gmail.com


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TV GLOBO - SP TV
1a Edição - 12 horas
9 de fevereiro de 2016

          Apresentador César Tralli: (...) " Outra mudança importante é o tradicional bloco  "Agora Vai". 

          O Ministério Público e o Conselho de Segurança alegaram que Carnaval no Minhocão é perigoso e agora vai ter portanto de mudar o trajeto. Vão sair da rua Marta, às 3 horas da tarde".   


Crédito TV GLOBO - Caso queira assistir o programa completo, clique em  http://g1.globo.com/sao-paulo/sptv-1edicao/videos/t/integras/v/sptv-primeira-edicao-edicao-de-terca-feira-09022016/4798900/     A citação está aos 12 minutos e 45 segundos. 
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       Recebemos da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo,  o email que transcrevemos a seguir:


De : Nabil Bonduki <nabil@nabil.org.br> 

                  Data: 05/02/2016  16h26  (GMT-03:00) 
                  Para: Francisco Machado        <fmachadosp@uol.com.br>
Assunto: Re: Solicitação conjunta de CONSEGs - Conselho de Segurança - e entidades comunitárias ao Ministério Público, para que não haja eventos carnavalescos sobre o Minhocão, "por não ter as mínimas condições de segurança". 
          Prezado Francisco, boa tarde.

          Por determinação do MP, não está permitido eventos carnavalescos no minhocão. Dessa maneira, venho lhe assegurar que não há NENHUM bloco inscrito no carnaval de rua oficial da Secretaria de Cultura/PMSP que terá seu percurso no elevado/minhocão.

          O bloco que você citou, o "Agora Vai", já alterou o seu percurso, conforme o seguinte post comprova: https://www.facebook.com/blocoagoravai/photos/a.115193045223040.20183.103512323057779/954438924631777/?type=3&theater

          Quaisquer dúvidas estamos à disposição.

          Att,

          Larissa.
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Equipe Nabil Bonduki
cidadeaberta.org.br
facebook.com.br/nabilbonduki
@spnabil

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DESFILE DE CARNAVAL NO MINHOCÃO?



DIRETOR DO CONSEG CONCEDE ENTREVISTA A BAND

          "Olá. Sou Francisco Machado e como Diretor de Assuntos Sociais e Comunitários do CONSEG – Conselho de Segurança – de Santa Cecília, Higienópolis, Barra Funda e Campos Elíseos,  nos preocupa que talvez inadvertidamente um ou outro bloco carnavalesco tenha programado  desfile sobre o Minhocão. 

          Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros afirma que o elevado “não tem as mínimas condições de segurança” para a população, lembrando que o Minhocão foi construído para viário e não local de eventos, pois não tem nenhuma infraestrutura para tal. 

          Outros eventos como a Virada Cultural já foram transferidos para outros locais. Para evitar um desastre como na Boate Kiss, os CONSEGs  da região, no exercício de seu dever de colaborar com as autoridades constituídas para preservar e garantir a segurança da população, solicitaram ao Ministério Público a transferência desses desfiles para locais seguros e não a oito metros de altura, sem nenhuma segurança. 

          O MP ,  pelo Promotor de Justiça Urbanismo e Habitação , Dr José Fernando Cecchi Júnior deu Parecer favorável a nossa solicitação,  a qual foi encaminhada as autoridades competentes para as providências cabíveis".

______________________________________________________ 

           Prezados amigos e simpatizantes
        No dia 18 de janeiro de 2016, os CONSEGs – Conselho de Segurança – a seguir citados, enviou a seguinte Petição Conjunta ao Ministério Público, o qual encaminhou sua resposta, que transcrevemos na sequência.

          Cordialmente

FRANCISCO GOMES MACHADO
DIRETOR DE ASSUNTOS SOCIAIS E COMUNITÁRIOS DO  CONSEG SANTA CECÍLIA, HIGIENÓPOLIS,
BARRA FUNDA E CAMPOS ELÍSEOS
DIRETOR DO MDM – MOVIMENTO DESMONTE MINHOCÃO

São Paulo, 18 de janeiro de 2016

Ao Excelentíssimo Sr. Dr. José Fernando Cecchi Júnior
Promotor de Justiça de Urbanismo e Habitação

Prezado Senhor
       
As Diretorias dos CONSEGsConselho de Segurança - da Consolação/Praça Roosevelt, República/Bela Vista e Santa Cecília/Barra Funda, Perdizes/Pacaembu, no exercício de seu dever de cooperar junto às autoridades, no sentido de preservar a garantir a segurança da população, pedimos vênia para informar e respeitosamente solicitar:

Tomamos conhecimento pelo noticiário da edição do SP TV, da TV Globo, das 12 horas de sexta-feira, 8 de janeiro de 2016 e pela Revista da Folha, 17 a 23/1/2016, página 52, de que bloco de carnaval             ( www.facebook.com/agoravai ) programou desfile na terça-feira de Carnaval, dia 9 de fevereiro, sobre o Elevado Costa e Silva – Minhocão – sem consultar e a revelia das autoridades, já inclusive realizando ensaios no local inapropriado.

            1º ) O Elevado Costa e Silva – Minhocão foi construído para viário e não para outras finalidades, não oferecendo “a mínima condição de segurança” para a população, conforme Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros e farta documentação apresentada ao Ministério Público.

2º ) Recentemente, o Ministério Público, através de sábio e prudente TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTATAC - aos AUTOS número 14.279.295/2014, considerando que tecnicamente o Elevado Costa e Silva – Minhocão não tendo nenhuma segurança nem infraestrutura para se realizar eventos sobre o mesmo, orientou a Secretaria da Cultura a que transferisse eventos programados da Virada Cultural, sobre o mencionado elevado.

        3º ) Posteriormente, através de novo documento emanado do Ministério Público – TERMO DE AUDIÊNCIA E DELIBERAÇÃO – TAD - AUTOS número 14.279.295/2014, a Audiência Pública programada pela Câmara Municipal  ( gabinete vereador Police Neto ) sobre o Minhocão, foi transferida para outro local, sem colocar  assim em risco a integridade física da população.

4º ) No mencionado documento, o Ministério Público alerta para o fato de que evento “no Elevado Costa e Silva coloca em risco a vida dos interessados,  devido a falta de segurança e a aglomeração de pessoas no local conforme foi divulgado na vistoria já realizado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, por ocasião do evento “Virada Cultural”, apurou, o elevado oferece risco à vida (...) de um número indeterminado de pessoas;  poderá infringir o disposto no artigo 132 do Código Penal ( Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave ) e gerar sua responsabilidade na forma de lei, uma vez que há provas segundo parecer do Corpo de Bombeiros de que o local oferece elevado risco ante a aglomeração de pessoas”.

        5º ) A sábia e prudente decisão do Ministério Público foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação:

        – “ PM VETA MINHOCÃO NA VIRADA CULTURAL”, O ESTADO DE SÃO PAULO, sexta-feira, 19 de junho de 2015, C4 – Caderno 2; 
       
- “PREFEITURA EXCLUI MINHOCÃO DA VIRADA”, FOLHA DE SÃO PAULO, sexta-feira, 19 de junho de 2015, Cotidiano – B7

        – TV GLOBO – SPTV , sexta-feira, 19 de junho de 2015 - Minhocão 2015 - Proibida Virada Cultural -  Representação do MDM e CONSEGs no Ministério Público

           Ficou assim a população com total conhecimento das razões da prudente, sábia e oportuna deliberação do MP.

A população, em sua totalidade, acatou a prudente, sábia e oportuna decisão do Ministério Público - Promotoria de Justiça, Habitação e Urbanismo - com o bom senso e a  cordura que caracterizam o temperamento e o espírito nacional.

6º ) Por sua vez, o alto Comando do Policiamento da Capital, nas pessoas dos Coronéis PM Ronaldo Zychan de Moraes, Coronel PM Wagner Bertolini Júnior, bem como Vossa Senhoria e o Comando do Corpo de Bombeiros,  endossaram que tecnicamente  o Elevado Costa e Silva – Minhocão não tem segurança nem infraestrutura para se realizar eventos sobre o mesmo.  À quiza de exemplo, algumas declarações publicadas na imprensa:

        - “O Minhocão tem poucas entradas e saídas. Isto, em caso de tumulto, dificulta a nossa atuação.
       
        Não existe rota de fuga.

        Nós nos insurgimos em relação a esta situação”, afirmou o Comandante do Policiamento da Capital, Reinaldo Zychan de Moraes”. O ESTADO DE SÃO PAULO, sexta-feira, 19 de junho de 2015, C4. 

            Outra alta patente PM afirmou: “Representamos junto ao MP para que não aconteça o evento no Minhocão.

          A estrutura do Minhocão não foi projetada para isso, 

          corre o risco de acontecer um acidente.

         O gradio é muito baixo, não tem rota de fuga,
         se precisar de uma intervenção da polícia o acesso é muito difícil”, diz o Major Emerson Massera.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/06/minhocao-sera-fechado-mais-cedo-neste-sabado-em-sp.html

        7º ) Em consonância com os documentos e declarações das autoridades acima, o  Subprefeito-Sé,  Sr. Alcides Amazonas enviou email com os seguintes dizeres:

From: Alcides Araujo dos Santos
Sent: Friday, July 17, 2015 6:57 PM
To: Francisco Machado ; Yara Goes ; Jose Geraldo Santos Oliveira ; Artur Monteiro ; Dinah D. H. Piotrowski ; Marta Lilia Porta ; DAVID ABRÃO CALIXTO
Cc: Promotoria de Justiça Cível da Habitação e Urbanismo ; Gilmar Tadeu Ribeiro Alves ; Yngrid Braz Galtaroça
Subject: RES:

Prezado Sr. Francisco Machado e demais copiados,

          Dando prosseguimento aos compromissos que assumi na última reunião que realizamos aqui na Subprefeitura da Sé para tratar de eventos que são realizados no Minhocão, informo que, todas as solicitações que foram feitas para a realização dos referidos eventos neste local foram canceladas ou transferidas para outros locais, espero com isso estar atendendo o clamor da comunidade que tem sofrido com os transtornos nos finais de semana.

        Atenciosamente,
        Alcides Amazonas
        Suprefeitura –Sé

        8º ) Ante o exposto, com a agravante pelo fato de que em ocasiões carnavalescas há excesso de consumo de bebidas alcoólicas (e mesmo drogas), desfile de bloco de carnaval, com participação incontrolável, com pessoas pulando e sambando a oito metros de alturamuitas bêbadas e/ou semi-bêbadas - , em local caracterizado pelo Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros, como não oferecendo “a mínima condição de segurança” para a população,  solicitamos respeitosamente a esta ínclita Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo do Ministério Público:

a)   o envio de nota aos meios de comunicação social – canais de televisão, por exemplo a TV Globo www.falecomaredeglobo.globo.com
, jornais, rádios e revistas, informando que em acatamento ao mencionado Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros e documentos emanados do Ministério Público, esta Promotoria não pode concordar com desfile de carnaval sobre o Minhocão, por ser local inapropriado, que coloca em risco a integridade física das pessoas.

b)   Que está sendo contactado o bloco que programou tal evento, sem consultar e a revelia das autoridades, para que em combinação com esta Promotoria do Ministério Público, Comando da PM, Subprefeitura-Sé e a CET, se realize o desfile em segurança, nas Avenidas General Olimpio da Silveira/São João/Amaral Gurgel, sob o Minhocão ou outro local, onde os participantes possam ter seu direito humano primário garantido, que é a sua integridade física.

c) Os CONSEGs elencados solicitam a intermediação desta Promotoria no sentido que o Comando PM Metropolitano,  nos dias de Carnaval – sobretudo na terça-feira, dia 9 de fevereiro  coloque viaturas nas cinco alças de acesso ao Elevado Costa e Silva – Minhocão – , especialmente no Largo Pe. Péricles, para evitar que pessoas inescrupulosas venham a colocar em risco a integridade física da população, com evento não autorizado, temeráriamente em local inapropriado.

Certos da compreensão e da boa acolhida desta demanda , antecipadamente agradecemos.

                Cordialmente

DR. JOSÉ GERALDO SANTOS OLIVEIRA
VICE-PRESIDENTE DO CONSEG SANTA CECÍLIA, HIGIENÓPOLIS,
BARRA FUNDA E CAMPOS ELÍSEOS
DIRETOR DO MDM – MOVIMENTO DESMONTE MINHOCÃO

FRANCISCO GOMES MACHADO
RG 7293846 - SSP
DIRETOR DE ASSUNTOS SOCIAIS E COMUNITÁRIOS DO  CONSEG SANTA CECÍLIA, HIGIENÓPOLIS,
BARRA FUNDA E CAMPOS ELÍSEOS
DIRETOR DO MDM – MOVIMENTO DESMONTE MINHOCÃO

DRA.  YARA  GOES
PRESIDENTE DA AÇÃO LOCAL  AMARAL GURGEL 
DA  VIVA O  CENTRO e DIRETORA DO MDM ,
MOVIMENTO DESMONTE DO MINHOCÃO.

MARTA L. PORTA CAMPOAMOR REGAIRÁS
PRESIDENTE DO CONSEG CONSOLAÇÃO, PRAÇA ROOSEVELT
E DA AÇÃO LOCAL PRAÇA ROOSEVELT   

ANTONIO MONTEIRO 
PRESIDENTE DO CONSEG PERDIZES/PACAEMBU

FÁBIO FORTES
PRESIDENTE DO CONSEG  SANTA CECÍLIA,
HIGIENÓPOLIS, BARRA FUNDA E CAMPOS ELÍSEOS
VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
DOS MORADORES DE SANTA CECÍLIA.

SR. LUCIANO FARIAS
PRESIDENTE DO CONSEG REPÚBLICA,
BELA VISTA E LIBERDADE
E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO AMIGOS DA BELA VISTA

ARTUR MONTEIRO –
PRESIDENTE DA AÇÃO LOCAL LADEIRA DA MEMÓRIA DA VIVA O  CENTRO , CONSELHEIRO PARTICIPATIVO MUNICIPAL 
DA SUBPREFEITURA DA SÉ/ REPÚBLICA,
DIRETOR DO MOVIMENTO DESMONTE DO MINHOCÃO – MDM.

DAVID ABRAÃO CALIXTO
PRESIDENTE DA APAJAFESP – ASSOCIAÇÃO DOS PAISAGISTAS, JARDINEIROS, FLORISTAS, ECOLOGISTAS E EMPRESAS DO SETOR,
DIRETOR DO MDM – MOVIMENTO DESMONTE MINHOCÃO

___________________________

Telefones: (11) 25330447
                  (11) 949497228
___________________________

           OBS: a seguir transcrevemos o Despacho do Ministério Público. Os sublinhados em vermelho são nossos.
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Autos nº 14.0279.363/2015-1

Ilustríssimo Sr.
FRANCISCO MACHADO,
Por determinação do Excelentíssimo Sr. Dr. José Fernando Cecchi Junior, 4º Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, encaminho cópia digitalizada da Recomendação expedida à Prefeitura Municipal, à Subprefeitura da Sé e à Secretaria Municipal da Cultura, para seu conhecimento.
Atenciosamente,

MPSP | Ministério Público do Estado de São Paulo

Lilian de Carvalho Rosin

Oficial de Promotoria - 4º PJ

Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital

Rua Riachuelo, nº 115, 1º andar, sala 115. Centro – São Paulo / SP

CEP: 01007-904






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Vice-Presidente do CONSEG Santa Cecília e
Diretor do MDM é homenageado pela 
GCM - Guarda Civil Metropolitana - 
com Diploma de Honra ao Mérito



 Dr. José Geraldo Santos Oliveira, 
Vice-Presidente do CONSEG - Conselho de Segurança - Santa Cecília, Higienópolis, Barra Funda e Campos Elíseos 
foi homenageado no dia 15/12/2015 
pela Guarda Civil Metropolitana de São Paulo ( GCM ) 
com Diploma de Honra ao Mérito pelo 
"seu apoio às ações de segurança urbana 
em nossa cidade". 


Dr. José Geraldo Santos Oliveira é também Diretor 

do Movimento Desmonte Minhocão - MDM



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) | Geral, Notícias

Frente Parlamentar discute 














































































































































































































futuro do Minhocão

sdf

Moradores participaram do debate sobre o futuro do Minhocão     
Foto: Luiz França / CMSP

DA REDAÇÃO

     A Frente Parlamentar pela Sustentabilidade promoveu um debate nesta quinta-feira (3/12) para discutir o futuro do Elevado Costa e Silva, o Minhocão. 



     Inaugurado em 1970, o minhocão é uma das construções mais polêmicas da cidade. São 3400 metros de via elevada da Praça Roosevelt, no centro, ao Largo Padre Péricles em Perdizes. 

     Barulho, poluição e falta de segurança são as principais reclamações apresentadas à Frente de Sustentabilidade por quem mora no entorno.

     Francisco Gomes Machado do Movimento Desmonte do Minhocão acredita que a construção trouxe vários problemas de saúde e de segurança. “Um elevado construído em meio a prédios residenciais, sem nenhum estudo de impactos ambientais”. 

     O novo Plano Diretor aprovado em 2014 prevê a desativação do complexo e trás a proposta da criação de um parque linear  mas o projeto ainda gera discussões.

     De acordo com Francisco “a proposta de parque sobre o minhocão só vai agravar esses problemas porque os carros que passam em cima vão passar embaixo, se aglomerará e aumentará os níveis de poluição, sonora, visual e atmosférica, então nós somos a favor de parque sim, mas no chão”. 

     O presidente da Frente Parlamentar Gilberto Natalini (PV) considerou que a reunião foi boa e que o grupo vai analisar as demandas. ”Vamos estudar o que foi trazido, vamos debater com calma e vamos procurar levar uma posição oficial da Frente de Sustentabilidade sobre isso”. 

http://www.camara.sp.gov.br/blog/frente-parlamentar-discute-futuro-do-minhocao/

     NR: na ocasião, Francisco G. Machado, Diretor de Assuntos Sociais e Comunitários do CONSEG - Conselho de Segurança - Santa Cecília, Barra Funda, Higienópolis e Campos Elíseos e Diretor do MDM - Movimento Desmonte Minhocão leu para os presentes, na Audiência Pública da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade, um dos vários emails que recebeu de moradores,  que não puderam comparecer ao mesmo, devido a incompatibilidade do horário.  Eis o impressionante email:

From: Paula Guerra
Sent: Wednesday, December 02, 2015 9:27 PM
To: Francisco Machado
Subject: Enc: Fwd: Enc: Trecho de arame farpado de campo de concentração nazista ou do Muro de Berlim? Não, imagens de importante área do centro de São Paulo,
em ensaio fotográfico enviado por morador.
    
     Sr. Machado.

     Infelizmente não posso comparecer a audiência devido ao horário, mas gostaria que o sr levasse e lesse  a minha mensagem, e , mostrasse ao publico a janela do meu quarto, me sinto verdadeiramente em uma prisão sem contar que mesmo assim não temos sossego. a noite o barulho vai até a madrugada o pessoal jogando bola, tocando violão brigando etc.. quando a bola cai na varanda ficam jogando de tudo na janela para que a gente desça e pegue.

     Já cortaram o fio da rede elétrica, e arrancam as lanças das grades. O cheiro de cigarro, maconha é insuportável, parece que estão fumando dentro do quarto. Sem dúvida nenhuma prefiro os carro!

     Nos finais de semana quando penso em dormir  um pouco mais ..é impossível as 06:00 da manhã  já tem bagunça na minha janela, e no decorrer do dia vai piorando assim não tenho outra alternativa a não ser, sair de casa.

     Com o fechamento aos sábados a tarde piorou ainda mais...debaixo do minhocão fica uma nuvem de fumaça  devido ao congestionamento dos carros, minha rinite piorou muito.

     Por favor desmonte do minhocão jáaaaa. Precisamos de PAZ, sossego para descanso já não aguentamos mais. Parque? pra que?  a região é um lixo, convido o sr. Police a vir tomar um café no meu apartamento  (para ver de perto  o muro de Berlim que vivo)

     Aproveitando a oportunidade, gostaria da um recado  para o sr. Police e os demais vereadores , Já que estão tão empenhado no parque minhocão....porque não vai cuidar da cracolandia que virou a Rua APA,  a Rua Gal. Julio Marcondes Salgado  X al Nothman, quem sabe! não conseguem  fazer uma grande obra e será lembrado em alguma eleição! com certeza da IBOPE.

     Atenciosamente.

     Paula Guerra.
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Click e assista a seguir, cenas da audiência

O FUTURO DO MINHOCÃO


Câmara Municipal de São Paulo - 3/12/2015

Abertura do evento – Vereador Gilberto Natalini

     Promovida pela Frente Parlamentar pela Sustentabilida-de, realizou-se no dia 3 de dezembro de 2015,
na Câmara Municipal de São Paulo, Audiência Pública onde se debateu o futuro do Minhocão.

     Presidiu a sessão o Vereador Gilberto Natalini (PV).

     Presentes lideranças comunitárias e moradores, que em sua unanimidade se manifestaram a favor do desmonte do Minhocão, para reurbanização e revitalização desses 3,4 kms do centro de São Paulo, a terceira maior metrópole do mundo e fazendo no lugar do elevado, belo boulevard ou avenida, com árvores de porte, jardins, flores, áreas de lazer etc. 

     O Vereador Gilberto Natalini (PV) manifestou-se inteiramente a favor do desmonte do Minhocão.

     Foram também convidados pela Frente Parlamentar pela Sustentabilidade a associação e os que propõe a idéia de "parque" sobre o Minhocão, mas não compareceram ao evento e não enviaram representante.

ABERTURA DA AUDIÊNCIA
Vereador Gilberto Natalini
https://youtu.be/wrpB1kDo37Q
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Capitão Malheiro, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, explica aos presentes, o Laudo Técnico da Corporação, segundo o qual, além do Elevado Costa e Silva – Minhocão, ter sido construído apenas para uso de carros, não oferece a menor condição de segurança para eventos temporários e mesmo uso de pedestres,
estando numa altura de oito metros do chão.

Falas dos moradores  
Arquiteto Alexandre Moreira,
Gilberto de Carvalho e Jurandir Passos.
https://youtu.be/_5pYRVFFm6o
https://www.youtube.com/watch?v=ZJzQRbh_AlE
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Minhocão – Em Audiência Pública na Câmara Municipal, 
Dra. Yara Goes explica malefícios 
causados a saúde e segurança e estrutura do elevado.
https://youtu.be/X1CUfI7c5oA
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Fala do líder comunitário e morador Wilson Elias Almeida
https://www.youtube.com/watch?v=fpVKWeOgNvQ&feature=youtu.be
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Falas dos líderes comunitários e moradores 
 Dinah Piotrowski, Francisco Machado, 
Lia Zalszupin, João do Lago.
https://www.youtube.com/watch?v=udk7857OQ4Q&feature=youtu.be
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Fala do Vereador Gilberto Natalini (PV)  
sobre jardins verticais
https://www.youtube.com/watch?v=uvJnCE9hq_w&feature=youtu.be
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Falas dos líderes comunitários e moradores
 David Abrão e Artur Monteiro
Encerramento pelo Vereador Gilberto Natalini
https://www.youtube.com/watch?v=cNx78469OfY&feature=youtu.be

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CADA VEZ MAIS VEREADORES SE 

CONSCIENTIZAM  DA NECESSIDADE DO 

DESMONTE DO MINHOCÃO  

PARA REURBANIZAÇÃO E 

REVITALIZAÇÃO DA REGIÃO CENTRAL.


COAUTOR DO PL 10/2014, 
DE AUTORIA DO VEREADOR POLICE NETO,QUE PROPÕE  “PARQUE” SOBRE O MINHOCÃO,

  
O VEREADOR GILBERTO NATALINI (PV-SP)
RETIRA SEU NOME DO REFERIDO PL 
“parque” Minhocão

E SE DECLARA A FAVOR DO DESMONTE
DO “MONSTRENGO URBANÍSTICO, 
COM REVITALIZAÇÃO 
AO LONGO DE TODA A AVENIDA”.



Sent: Thursday, November 26, 2015 5:19 PM
Subject: Requerimento 2045/2015 - Retirada de coautoria do PL 10/2014 - Pq do Minhocão
Prezados Francisco e Yara,

          Conforme compromisso assumido c/ o Movimento "Desmonte do Minhocão", o Ver. Natalini reviu sua posição e retirou seu nome de coautoria do PL 10/2014 p/ criar o Parque do Minhocão"(vide requerimento em anexo). Assim a postura oficial do mandato Natalini passa a ser a favor da demolição do monstrengo urbanístico, com revitalização ao longo de toda avenida.
          Agradeço divulgar amplamente através das lideranças e membros do Movimento.
          Ele é o 1o parlamentar a retirar apoio à proposta do Ver. Police e creio isso poderá influenciará o posicionamento dos demais e do próprio autor.

          Estamos juntos!
SDS, grato,BFS,
Marcelo Morgado
Assessor de Meio Ambiente do Ver. Gilberto Natalini - PV/SP
Câmara Municipal de São Paulo11-33964405 - morgado.mass@yahoo.com.br
Viaduto Jacareí, 100 - 4º and. - sala 415 - CEP: 01319-900
 
http://www.natalini.com.br/  - Twitter: @gnatalini 
Facebook: gilbertonataliniSP
Instagram: @gilbertonatalinisp


______________________________________________________________________________
    
   
 


SECRETARIA GERAL PARLAMENTAR






Secretaria de Registro Parlamentar e Revisão
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO 
30ª SESSÃO PÚBLICA 
SGP.4 07/11/2015 REGISTRO TAQUIGRÁFICO INTEGRAL FL: 9 DE 63


           VEREADOR SR. ARI FRIEDENBACH (PHS) – (...) Outra questão importante que precisamos debater com seriedade é a insanidade, em minha opinião, do "parque" Minhocão. 
          Essa é uma questão importantíssima, porque precisamos pensar em soluções viárias e urbanísticas para poder ter uma situação melhor. 
          Não adianta fazermos um parque em cima e deixarmos a Avenida São João totalmente degradada como está hoje. (...)


          VEREADOR SR. CONTE LOPES (PTB) - (...) Quer dizer, temos uma área em que o bandido manda, o criminoso toma conta? 
          Agora está lá na Cracolândia. 
          Qual é o grande medo da população da região? 
          É o Minhocão virar uma grande Cracolândia, ir todo mundo para lá, morar lá. (...)


          DR. JOSÉ GERALDO SANTOS OLIVEIRA – Bom dia, Sr. Presidente da Mesa, autoridades, senhores e senhoras. 
          Meu nome é José Geraldo Santos Oliveira; participo de diversos movimentos comunitários – filosóficos, religiosos, filantrópicos. E gostaria inicialmente de agradecer a presença do nosso Subprefeito Alcides Amazonas, que nos recebe sempre cortesmente na Subprefeitura. Muito educado, muito inteligente, com os parcos recursos que dispõe, atende a população e a comunidade do Centro da Cidade. Obrigado, Subprefeito. (Palmas) 

          Queria, nesse momento, fazer uma denúncia, Srs. Vereadores: existe tortura na Cidade de São Paulo

          Estou falando como um dos líderes do Movimento Desmonte o Minhocão. Os moradores e os comerciantes do entorno do Minhocão estão sendo torturados há 45 anos. Ninguém toma providência nenhuma. Não existe Comissão de Direitos Humanos, Comissão da Verdade, que vá lá fazer uma entrevista com o morador, que sofre as consequências da degradação humana originada pelo Minhocão, o Elevado Costa e Silva. 

          Querem fazer de lá uma nova Cracolândia, porque à noite já existe o tráfico de drogas, sexo ao vivo. E querem fazer um teórico parque de diversões em cima do Minhocão. Que o Plano Diretor aprovado pela Cidade de São Paulo permite e autoriza que o viário seja parado – vai parar de passar automóvel no Minhocão. 

          Ou seja, vai ficar ao Deus dará. Ou se faz um parquinho de diversões lá em cima, ou desmonta o Minhocão. Nós, os moradores, os 230 mil moradores do entorno do Minhocão, segundo o IBGE, no entorno dos 3,4 km, nas transversais e duas paralelas ao seu lado. 

          São 230 mil moradores, na sua maioria eleitores, porque o nosso bairro é composto eminentemente de pessoas de idade, que estão sofrendo com doenças cardiovasculares, doenças respiratórias – bronquite, laringite, faringite, depressão. Temos relatos de moradores que se suicidaram por depressão, porque não é possível a pessoa viver 24h da sua vida, durante vários anos, com as janelas fechadas. 

          Eu sou um exemplo disso. Eu sou carcereiro da minha própria família, porque não posso abrir a janela do meu imóvel, que é ao lado do Minhocão. Aquilo é uma excrecência, é um câncer, e querem cuidar do câncer com aspirina. 

          Vejam os senhores. Isso é um absurdo, não existe em nenhum lugar do mundo. Câncer se cura com tratamento específico. 

          O Minhocão, Srs. Vereadores, tem que ter tratamento específico: seu desmonte. 

          Quem ganha com isso? Somente os moradores do entorno? 

          Não, senhores, quem ganha é a Cidade de São Paulo, porque aumenta o comércio, a indústria – a indústria de hotelaria –, escolas, a Prefeitura aumenta a sua arrecadação com ICMS, ITBI e impostos conexos, e criam-se empregos, que é o que mais se precisa na Cidade de São Paulo, e não um local para passear de patinete. 

          Parque tem que existir, somos favoráveis a parques, milhares, mas em local apropriado, no chão, não a oito metros de altura. Segundo o Corpo de Bombeiros, com o laudo técnico já emitido, lá não é permitido nenhum evento. 

          Então está comprovado que o Minhocão tem que ser desmontado. Srs. Vereadores, cuidado com o canto da sereia. Obrigado. (Palmas)
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26/12/14

(...) TV CULTURA (SP) -  Repórter Adriana Cimino:  O Elevado Costa e Silva foi inaugurado na década de 70 e liga a zona oeste ao centro da capital paulista. Hoje cerca de  (70) mil carros/dia. 
É barulho na janela de vários prédios. 
E com o tempo a área ficou degradada. 


E ocupada por moradores de rua e usuários de droga.



Lurdes da Costa, enfermeira

Tem que ser demolido. 

Fazer um parque em cima não vai resolver nada. 

Os moradores de rua vão ficar nesse parque. 

Vai virar outra sujeira.


Professor Ricardo Senne:  A grande questão é demole ou não demole? É interessante como evoluiu e acho que é uma coisa muito saudável  se discutir e ter um debate público, amadurecer o debate com relação a gestão pública, a gestão urbana da cidade.

Eu acho difícil a manutenção de todo esse elefante aí, de maneira realmente a recuperar  todo o mal que o Minhocão fêz do ponto de vista de quem vive naquele espaço.

Me parece que não faz muito sentido. Mesmo um parque suspenso ali... haja capacidade de manutenção para realmente deixar uma coisa que gere um movimento favorável para aquela região.

A meu juízo é mais fácil demolir  e realmente revitalizar a parte debaixo. (...)


Professora Arlene Clemesha (USP): Eu também tendo a pensar que o custo disso. Veja. São 4 faixas. Duas de um lado e duas do outro. A gente está falando de uma estrutura enorme. Para fazer um jardim como se fêz com o High Line, em Nova York, que realmente é uma coisa muito bonita. Agora, o High Line era uma estrada de ferro.  Estreita. Pequena. 

O Minhocão é algo enorme. Você vai ter que investir num paisagismo imenso. 

Você vai ter que ter segurança. 

A manutenção é realmente muito custosa

Do que vai se realmente aproveitar esse espaço todo? Será que é viável?  

Depois,  a parte debaixo do Minhocão a gente vê também uma degradação,  goteiras, não entra luz, não penetra luz.  

E alguns parques até da região talvez pudessem voltar a florescer, uma vez que essa estrutura maciça fosse retirada do local. 

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Blog Edison Veiga


Da janela de sua sala, ela viu o Elevado nascer 
– e modificar toda a paisagem do entorno
Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

Testemunha da História de SP: uma cicatriz chamada Minhocão

EDISON VEIGA
 28/4/2015

          A idéia era não precisar do carro. Para nada. Quando o dentista David Cartum (que morreu em 1986, aos 77 anos) e a mulher, Elca, hoje com 88 anos, se mudaram para a Rua Amaral Gurgel, no centro, ele passou a ir a pé ao consultório, diariamente. 

         Ali perto havia escola para a filha Célia, então com 7 anos. E uma biblioteca municipal, a Monteiro Lobato. “Compramos na planta ainda, depois que vimos corretores divulgando o prédio”, conta Elca. “Eram poucos os edifícios da rua.”

          Trocar a casa alugada pelo apartamento próprio era realizar um sonho e garantir a estabilidade da família. Ali nasceu o segundo filho do casal, Marcos, em 1964. Quatro anos mais tarde, na gestão do prefeito José Vicente de Faria Lima, era concebido o projeto que se tornaria pesadelo da família Cartum – e de centenas de outras que viviam naquela região. 

          O Minhocão, sob o nome oficial de Elevado Costa e Silva, uma pista elevada de 3,4 km, seria inaugurado no aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro de 1971, pelo então prefeito Paulo Salim Maluf.

Minhocão ‘expulsou’ antigos moradores do prédio.

          “Foi uma debandada”, recorda-se Elca. “Antes, os 60 apartamentos do prédio eram ocupados por proprietários, muitos desde a inauguração. Quem podia, se mudou.” A família Cartum ficou. 

          Em pleno 3º andar, ganharam a vista constante de carros na altura das janelas – e o barulho, e a fuligem, e a deterioração do entorno. Justo eles que queriam se ver livres do automóvel, tiveram o apartamento “invadido” pelos veículos, hoje cerca de 70 mil por dia.

          “Passei a adolescência com vergonha do meu endereço”, admite Marcos. “Eu tinha vontade de ir embora daqui, todos os dias. Foi um trauma.” Trauma que, conta ele, acabou de certa forma definindo seu futuro. Ele se tornou arquiteto, “pelo anti-exemplo, por entender que com a Arquitetura eu poderia criar ambientes que sejam o contrário do Minhocão”.

          Marcos se mudou da Amaral Gurgel em 1982. A mãe persiste no local. Quando há rumores sobre a demolição do Elevado, as opiniões de ambos são dissonantes. 

          “É o ‘Muro de Berlim’ de São Paulo, nossa pior cicatriz urbana, uma agressão. Sou a favor da demolição, mas não é de hoje. Sou a favor da demolição desde que o vi construído, em 1971”, diz o arquiteto.

http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/testemunha-da-historia-de-sp-uma-cicatriz-chamada-minho    
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     NR: assiste-se  lamentavelmente a tragédias anunciadas, que poderiam ter sido evitadas como a Boate Kiss  (RS) onde centenas de jovens morreram em incêndio e recentemente o rompimento de barragem em Mariana (MG) que arrasou todo um distrito, com mortes e afetou inúmeras cidades.    
      Em São Paulo, reportagem da FOLHA DE SÃO PAULO alerta já há mais de dois anos sobre a estrutura do Minhocão, afetada com inúmeros pontos de infiltração.








O que se espera para proceder o Desmonte deste viário, já qualificado pela CET como desnecessário ao trânsito?  
Espera-se ocorrer mais uma tragédia anunciada? 
Vejamos a matéria da FSP 
enviada pelo setor de pesquisas do MDM.

Ferrugem e umidade afetam estrutura  

do Minhocão, dizem especialistas

FELIPE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
24/01/2013
     Na estrutura acinzentada do elevado Costa e Silva, o Minhocão, na região central de São Paulo, ao menos 20 árvores brotam do concreto. O que para a cidade poderia ser um bom sinal, para o elevado, inaugurado há exatos 42 anos, é uma ameaça à sua estrutura.


      "O crescimento de uma árvore é grave indício de que há muita infiltração de água", afirma Karen Niccoli Ramirez, doutora em engenharia de estruturas pela USP, que visitou o local a pedido da Folha.

     A água é o elemento mais danoso a uma estrutura de concreto, diz Paulo Helene, professor aposentado da Poli-USP e especializado em patologias de construções.

     E a árvore, segundo ele, é uma "demonstração cabal" de que há anos o local não sofre nenhum tipo de inspeção, manutenção preventiva nem limpeza adequadas.

     Isso significa que, se nada for feito entre dois a cinco anos, a estrutura do Minhocão poderá ficar comprometida, disse Helene.



Ao menos 20 árvores crescem na estrutura lateral do elevado Costa e Silva, o Minhocão

(NR: dados mais recentes publicados pela VEJA-SP e OESP informam que já existem 1.500 pontos de infiltração)

TONELADAS

     O tipo de árvore que cresce no Minhocão ajuda a piorar o cenário. A maioria é da espécie Ficus microcarpa, ou figueira-lacerdinha.

     De acordo com o botânico Ricardo Cardim, essas figueiras funcionam como um macaco hidráulico enquanto crescem e são capazes de mover toneladas.

     "É impressionante como elas crescem rápido no meio do cimento", diz o despachante Sandro Hermínio da Silva, 39, que trabalha em frente a uma das árvores.

     A solução, segundo Cardim, exige não apenas a poda das árvores, mas a aplicação de herbicida para evitar que nasçam de novo.

     "A ponte dos Remédios tinha uma arvorezinha lá e deu no que deu", diz Helene, em alusão ao desabamento de parte da estrutura da ponte, na marginal Tietê, em 2011, o que interditou o local e causou problemas ao trânsito. 

SINAIS

     Há outros sinais de que o Minhocão carece de reforma, afirmam os engenheiros. Um deles é a ferrugem, também resultante de infiltração, que dá cor alaranjada à área.

     "Se isso se prolongar, há risco de as peças não suportarem o peso para o qual foram projetadas. Eles [a prefeitura] devem fazer vistoria na captação e no escoamento da água porque não está sendo feito corretamente", diz Karen Niccoli Ramirez.
     
     As juntas de dilatação são outro ponto que merece atenção e eventualmente substituição, afirma Paulo Helene.

 OUTROS PROBLEMAS

     A reportagem percorreu todos os 3,4 km do elevado e encontrou outros problemas.

     Das 99 caixas de postes de luz existentes, 63 estavam intactas e 36 com fios expostos ou quebradas.


     Muitas telas de proteção do viaduto, que evitam uma queda de 5,5 m, têm defeitos. Ao menos 198 estavam abertas, quebradas ou queimadas.

     O local mais crítico, no acesso pela rua Helvétia, há 66 grades sem alambrado. Em vez de proteções, foi instalada uma cerca com arame e lâminas, que podem ser alcançadas até pelas crianças que usam a via para lazer aos domingos.
Placas colocadas nos tetos dos pontos de ônibus nas marquises do elevado escondem um pouco da umidade do local, mas também apresentam problemas.



Foram identificados 48 espaços de onde caíram as peças, que podem atingir carros 
ou até pedestres à espera de um coletivo.

     Na parada Nothman, na altura do 1.956 da avenida São João, falta 19 delas.



http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/01/1219593-ferrugem-e-umidade-afetam-estrutura-do-minhocao-dizem-especialistas.shtml

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ARTISTA ENCONTRA 1,5 MIL PLANTAS 
EM MEIO AO CONCRETO DO MINHOCÃO 

Edson Veiga 
11/4/2015 

          Ela decidiu provar que a vida brota onde menos se espera. Escolheu um dos maiores símbolos do concreto selvagem de São Paulo: o Elevado Costa e Silva, cicatriz urbana de 3,4 km (...).

            Laura Lydia passou oito domingos ali (...). Formada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com pós-graduação em Linguagem da Arte. 

            Foram cerca  de 1,5 mil ervas daninhas; 40 espécies diferentes. 

            Encontrou beldroega, carrapicho, ipê-de-jardim, grama-forquilha, bilhantina e até uma muda de jacarandá. (...)


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Elevado Gen. Artur da Costa e Silva
MINHOCÃO
Domingo, 8 de novembro de 2015 

ENSAIO  FOTOGRÁFICO

(enviado por morador) 


Trecho de arame farpado 
de campo de concentração nazista? 

Ou trecho de arame farpado 
do Muro de Berlim?  

          Não! No centro da terceira maior metrópole do mundo, São Paulo, em pleno século XXI, trecho do famigerado elevado Minhocão que passa junto a prédio residencial. 

          Sem segurança e devido a frequentes assaltos, os moradores para se protegerem, foram obrigados a instalarem proteção de grades, lanças e arame farpado. 











No Minhocão, pilastra de sustentação ao lado de árvore 
facilita a ação de assaltantes entrarem nos prédios.




Além da insegurança, falta de privacidade, poluição, 
os prédios são alvo de vândalos 
que quebram os vidros das janelas dos apartamentos.



 





Cansados da omissão do poder público em solucionar o problema da falta de segurança, de privacidade,


moradores não consertam mais os vidros das janelas quebradas, optando por tapar os buracos 
com pedaços de plástico ou de papelão.

 


Artista pinta seus quadros na varanda,
tendo tido o cuidado de cercá-la 
com grades, lanças e arame farpado.







Enquanto no Rio de Janeiro, pode-se apreciar o novo cartão postal da cidade, que foi feito no lugar do que era antes o medonho elevado da Perimetral, 
em São Paulo, a terceira metrópole do mundo, importante área da região central apresenta aos visitantes e turistas, imagens de degradação, como as evidenciadas no ensaio fotográfico enviado por morador, com fotos tiradas ao longo do famigerado Minhocão.


Até quando os mais de 230 mil moradores-eleitores viverão sob esta ditadura imposta há 45 anos pelo Minhocão, tendo violados seus direitos humanos mais elementares, como a segurança e saúde, garantidos pelo Artigo 5 da Constituição? 
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          SÃO PAULO - 5 de novembro de 2015 - Em Audiência Pública da Frente Parlamentar de Segurança Pública, realizada na Assembléia Legislativa, autoridades civis, militares, lideranças comunitárias e especialistas em segurança trataram dos problemas da cidade. 

          Destaque para a entrevista do convidado especial,  Prof. Dr. Túlio Kahn, Pesquisador e Cientista Político que declarou:


          - "O fato  é que o Minhocão é uma área degradada que atrai a criminalidade, dá sensação de insegurança nos moradores do seu entorno. 
          Sedia uma área que estrategicamente deveria ser repensada para revitalização de São Paulo". 

          Na sequência, palavras do Comandante PM do CPC - Comando do Policiamento da Capital  - , Coronel   Reinaldo  Zychan de Moraes.

          Assista a entrevista clicando 
https://www.youtube.com/watch?v=vcvbqDvaM68

Audiência pública na Assembleia debate 
a questão da desordem urbana nas cidades

          Policiais e especialistas em segurança participaram da discussão. O resultado vai gerar ações que serão encaminhadas às autoridades públicas 

          O Deputado Estadual Coronel Camilo reuniu, na manhã desta quinta-feira, dia 05, especialistas em segurança para uma audiência pública na Assembleia Legislativa. Desta vez, o tema foi Desordem Urbana, como parte dos trabalhos da Frente Parlamentar de Segurança da qual Camilo é presidente. A discussão teve como objetivo citar os principais problemas ocasionados pela desordem nas cidades de uma forma geral e gerou medidas que serão encaminhadas às autoridades públicas ou transformadas em norma legal. 

          Participaram do debate o Coronel Reinaldo Zychian de Moraes, Comandante do Policiamento da Capital (CPC), o Inspetor Gilson Meneses, Comandante da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM), o professor Túlio Kahn, pesquisador e cientista político, o Coronel José Vicente da Silva Filho, ex-Secretário Nacional de Segurança Pública, o Coordenador Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs), Evaldo Coratto, o Vice-Presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida, Humberto Dias, da Associação Comercial de São Paulo -  Distrital Pinheiros, além dos deputados Edson Gasparini e Coronel Camilo, que presidiu a mesa.

          “A desordem urbana nas cidades atrai o crime. Uma área limpa e bem iluminada, ajuda a manter a qualidade de vida de um local e garante a segurança do cidadão. As cidades precisam de organização, no sentido de ordem”, explicou o proponente da Audiência Pública. 

          Camilo enfatizou ainda que a participação da população nos problemas que afetam o dia a dia dos bairros, ou cidades, são fundamentais. 

          “Neste aspecto, acredito na força dos CONSEGs e na participação popular. Por isso, sempre digo que as pessoas devem frequentar as reuniões, lá estão representantes das polícias e prefeituras. Conheça o policial que faz ronda próximo ao seu trabalho ou sua casa.” 

          Geralmente, quando há desordem urbana, a Polícia Militar é a primeira a ser chamada. Sobre a desordem, o Coronel Zychian apresentou dados sobre os ‘pancadões’, sobre prédios invadidos na região central e também sobre a proliferação do comércio ambulante irregular. “Para se ter uma ideia, foram realizadas pela PM entre janeiro a setembro deste ano, 2.599 operações para coibir este tipo de evento irregular. Neste mesmo período, o COPOM recebeu 18.200 chamados para este tipo de problema.” 

          O Cel José Vicente e o professor Túlio Kahn citaram casos de grandes cidades, como Nova Iorque e Santos, que passaram por  intervenções de ordem e melhoria na zeladoria urbana. Por fim, foi aberta a palavra para a professora Maria Christina Ielo Bello, Joseph Riachi, Marta Porta, Presidente do CONSEG Consolação,  Cel Nevoral Alves Bucheroni e Francisco Machado, Diretor do CONSEG Santa Cecília.

          “Esta forma de mandado participativo, principalmente com a realização desta audiência pública que trará resultados profícuos para todos, gerando proposições e normas legais, conforme o caso”, concluiu Coronel Camilo. 
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Times Square mantém área exclusiva para pedestres e indica caminho ao Parque Minhocão em SP
  Iniciativas mostram que o uso do espaço por pessoas  é a principal conquista a ser mantida
VEJA - BLOG Mariana Barros

05/10/2015

       (...) Em São Paulo, o Minhocão (...) o viaduto foi inaugurado em 1971 para ligar as zonas oeste e leste.

Em vários trechos, fica a poucos metros de distância de centenas de apartamentos residenciais diariamente atormendados pelo barulho e poluição dos carros que passam por ali. 

Por causa disso, o tráfego foi gradualmente restringido. Primeiro, a partir das 21h30. Depois, aos domingos. Neste ano, também a partir das 15h dos sábados. (...)


COMENTÁRIOS

        Francisco Gomes Machado
     Em primeiro lugar , uma palavra para os que ainda não tiveram possibilidade de conhecer  o  MDM – Movimento Desmonte do Minhocão. 
     Em entrevista a universitários da Anhembi Morumbi, tive oportunidade, como morador e Diretor de Assuntos Sociais do CONSEG - Conselho de Segurança – Santa Cecília de esclarecer a problemática a respeito do elevado e os problemas por ele gerados. Sugiro que a colunista entre nos links abaixo para se informar melhor e atualizar os dados a respeito. 
     Somos sim a favor de parque, e não só de um , mas de vários parque nesta selva de pedra. Mas não parque sobre o Minhocão, pois o local é inapropriado e equivalente a construir creche sobre aterro sanitário.
     Do que trata o MDM ? É um movimento pacífico, ordeiro, apolítico e apartidário, que reúne inúmeros moradores e lideranças comunitárias da região.
     O atual Plano Diretor do Município de São Paulo acendeu como que uma luz no fim de um túnel escuro, quando acenou para a possibilidade de Desmonte do Elevado Costa e Silva – Minhocão.
     Há mais de quarenta anos, que ao longo de seus três quilômetros e meio, o Minhocão degradou essa parte da região central, transformando-a em área insalubre, haja visto que há quatro décadas, sob suas pistas, não entra um raio de sol! 
     Com razão, urbanistas e experts na matéria o qualificam como uma “cicatriz” no rosto de São Paulo.
     O Minhocão é um elevado construído 
no meio de prédios residenciais!
 

     É uma aberração urbanística, imposta à população, sem nenhum estudo de impactos sobre os milhares de moradores, que terminaram sendo vítimas de toda espécie de poluições atmosférica, visual, sonora etc. O que causa sérios problemas de saúde, conforme está informado por especialistas em nosso Blog/FaceBook.

Apenas um exemplo.
     O jornal O GLOBO, em sua edição de 25/3/2015 noticia: “Poluição pode aumentar número de AVCs e potencializar a ansiedade, dizem estudos”. “Pesquisas revelam que o efeito da contaminação do ar pode ir além das doenças respiratórias”.
     A pesquisa publicada no “British Medical Journal” revela a relação entre poluição e AVC. O trabalho comprovou que a exposição ao monóxido de carbono, ejetado pelos escapamentos dos carros , aumenta o número de mortes por esta causa.
     O mesmo estudo médico informa que pessoas que moram perto de rodovias, distante de 50 a 200 metros, eram mais propensas a apresentar os problemas de saúde apontados.
     Ora, os moradores que vivem na frente das pistas do Minhocão, ao longo de seus três quilômetros e meio de extensão, tem seus apartamentos a apenas pouco mais de 5 metros do elevado!
     Pode-se calcular o impacto impressionante sobre a saúde deles!
 
     O Promotor do Ministério Público, Dr. Marcos Barreto declarou na sessão do I Forum sobre o Minhocão , realizado na Câmara Municipal de São Paulo, que visitou pessoalmente o local por onde passa o elevado e qualificou a situação dos milhares de moradores que vivem ao longo e no entorno do Minhocão como “dramática”!
     Ou seja, é urgente o Desmonte do Minhocão em sua totalidade e se possível, já !
     Ele é um problema de saúde pública!
     O Desmonte do Minhocão é altamente benéfico para os mais de duzentos de trinta mil moradores-eleitores que habitam ao longo e no seu entorno, bem como para a cidade.

     2. Quanto tempo levaria para desmontá-lo? E para concluir todo o projeto?

     Essa seria um pergunta a ser feita aos engenheiros, urbanistas e arquitetos, que voluntariamente fazem parte de equipe técnica, como por exemplo, Dr. Lúcio Gomes Machado, Dra. Anne Marie Somer entre outros.
     O Desmonte do Minhocão é menos complicado do que parece, haja visto que ele foi montado e suas partes podem ser desmontadas e reutilizadas em outros locais, como pontilhões sobre córregos nas periferias etc, com boa economia para os cofres públicos.
     Veja o que aconteceu no Rio. Os cariocas parece que foram mais ágeis, pois demoliram a Perimetral em tempo recorde e hoje podemos ver algumas áreas já com calçadão, árvores e a belíssima vista da Baia de Guanabara.

Ou seja, no lugar do monstrengo do elevado da Perimetral, os cariocas fizeram mais um cartão postal da Cidade Maravilhosa.

     3. Qual é a sua visão a respeito da interdição do Minhocão para a implantação de um parque?

     Quem em são consciência seria contra um parque?      Quem não aprova a idéia de passear sob a sombra acolhedora e amena de árvores, sentindo o perfume das flores e o relaxante canto dos pássaros?
     Nós do MDM – Movimento Desmonte do Minhocão – somos os primeiros a aprovar a idéia de mais um parque na cidade de São Paulo.
     Digo mais: desejamos não só um, mas vários parques para nossa cidade, espécie de selva de pedra, concreto e asfalto.
     Só não podemos aprovar a idéia de “parque” sobre o Minhocão, por ser o local mais inapropriado e inconveniente que se possa imaginar.
     Porque razão? Devido ao fato de estar construído no meio de prédios residenciais, com altos índices de concentração de poluição atmosférica – apenas para dar um exemplo – onde segundo a CET, passam por dia, oitenta mil veículos ejetando de seus escapamentos gases tóxicos e altamente nocivos para a saúde humana.
     Quem em são consciência construiria uma creche, uma escola ou um hospital sobre um aterro sanitário, uma área insalubre etc? 
     A mesma pergunta não se pode fazer em relação a “parque” sobre o Minhocão?
     Moradores relatam que em espaços curtos de tempo são obrigados a mandar lavar as cortinas de suas salas, quartos etc, pois vão ficando escuras e pretas. E isso apesar de manterem as janelas fechadas.
     E os moradores questionam: as cortinas podemos mandar lavar. Mas e nossos pulmões? Dá para mandar lavar nossos pulmões por dentro? Como fica nossa saúde? Quem se responsabiliza por isso? Onde está a consciência humanitária? Não se sente compaixão pela situação em que vivem estas milhares de pessoas?
     O direito à saúde e à vida não é um direito constitucional, anterior ao direito de ter um lugar de lazer, que aliás pode ser em qualquer outro lugar?
     Aproveito para esclarecer um sofisma usado por quem propõe o “parque” sobre o Minhocão.
     Falam que a população já tomou conta do Minhocão e que portanto já seria um “parque” (sic!). É uma falácia que se responde facilmente.
     Em São Paulo, com carência de opções de lazer, em qualquer rua que se feche – por exemplo, diante da Câmara dos Vereadores – nos finais de semana, o que ocorrerá?
     Evidentemente que as pessoas irão ali andar, se distender etc. A conclusão disso é que a população tomou conta das pistas em frente a Câmara e ali tem que ser feito um “parque”?
     4. Por que essa necessidade de extinguir a maior cicatriz urbana da cidade e qual seria o impacto acarretado para a cidade?
     Pelas razões explicadas anteriormente. De dia os milhares de moradores ficam de janelas e cortinas fechadas pelo trânsito de milhares de veículos passando a poucos metros de seus apartamentos.
     A ex-Prefeita Erundina assinou decreto que fecha o Minhocão às 21 horas, para os moradores terem sossego e finalmente poderem abrir suas janelas e cortinas.
     Entretanto, o que acontece? Sem nenhuma fiscalização e/ou policiamento, pessoas sobem de noite no Minhocão, seja para passear, seja para outras finalidades não elogiáveis. Jogam pedras e outras coisas nas janelas e nas pessoas que passam nas calçadas embaixo. Já chegaram a jogar uma tampa de bueiro sobre um carro estacionado embaixo. Graças a Deus não havia ninguém dentro, pois caso contrário poderia ter sido morto.
     Assim os milhares de moradores ficam na seguinte situação: de dia, tem de trancar cortinas e janelas devido a poluição atmosférica e sonora dos carros.
     De noite, tem de manter fechadas cortinas e janelas, pois muitas pessoas que transitam nas pistas do Minhocão ficam olhando para dentro dos apartamentos, vendo os moradores saindo ou entrando nos banheiros, quartos etc. Ou seja, como observa um morador, ele se sente como que o carcereiro de sua própria família!
     Você poderá me perguntar: mas fazendo um “parque” sobre o Minhocão não resolveria o problema das poluições? Pelo contrário.
     Os carros sendo proibidos de passarem por cima do Minhocão, virão transitar por baixo. O trânsito ficará mais pesado, diminuirá a velocidade dos veículos e portanto ficarão mais tempo sob o Minhocão e mais poluentes dos escapamentos serão ejetados.
     Com uma agravante: as pistas do Minhocão funcionam como que tampas de panela, que não permite que os gases poluentes dos carros se dispersem pela atmosfera, aumentando ainda mais sua concentração e invadindo apartamentos e comércios de maneira mais intensa.
     5. Como solucionar a problemática do fluxo de veículos que ali passam diariamente?
     Dentre as várias atividades, recentemente a Diretoria do MDM foi recebida em audiência no Gabinete do Vereador Ari Friedenbach.
Convidamos a estar presente o Dr. Vicente Petrocelli, Gerente de Planejamento Viário – CET/DPO e sua equipe, que expuseram projetos já prontos, de solução viária, para o caso do Desmonte do Minhocão, como por exemplo o Projeto Água Branca.
     Quando o Minhocão foi construído há mais de quarenta anos atrás, a cidade de São Paulo não tinha todas as pistas das Marginais e outras vias de tráfego.  
     Dr. Petrocelli e sua equipe consideram com tranquilidade a possibilidade da desativação do Minhocão e estudo técnico da CET divulgado também na mídia, afirma que o Elevado Costa e Silva - Minhocão não é mais necessário ao viário.
     6. Você acredita que o Elevado seja vitima de um mau planejamento viário?

     Faço minha as palavras do então candidato à Prefeitura de São Paulo, Sr. Fernando Haddad, que em debate no SBT, ao responder ao entrevistador Carlos Nascimento, sobre o affaire Minhocão, afirmou:
     – “”O Minhocão não deveria nem ter sido construído. Solução equivocada para o problema de mobilidade”.
     7. O possível fechamento ou derrubada do Elevado poderia significar que tipos de melhorias para a região?
     É só passar sob as pistas do Minhocão para além de ver uma área degradada, insalubre, notar as inúmeras placas de “Mudou-se”, “Vende-se”, “Passo o ponto” etc.
     Com o Desmonte do Minhocão, teríamos uma revitalização e reurbanização da região. Propomos bela, arborizada e ajardinada avenida, que seja um cartão postal de nossa cidade, onde hoje temos uma “cicatriz” em seu rosto.
     Os próprios comerciantes tomariam a si a manutenção das áreas ajardinadas em frente de suas lojas, pois seria um cartão das mesmas.
     O comércio se revitalizaria e seria mais uma fonte de renda para a Prefeitura, com mais coleta de ISS e outros impostos.
     Ou seja: o Desmonte do Minhocão só traria benefícios para todos, reutilização de suas partes em outros locais , economia e inclusive fonte de renda para a Prefeitura com aumento da arrecadação de tributos na região. 
     Na hipótese de “parque” , este só seria fonte de gastos fabulosos para o poder público, não só para sua instalação, como para sua manutenção.
     Se a Prefeitura não consegue cuidar das árvores já existentes na cidade, a ponto que nos últimos quatro meses, caíram praticamente duas mil, inclusive causando mortes, imagine você fazer e manter mais um “parque” e sobre o Minhocão com seus três quilômetros e meio de extensão.
     O alegado High Line nos Estados Unidos – que diga-se de passagem era uma via férrea desativada e que não passava entre prédios residenciais – “até agora custou cerca de U$ 240 milhões” de dólares (O Estado de São Paulo, 14/9/14).
    Pense no valor do dólar atualmente e se chegará a conclusão que o tal despropositado “parque” sobre o Minhocão passará da astronômica cifra de um bilhão de reais.
      Para cálculos objetivos, é bom lembrar que o High Line tem a metade da extensão do Minhocão e sua pista é muito mais estreita. O Minhocão de largura tem 17 metros e 3 quilometros e quatrocentos metros de extensão.
     Será razoável gastar uma fortuna nisso , numa cidade com a alta carência de creches, postos de saúde, CÉUS , moradias etc?
     Outro benefício do Desmonte do Minhocão: teriamos a redescoberta de prédios históricos que marcaram a história de nossa cidade, hoje cobertos com mantos negros de décadas de fuligem da poluição.
     Com o Desmonte do Minhocão, finalmente os milhares de moradores-eleitores poderiam abrir suas cortinas e janelas e respirarem ar puro, vendo as árvores e flores da futura avenida.
     8. O Elevado é palco de diversas manifestações culturais. Com a sua derrubada, como essa questão poderia ser solucionada?
     Há várias opções que a Prefeitura pode escolher, como por exemplo o Anhangabau ou o fantástico Parque Ulysses Guimarães, no Parque Dom Pedro, que a Subprefeitura-Sé está terminando de reformar, amplamente arborizado, toiletes, pistas de skate, campinho de futebol, a apenas duzentos metros da Praça da Sé, ao lado de estação  Dom Pedro do Metrô e Terminal de ônibus etc.
     Porque necessariamente tem de ser feito eventos no Minhocão,  na frente das janelas de milhares de moradores? 
     Temos inclusive aqui na região três hospitais: Santa Cecília, Santa Casa e Santa Isabel, que não comporta certos tipos de eventos ruidosos , pelas razões óbvias.

     É bom lembrar também que pelo menos três praças centrais – Bandeira, Princesa Isabel e Amaral Gurgel – são ocupadas por empresas de ônibus, que na prática são garagens.

     Ônibus não foi feito para circular?

     Porque não colocar os ônibus para circularem e retomarmos nossas praças e fazermos ali belos parques?
     9. O que o Elevado Costa e Silva - Minhocão - representa hoje para você?
     Um pesadelo, um tormento, pior: uma constante ameaça à nossa saúde, de nossas crianças e de nossos idosos. 
     E querem perpetuar esse suplício?
     Por isso, fazemos nosso o slogan lançado pelo Dr. Prof. Valter Caldana, Diretor da Faculdade de Arquitetura do Mackenzie:
DESMONTE DO MINHOCÃO, JÁ!

http://desmonteminhocao.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/movimentodesmontedominhocao?fref=ts
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          Dr. Marcos Lúcio Barreto, Promotor de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público:
          "Eu estou me posicionando dessa maneira contrária (a idéia de se fazer "parque" sobre o Minhocão), porque eu não posso imaginar que pessoas se divirtam, se deleitem com um "parque", enquanto outras estão sendo sacrificadas! 
          Isso contraria qualquer princípio humanístico". 
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Perfil
    • Cineasta, produtor e diretor de programas de TV.
    • Foi colunista e crítico da Folha de S. Paulo.

    • Quem visita a Praça Mauá 
    • passa a odiar o Minhocão
Publicado em 30/09/2015

  • Quem acompanha o blog sabe que sempre critiquei a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Com raras exceções, o “legado” desses megaeventos será uma coleção de estádios superfaturados e subutilizados.

          Mas há uma obra que, acredito, será muito boa para o Rio de Janeiro: a demolição do viaduto da Perimetral, uma monstruosidade que cortava a zona portuária da cidade, passando por cima de locais históricos como a Praça Quinze e a Praça Mauá.

          Estudei por muitos anos no centro do Rio, bem próximo à Praça Mauá, e me acostumei à escuridão, imundície e feiura causadas pela Perimetral. Estive na “nova” Praça Mauá esses dias, e foi chocante ver a diferença.

          Sem o monstrengo, a paisagem se transformou: famílias passeavam pelo local apreciando a vista da Baía da Guanabara e dos imensos navios ancorados no Porto; gente andava de bicicleta e parava para tomar um sorvete num food truck. O lugar renasceu.

          Acho que todo paulistano deveria visitar a Praça Mauá para ter um gostinho de como poderia ser a vida de São Paulo sem o Minhocão, aquela bagaceira de 2,5 km criada por Paulo Maluf nos anos 70 e que corta alguns bairros que, antes da obra, estavam entre os mais charmosos da cidade: Santa Cecília, Campos Elíseos e Vila Buarque. (...)


Perfil: 
  • André Barcinski  escreveu quatro livros e dirigiu dois filmes.
  • Produz e dirige os programas de TV 
  • “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”
  • e “Nasi Noite Adentro”, no Canal Brasil.
    Ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro de não-ficção por
  • "Barulho - Uma Viagem ao Underground do Rock Americano" (1992)
  • e o Prêmio do Júri do Festival de Cinema de Sundance (EUA)
  • pelo documentário "Maldito" (1998), 
  • sobre o cineasta José Mojica Marins.
http://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/quem-visita-a-praca-maua-passa-a-odiar-o-minhocao-20150930/
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JARDINS VERTICAIS
O que pensar?
O projeto e a realidade.



por DAVID ABRÃO CALIXTO

PRESIDENTE DA APAJAFESP
ASSOCIAÇÃO DOS PAISAGISTAS, JARDINEIROS, FLORISTAS, ECOLOGISTAS E EMPRESAS DO SETOR

        Assistindo dias atrás, programa de tv, vi propaganda de proposta de se instalar “jardins verticais”, em paredes laterais de prédios ao longo do Elevado Costa e Silva – Minhocão

      Nesta cidade que é uma selva de concreto,  toda iniciativa de instalação de área verde deve ser vista com simpatia e acolhida com empenho, após se ver sua viabilização. Os jardins verticais anunciados ao longo do Minhocão terão benefícios como redução da alta temperatura dessa ilha de calor que é o elevado, conforto pela redução do barulho, diminuição da poluição e conservação da fachada (evitando ações de pichadores).

      Ocorreu-me como Presidente da Apajafesp, associação dos paisagistas, jardineiros, floristas e ecologistas de São Paulo, escrever outras considerações que afloraram ao meu espírito, vendo a propaganda dessa iniciativa, aliás, altamente dispendiosa, sendo que um dos principais empecilhos é o alto custo: a partir de R$ 800,00 por m² de empena, já que é preciso manter um sistema automático de irrigação e fertilização. E os resultados parecem ser  questionáveis como veremos a seguir.

        Em relação ao custo-benefício, ressalto que a instalação e/ou reforma de area verde na horizontal tem custo de R$ 100,00 por m2 , sendo privado ou público. E no item novas instalações de novas  áreas  verdes – que diga-se de passagem, se faz mais do que necessário em nossa cidade – por exemplo, canteiro em calçada, tendo 2m x 0,50 de largura, contendo uma árvore de pequeno porte, quatro arbustos de porte médio, forração e adubação tem custo de R$ 450,00 cada um.  

        Em primeiro lugar, deve-se ter presente que os edifícios e condomínios são regidos por uma “constituição”, ou seja, sua Convenção/Regulamen-to. Ela estabelece normas objetivas para preservar a integridade do prédio , disciplinar e ordenar a boa convivência entre os condôminos, evitando-se assim entre outras coisas, eventual arbítrio da figura do Síndico que de dois em dois anos se alterna na administração.

        Uma dessas regras estabelecidas pela Convenção dos condomínios, em conformidade com o que determina a Lei número 4.591 e outras posteriores, é a de que não é permitida alteração da fachada do edifício:

Capítulo X - É Proibido – (...) ) Efetivar qualquer modificação que altere a forma ou aspecto externo do Edifício”.

Consultado o SECOVI-SP, Sindicato da Habitação,  a respeito do assunto jardins verticais, assim se pronunciou o Sr. Alexandre Callé, Assessor Jurídico - Departamento Jurídico SECOVI-SP:

          (...) “Alguns cuidados devem ser observados pelos condomínios, de modo que não acarrete prejuízos aos seus condôminos. Por exemplo, deverá o profissional responsável pelo projeto demonstrar que a instalação do jardim não irá comprometer a impermeabilização da edificação diante possíveis vazamentos, infiltrações e até mesmo bolor dentro das unidades.

              Deverá ser observada a questão da manutenção do jardim, pois, não é um sistema fácil de ser tratado, até mesmo diante da altura em que os trabalhos deverão ser realizados, com a observação das normas de segurança aos funcionários.

              Apesar das vantagens, o custo para a instalação e manutenção do jardim vertical é muito alto, podendo implicar gastos excessivos aos condôminos. 

               É necessário manter um sistema automático de irrigação e fertilização. Logo, é importante que o assunto seja tratado previamente em assembléia com muito esclarecimento e cuidado.

              Outro aspecto que deve ser observado é com relação à segurança e à viabilidade técnica do projeto, para que a edificação não sobra prejuízos futuros em sua estrutura e também não cause danos às unidades privativas.

              Superada a questão técnica, o próximo passo é a aprovação em Assembléia Geral, especialmente convocada para a deliberação sobre o assunto.

              Apesar da controvérsia que cerca o tema predomina, o entendimento é que qualquer tipo de obra que implique na alteração da fachada, reclama o quórum unanime (100%) de todos os condôminos da edificação (art. 1.336, III, do Código Civil)[1].

              O espírito da lei contido no art. 1.336, III, do Código Civil, que estabelece da vedação de ser alterada a fachada, decorre da necessidade de preservação das condições estéticas e da estrutura arquitetônica do conjunto, que é patrimônio comum dos condôminos.”

Além das ponderações do Assessor Jurídico do SECOVI-SP,  ocorre-me as seguintes questões sobre a instalação de “jardim vertical”, na parede externa de edifício:

1º ) com sua instalação, a contínua umidade gerada pela água, não ocasionará infiltrações nas paredes dos apartamentos?

2º ) a instalação e manutenção de todo o mecanismo para manter o “jardim vertical” não resultará em  aumento substancial na conta de água e de luz para o prédio?

3º ) essa parede do “jardim vertical”, continuamente umedecida, não atrairá mosquitos e outros insetos, ocasionando doenças nos moradores e obrigatoriamente aumentando gastos com dedetizações mais frequentes etc?

4º )  diante da crise hídrica pela qual passamos, sem perspectiva a curto e médio prazo de se restabelecer a normalidade do fornecimento do abastecimento de água para consumo da população, será razoável esse gasto extra de água, para manter um questionável “jardim” pendurado nas laterais de prédios, desafiando a lei da gravidade? 

No caso de arrependimento de uma administração condominial na instalação do “jardim vertical”, o contrato pode ser rescindido? Há multa? Sim ou não?


 

Tenho informações de prédio que teve amarga e dolorosa experiência com a instalação de “jardim vertical”, com todos os aspectos negativos acima enumerados.

Em relação aos R$ 230.000,00 (duzentos e trinta mil reais, gastos neste projeto de jardim vertical, em um único prédio), daria para fazer 460 canteiros como o que sugeri.

Uma pergunta que não quer calar: porque a iniciativa de “jardim vertical” se restringe,  no momento, quase apenas aos prédios ao longo do Elevado Costa e Silva – Minhocão e não a outros bairros da capital e não começaram por exemplo pelo Braz, onde é um dos locais que tem menos área verde por metro quadrado?

E para finalizar, uma última pergunta. Não é mais simples e menos oneroso desmontar essa “cicatriz urbana” que é o Elevado Costa e Silva – Minhocão, como o rotula os maiores especialistas na matéria?

Porque não fazer  ao longo de seus três quilômetros e quatrocentos metros de extensão  belo boulevard ou bela avenida, ajardinada, florida, com árvores de grande porte?

Através delas se teria o fenômeno efeito clorofila que atraia nuvens/chuva para nossa cidade tão carente de água. E assim não teríamos a perpetuação dessa horrível ilha de calor de concreto e asfalto, que é o Minhocão, área degradada onde há 45 anos não entra um único raio de sol, com altos níveis concentrados de poluições atmosférica, sonora e visual que agridem a saúde da população?

Não é mais simples jardim no chão, mais natural, mais orgânico e que os próprios comerciantes cuidariam, por ser como que um “cartão de visitas” em frente de suas lojas, evitando assim gastos onerosos para a administração municipal?

Numa região central, que carece de postos de saúde, creches, hospitais municipais, CEUs etc, será razoável esse gasto de milhares de reais em instalação de cada “jardim vertical”, iniciativa meramente estética, aliás, altamente dispendiosa  e de resultados questionáveis como expomos?

Entre o projeto e a realidade, não poderia me omitir em compartilhar com você essas ponderações,  após ver na tv a custosa propaganda do “jardim vertical”.   




[1] Art. 1.336. São deveres do condômino: III - não alterar a forma  da fachada, das partes e esquadrias externas.

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O MDM – MOVIMENTO  DESMONTE  MINHOCÃO

INFORMA

    Os CONSEGs Santa Cecília, Consolação e Bela Vista, no exercício de suas atribuições de colaborar para preservar  a segurança dos munícipes  e o MDM - Movimento Desmonte Minhocão – com o apoio do Comando do Policiamento Metropolitano da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros da capital, solicitaram ao Ministério Público  o reagendamento do evento-audiência de domingo, 20/09/2015, às 15 horas, para local adequado, pois estava programado pelo vereador Police Neto para ser realizado sobre o Elevado Costa e Silva – Minhocão – onde teria inclusive tenda com trezentas cadeiras.

Conforme o Laudo Técnico do  Corpo de Bombeiros, o local é inapropriado, “sem a mínima condição de segurança”, o que colocaria  em risco a integridade física  de centenas de pessoas, como consta do TAC já existente, quando da Virada Cultural.

No TERMO DE AUDIÊNCIA E DELIBERAÇÃO – TAD, do Ministério Público,  de 18/09/2015, que transcrevemos a seguir,  o DD. Promotor de Justiça, Urbanismo e Habitação, Dr. Mário Augusto Vicente Malaquias, ressaltou  entre outros pontos, a gravidade do evento-audiência sobre local inapropriado - o Minhocão - , programado  pelo referido político, pois não se pode “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, conforme o Artigo 132 do Código Penal.

      CONVITE E CANCELAMENTO DA CÂMARA

TRECHO DO LAUDO
DO CORPO DE BOMBEIROS

 


TAD - Termo de Audiência e Deliberação 
do Ministério Público







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Blogs


Moradores reclamam e promotor faz Câmara adiar audiência sobre Minhocão       

BRUNO RIBEIRO                                                                   

18 Setembro 2015

              Evento seria no domingo. Argumento é que local da audiência, o próprio Minhocão, não traz segurança; vereador fala em ‘intimidação’. Debate era sobre mudança no horário de fechamento da via.

              A Câmara Municipal cancelou, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE),  a audiência pública que debateria a ampliação do horário de fechamento do   Minhocão neste domingo, 21.                                                             O evento será remarcado, em outro local.

     O promotor de Habitação e Urbanismo Mário Augusto Vicente Malaquias enviou uma recomendação à Câmara nesta sexta-feira, 18, para que o Legislativo cancelasse audiência. O argumento é que o local escolhido para a audiência — o próprio Minhocão — não oferece segurança.
     Malaquias, em sua recomendação, afirma que o vereador José Police Neto (PSD), que lidera as discussões sobre a ampliação do horário, “poderá, em tese, infringir o Código Penal” caso realize o evento e ocorra algum acidente. O documento foi elaborado após o Movimento Desmonte o Minhocão (MDM), grupo de moradores do centro que faz oposição à criação de um parque na via, procurar a promotoria.
     A proposta debatida era que o Minhocão fechasse às 20h para o tráfego e só reabrisse às 7h do dia seguinte. Também previa que a Prefeitura passasse a manter um serviço de gestão da via como um parque, com planejamento de limpeza e segurança.
     O promotor se baseou em laudo feito pelo Corpo de Bombeiros, na época da Virada Cultural, que apontou o elevado como local inseguro para a realização de eventos. A via, disseram os bombeiros, não tem condições de reunir grandes aglomerações, sobre risco de queda de pessoas, e não tem rotas de fuga em casos de emergência. Por causa desse mesmo laudo, a Prefeitura adiou atividades da Virada que ocorreriam no Minhocão, às vésperas da programação começar. A audiência seria na rampa de acesso ao lado da Estação Marechal Deodoro do Metrô.
     A recomendação do promotor pode ser lida na íntegra aqui: Recomendação MP
     Tentamos contato com Malaquias, mas os telefonemas não completaram. Se o contato for feito, este post será atualizado.
     Reações. “Levei o comandante da PM e o capitão dos bombeiros na sala do promotor para falar desse absurdo”, diz o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) Santa Cecília, Fábio Fortes, ao comemorar o movimento do MPE. As lideranças comunitárias fazem forte oposição ao projeto de Police, que não esconde o desejo de transformar o Minhocão em um parque.
     “Essa é uma discussão local. O vereador estava trazendo gente até da zona leste para discutir isso. O Minhocão é um Muro de Berlim que divide os bairros do centro da cidade. Como o Muro de Berlim, ele deve ser demolido”, disse Fortes.
     O diretor do MDM Francisco Gomes Machado enviou uma nota sobre o assunto:
     “O Movimento Desmonte Minhocão e os CONSEGs, com o apoio do Comando do Policiamento Metropolitano da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, solicitamos ao Ministério Público – e obtivemos – o cancelamento do evento-audiência de domingo, 20 de setembro, às 15 horas, programado sobre o Elevado Costa e Silva, Minhocão, pois, conforme o Laudo do Corpo de Bombeiros, o local é inapropriado, sem a mínima condição de segurança e que colocaria em risco a integridade física de milhares de pessoas”, diz o texto. “Solicitamos (…) que o mencionado político proceda ao reagendamento da mesma, para que esta seja realizada na Câmara Municipal, que é o local devido”, conclui.
     O vereador Police Neto, por sua vez, reagiu com indignação ao pedido de cancelamento: “O Movimento Desmonte Minhocão tem medo da discussão, foge dela. Preferem tomar medidas antidemocráticas contrárias ao pleno exercício da cidadania”, disse, por meio de nota enviada por sua assessoria.
     “No documento do MP, o promotor Mário Augusto Vicente Malaquias escreve que a audiência poderia provocar aglomerações no Minhocão. A estrutura montada para a audiência, porém, previa o número máximo de 300 pessoas no evento. O promotor usou a Virada Cultural como exemplo para cancelar a audiência, o que é um absurdo. A Virada Cultural atraiu milhares de pessoas, não dá para comparar um evento com outro”, continua a nota.
     “Por fim, a audiência pública foi marcada para ser realizada no Minhocão no intuito de que moradores do entorno pudessem participar, o que reforça a gestão democrática da cidade. A recomendação do promotor, neste sentido, mais parece uma tentativa de ‘intimidação’ ao pleno exercício da democracia”, termina a nota.
     A Câmara já se articulou com a Subprefeitura da Sé para encontrar outro local para o debate, que será remarcado em uma data até o dia 30 deste mês.
 http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/bruno-ribeiro/moradores-reclamam-e-promotor-faz-camara-adiar-audiencia-sobre-minhocao/
      Comentários dos internautas: 

      O MDM - Movimento Desmonte Minhocão - participou na Câmara Municipal, das audiências em que se discutiu a respeito dos projetos de lei  10/2014 e 22/2015 do vereador Police Neto, qualificados como "atentatórios à saúde pública", que quer instalar área de lazer ("parque") sobre o Elevado Costa e Silva, perpetuando assim uma estrutura obsoleta, do século passado, que como bem observa a arquiteta e urbanista - entre outros - Adriana Leviski, no Minhocão "(...) ali você tem poluição visual e do ar, ruído, insegurança, tudo concentrado naquele corredor de concreto". 

     Nossa participação nas referidas audiências está documentada nos vídeos e gravações da própria TV Câmara.
      Assim, a afirmação do político Police Neto de que "o Movimento Desmonte Minhocão tem medo da discussão, foge dela", não condiz com a realidade. Não  é lamentável?

      Francisco G. Machado – Diretor do MDM e de

 Assuntos Sociais do Conseg Santa Cecília, Higienópolis,

 Barra Funda e Campos Sociais

http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/bruno-ribeiro/moradores-reclamam-e-promotor-faz-camara-adiar-audiencia-sobre-minhocao/
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Domingo, 13 de setembro de 2015




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Dr. Marcos Lúcio Barreto
Promotor de Justiça do Meio Ambiente 
do Ministério Público

 Para Promotor, REPRESENTAÇÃO do MDM e CONSEGs pelo Desmonte do Minhocão é “para que  a qualidade de vida das pessoas (que moram ou trabalham ao longo do elevado) que já está degradada há mais de quatro décadas   
que esse martírio tenha um fim!
Isso é razoável.
Que se proceda o desmonte!
Não tem outra alternativa”.


     Entrevista concedida ao repórter Filipe Sansone, do Diário de São Paulo, em 21/7/2015.
 
     Repórter: O Sr poderia falar sobre a REPRESENTAÇÃO dos CONSEGs e MDM a respeito do Minhocão?

     Dr. Marcos Lúcio Barreto: Tudo começou bem antes da REPRESENTAÇÃO deles, havia uma ação proposta pelo Ministério Público contra a Prefeitura de São Paulo, pleiteando a construção de barreiras acústicas laterais ao longo do Minhocão, por conta da  notória questão que envolve a poluição sonora ali existente.
     Apresentei as alegações finais dessa ação civil e conseguimos a condenação da Prefeitura para que essas barreiras fossem construídas. A Prefeitura recorreu.
     Por ocasião do recurso tive a idéia de me deslocar até o local e sentir aquela realidade. Na verdade a questão da poluição sonora , ela afeta mais as pessoas que se concentram abaixo das pistas do Minhocão.
     Num primeiro momento, não me ocorria, num primeiro momento imaginava que o desconforto maior acometesse aqueles que ficassem no nível, acima das pistas do Minhocão.
     Mas por conta da questão da caixa de ressonância que aquelas pistas vão criando, o desconforto maior é para a população que mora e trabalha na área abaixo das pistas do Minhocão.
     Porque quem está no nível acima, encontra um desconforto semelhante a quem mora numa Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Não é muito diferente daqueles que residem nas vias de intenso tráfego na cidade de São Paulo.
     Mas no Minhocão, você tem um diferencial que é aquela questão daquela estrutura que existe, que estabelece essa caixa de ressonância que impede uma melhor dispersão dos poluentes e dos ruídos que são ali gerados.
     Eu, a partir daquele momento então, a minha atuação se direcionou para que essa área , ali no Minhocão, fosse tratado com mais cuidado. E aí desencadeei uma série de providências, ao Poder Público, para ver se a gente conseguia amenizar aquela situação.
     Sugeri a Secretaria de Transportes que efetuasse estudo quanto a possibilidade de transferência das linhas de ônibus para as avenidas vizinhas. Porque o grande gerador de ruído ali são os ônibus. Geram um desconforto maior. Motocicletas, ambulâncias também. Mas se tornou inviável essa alteração .
     Então, a partir disso, ao verificar que essas alternativas não eram exequíveis, e quando surgiu a idéia da desativação do Minhocão como via de tráfego, abrindo a bifurcação , ou será um parque   ou será desativado, em face de toda essa questão que acabei de apresentar,  eu num primeiro momento entendi que a construção de um parque lá era inviável por conta dessa situação que acomete essa população que se concentra abaixo do Minhocão.
     E até conversando com algumas pessoas que ali trabalham , ali residem, eu percebi que o desconforto lá é realmente muito grande. Basta você se dirigir lá , não precisa ser um técnico, não precisa ser um especialista, para você perceber o desconforto.
     Aumenta o tráfego de veículos, conforme depoimentos que eu obtive, o desconforto se torna muito grande. O que seguramente aumentaria com a criação do parque. Porque na medida em que aquele trânsito todo, enorme, que se concentra nas pistas do Minhocão, ele automaticamente se transfeririam para as vias que ficam embaixo. E aí, o que é ruim vai ficar pior.
     Daí essa situação, que num primeiro momento parece até esdrúxula, não é? O Promotor do Meio Ambiente que se coloca contra a criação de um parque. Seria um contrassenso absurdo! Ainda mais que eu que sou autor de uma iniciativa , já concretizada , que promove a arborização nas vias de intenso tráfego.
     Fui autor de um projeto que foi implementado, um projeto piloto, na Avenida Vergueiro, a via ali foi arborizada com o apoio da iniciativa privada. Nos moldes do Projeto Pomar.
     Quer dizer, eu sou um apaixonado por árvores, por arborização, todo meu trabalho aqui , é direcionado para que a vegetação em São Paulo seja dirigida para que mais áreas verdes sejam construídas. Não teria a menor lógica eu me manifestar contra a criação de um parque, que é sinônimo de arborização. Como um Promotor do Meio Ambiente vai se colocar contra um projeto de arborização na cidade?

     Eu estou me posicionando dessa maneira contrária ( a proposta de "parque" sobre o Minhocão ), porque eu não posso imaginar que pessoas se divirtam, se deleitem com um parque, enquanto outras estão sendo sacrificadas! Isso contraria qualquer princípio humanístico.
     Então vamos resolver essa situação. Primeira , da saúde física e mental dessas pessoas afetadas por essa poluição sonora e atmosférica , com sua saúde física e mental prejudicadas, para depois a gente pensar em deleite, uma paisagem bela.
     Você tem ali uma área degradada. Não é razoável você imaginar que aquilo possa subsistir. Idéia de se criar um parque para atender parte da população, que vai estar lá se divertindo enquanto outra parte está sendo sacrificada. Não tem o menor sentido. Contraria a lógica. Eu volto a dizer: contraria qualquer espírito humanístico.

     Agora se algum gênio me apresentar uma solução que que resolva a questão da concentração dos poluentes e aqueles gases tóxicos, naquela região, a minha posição vai ser de apoiar a criação do parque, mas nenhum gênio nos apresentou a solução para isso.
     O problema é estrutural!
     É lógico que a gente precisa d emais áreas verdes, a gente precisa de mais parques, mas a gente tem que fazer todas essas coisas, incrementadas com inteligência. Desde que isso não traga prejuízo a cidade.

     Repórter: Nesses termos, o ideal seria o Desmonte mesmo?

    Dr. Marcos Lúcio Barreto: Seria o Desmonte.

     Porque a criação do parque, essa caixa de ressonância que é a causadora de todos esses males, ela vai subsistir. Então, não tem como.
     Precisaria os urbanistas apresentarem  alguma idéia. De repente tirar uma parte e uma parte que exista uma concentração maior, essa parte tem que estar livre dessa caixa de ressonância. Um outra que eventualmente não incomode as pessoas, poderia manter essa estrutura. Mas, nessas vistorias que eu fiz, confesso que eu não sai tanto para verificar se tem algum trecho com essas condições. Seria necessário, de repente, um estudo melhor. Um desmonte parcial. Acho que a gente não pode ser inflexível.
     Poderia até ser verificado se existe alguma área que poderia receber o parque, sem que a construção desse fato trouxesse esses tais prejuízos à saúde dos moradores e trabalhadores dessa área abaixo das pistas.

     Repórter: A caixa de ressonância seria o barulho dos ônibus, motos batem e volta.

     Dr. Marcos Lúcio Barreto: As sirenes também. Aquilo tudo bate e volta. São três hospitais. Potencializa todos aqueles ruídos.
     Há um mês atrás, mais ou menos, fui fazer lá uma enquete informal com as pessoas que moram e trabalham lá. E eu ouvi – eu fui de metrô – saindo da estação Marechal Deodoro, o primeiro prédio comercial à direta de quem sai, tem um senhor lá que é porteiro há nove anos e ele me disse que ele está com surdez em um dos ouvidos, decorrente da exposição dos ruídos que ele estava exposto há nove anos. Ele nem sabia quem eu era, nem do que se tratava.
     Nessa enquete que eu fiz, as pessoas em via de regra relatavam  esse desconforto.
     Eu trago esse caso mais agudo dentro de um universo pequeno, mas importante essa pessoa que me relatou que estava com problema auditivo , surdez em um dos ouvidos e na avaliação dele, era decorrente daquela poluição sonora concentrada dali. 

     Repórter: E essa REPRESENTAÇÃO consiste em que?

    Dr. Marcos Lúcio Barreto: Ela quer que o Ministério Público encampe essa pretensão deles, que a criação de parque não saia do papel.
     Que esse projeto de lei não vingue.
     Para que então a qualidade de vida dessas pessoas que já está degrada há mais de quatro décadas , que esse martírio tenha um fim!
     Isso é razoável.
     Que se proceda o desmonte!
     Não tem outra alternativa.
     Com isso, naturalmente haveria uma reurbanização naquela área, trazendo um alívio para aquelas milhares de pessoas que ao longo de todos esses anos sofreram com aquela construção que é tão criticada.
     E agora, já que é para desativá-la como via de tráfego, porque o Minhocão foi construído , essa obra que se tornou quase que uma unanimidade em termos de reprovação, o que motivou a construção do Minhocão, essa obra tão repudiada, por  todos praticamente, necessidade de São Paulo ter uma via que desafogasse o tráfego .
     Se agora se entende que aquilo não é mais necessário como via de tráfego, então a gente tem uma razão a mais para entender que aquilo que é tão criticado, deixe de existir.
     A causa motivadora que era aliviar o tráfego , entende-se que pode ser de alguma maneira substituída, então não tem mais razão, aquele monstrengo estar ali de pé.

     Repórter: Perfeito. 

     Dr. Marcos Lúcio Barreto: Ele está ali para desafogar o trânsito. Mas se  entende que ele não tem mais necessidade, então para que mantê-lo?

     Repórter: Perfeito. Está ótimo.   

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